Nova Terânia
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A mulher com a Tatuagem de Fênix (Malak, Jogo 1, 1ª parte)

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A mulher com a Tatuagem de Fênix (Malak, Jogo 1, 1ª parte) Empty A mulher com a Tatuagem de Fênix (Malak, Jogo 1, 1ª parte)

Mensagem por Imperador Renon Sáb 04 Fev 2012, 23:17

Malak
*Desde sua saída dos IK Malak estava vivendo novamente uma vida pacata, tranquila apesar de cansativa. Felizmente havia sido aceita em uma pequena tribo e estava decidida a ficar ali o resto de sua vida, mesmo solteira. O dia a dia era regido pelas tarefas e necessidades mas basicamente incluía buscar água em um lago de um oásis próximo, preparar parte do alimento colhido ou caçado e tarefas domésticas como lavar roupas, limpar a tenda. Nada ia muito além disso. E ela estava satisfeita assim, longe de perturbações ou complicações.*

Gabriel
*O horizonte daquele dia se tornaria negro ao anunciar uma imensa tempestade de areia que se aproximava da vila, uma tempestade que parecia ser muito maior do que o normal ainda quando vista de longe... Logo o local foi engolido pela areia e os ventos uivantes castigavam as construções. Todos deveriam estar abrigados a essa altura, tanto que a maioria sequer notou que a tempestade trouxe mais do que apenas areia, ela trouxe os "caçadores de escalpos", como eram conhecidos entre os escravagistas. Um grupo que se dedica a arte de capturar vilas inteiras para o grande leilão humano que acontece secretamente a cada 3 meses... O vento batia a porta de Malak, até que a porta foi arrebentada com um chute, e um homem vestindo peles como armadura entrou ali. Em seus punhos haviam garras e uma corrente...*

Malak
*Tempestades de areia faziam parte do cotidiano e não a assustavam tanto já há algum tempo. Estava sentada em sua cama costurando uma de suas roupas enquanto ouvia a sinfonia que eventos como aqueles traziam durante o dia ou noite. Apesar de um tanto tranquila, precisava ficar atenta para o caso da tempestade piorar e algo precisar ser feito. Foi o que pensou quando a porta foi arremessada... Até erguer o olhar e ficar aquele homem. Séria, Malak levantou-se e recuou até a parede, tocando-a em busca do arco e das flechas que abandonou na cidade imperial. Era a primeira vez que procurava pelas armas.* É melhor você sair daqui.

Gabriel
*Gritos começaram a ser ouvidos. Choro de crianças, sons de metal contra metal, anunciando um combate iniciado. Não era possível sair porque aquela homem era grande e não permitia a passagem. Ele observou a atitude de Malak, notou que era não havia ficado paralizada de medo, como em geral todos ficam com tal invasão. A ameaça que ela fez então... aquilo o fez dar uma enorme gargalhada.* MAHAHAHAHAHAHAHHAA! E se eu não fizer, o que vai ser? Arisca, vai valer muito no leilão... Sempre há muitas ofertas para cadelas do seu tipo... e talvez eu tenha que amacia-la antes... VENHA CÁ! *Ele se lançou contra ela, visando emaranha-la nas correntes que ele trazia.* Quanto mais desistir, mais eu vou te bater... mas acho que você pode até gostar!

Malak
*Olhou o que havia ali por perto logo que o homem gargalhou, pouco dando atenção às palavras iniciais. A prioridade era fugir, ficar com medo ficava para depois! Malak jogou 3 roupas que devia consertar na direção do homem e obviamente tentaria desviar e fugir. Não facilitaria nada, mesmo que apanhasse depois, antes, que seja. Enquanto fugia da cidade imperial Malak havia decidido que não seria mais uma tonta, em lugar algum.*

Gabriel
Não tão rápido! *As roupas serviram como distração para o golpe que ele tentou afim de prende-la, por isso ele errou. Malak já havia conseguido passar ao lado dele quando foi agarrada por um dos braços e lançada em direção a porta com violencia a ponto de poder derruba-la. Ele agora ele começou a girar a corrente acima da cabeça, perigosamente exposto. Se Malak realizava manutenção de roupas certamente havia objetos ali para ela se defender...*

Malak
*Malak foi facilmente derrubada depois de lançada em direção à porta e bater na parede por ali. Precisou de 2 ou 3 segundos até conseguir pensar em alguma estratégia que a ajudasse a fugir. Perto da porta havia uma pedra que ela usava para escorar a porta aberta apesar do vento. Quem sabe? Sentou-se e encenou algum medo, arrastando-se até encontrar a parede e colocar a mão direita sobre a pedra que enchia sua mão.* Não me machuca... *E foi se erguendo... Quando ele se aproximasse mais, a pedra seria arremessada para acertar de preferência o tórax mas onde pegasse, valia.*

Gabriel
*A ação dela não evitou que ele arremessasse as correntes que já girava, mas serviu para faze-lo largar a arma quando se assustou com a grande pedra. Malak não teria toda a força necessária para causar sérios danos com aquele ataque, mas a pedra ao cair no chão, e sobre um dos pés dele, teria capacidade de quebrar-lhe o pé, fazendo o ofensor soltar um uivo de dor agudo quando caiu segurando o próprio pé. Malak não sairia ilesa daquilo. As correntes já estavam no ar, e a atingiriam diretamente. Sem a pedra que segurava aquele lado da tenda Malak certamente rolaria pelo tecido até o lado de fora, ainda podendo ouvir os uivos de dor do agressor lá dentro ainda.*

Malak
*Mesmo que não fosse seu plano, causar uma fratura no pé daquele homem havia saído muito melhor que a encomenda. Teria resmungado um "eu avisei" caso o impacto das correntes e a falta da pedra não a fizessem desequilibrar até rolar para o lado de fora. Apressaria-se em se livrar daquelas correntes para poder fugir de fato. Sabia que ele não era o único, havia ouvido todos aqueles sons.*

Gabriel
*Não havia mais tempestade lá fora. O céu estava limpo, como se nunca sequer houvesse existido qualquer tempestade! Ela também veria todas as mulheres, crianças e homens em idade de trabalho acorrentadosp elos braços e pescoços, no centro da vila. Tendas e casas eram saqueadas por homens vestidos da mesma maneira do invasor que tentatou agredi-la. Dezenas deles. Antes que ela fosse capaz de se levantar ela veria também uma figura innusitada: Logo atrás de Malak estava uma elfa, vestida apenas con trajes sumários, meras tiras de seda branca escondiam seus vergonhas. Seus olhos estavam vendados pelo memos tipo de tira de seda, e a elfa emanava um odor de flores bem acentuado. Longos cabelos loiros caindo por sobre o ombro direito em uma trança bem feita. Por um minuto Malak poderia jurar que era a figura da Imperatriz...*

Malak
*A visão de todos da vila presos daquele modo era aterrorizante, bem como o saque que todos aqueles homens faziam, tirando tudo o que foi conquistado com tanto trabalho. Tão logo percebeu o perfume de flores e uma presença tão próxima, Malak se virou. Chegou a mover os lábios e quase dizer o nome da Imperatriz, interrompendo-se ao confirmar que não era ela. Levantava-se devagar, silenciosa para tentar ainda fugir.*

Gabriel
*A trajetória de Malak seria interrompida pela elfa. Assim que Malak tentou se evadir, a elfa foi mais rápida em se mover, passando a frente dela e impedindo sua passagem ao exibir uma katana de lâmina branca nas mãos... Foi ai que surgiu o homem que havia invadido a casa de Malak, mandando, bufando, xingando e praguejanto.* VADIA! Vou arrancar suas orelhas e sua lingua! *Ele avançava furioso contra Malak, agora preparado para golpea-la com as garras.*

Malak
*Parou ao ver a katana nas mãos da elfa, bem mais rápida do que Malak poderia supor.* Ah não..... *Murmurou ao ver o homem saindo com tanto ódio e pronto para golpeá-la. Se não podia passar pela elfa para fugir, pelo menos podia recuar um pouco e evitar os primeiros golpes.* Allahu akbar! *Ainda falou para si mesma agora que não tinha o que fazer.*

Gabriel
*Esse era o fim de Malak. As garras rasgariam seu pescoço com facilidade, indo certeiras na jugular. Mas não foi o que aconteceu. A elfa observou o homem descontrolado avançar gritando... ficou de lado para Malak, entre ela e o homem, e quando pareceu que iria fazer alguma coisa ela simplesmente recuou dois passos. Um jorro de sangue atingiu o rosto e o busto de Malak. Aquele cheiro ferroso, o líquido escorria pelo corpo dela, grudento, quente... e o homem desabava no chão, afogando-se em seu próprio sangue, que brotava em profusão por um largo corte em sua garganta. A katana branca, agora escarlate com o sangue, moviasse de forma sobrenatural, tão rapido que ninguém pode ver o golpe que a elfa deu e que tirou a vida do homem. Tão rapida que Malak só notaria bem os movimentos da elfa quando ela, usando a katana, pegou as correntes no chão e apontou-a na direção de Malak. Ela então falou, com uma voz tão doce e suave que jamais se diria vir de alguém capaz de executar uma pessoa daquele jeito...* Prenda seus punhos e pescoço...

Malak
*De olhos fechados, pensou que aquele líquido característico e morno era dela mesma mas como não caía nem sentia falta de ar, dor, nada, levou a mão ao pescoço e tocou-o. Só aí abriu os olhos e viu aquele homem agora morto e a katana suja de sangue. Realmente não era o que esperava. Muito menos a voz da elfa, tão tranquila, mandando que se prendesse. E Malak se prendeu meio sem jeito, sem experiência e ainda em silêncio. Levou as mãos ao rosto e tentou limpar um pouco, mesmo que aquilo só borrasse um pouco mais o sangue.*


Gabriel
*Ainda usando a katana a elfa guiou Malak até a multidão que estava presa, prendendo a corrente dela a dos demais.* Ae'hil... tanaih! *Falou em um idioma totalmente estranho, mas os homens entenderam, começando a caminhar, levando tudo o que podiam. Malak veria também qual era a fonte da "tempestade": Dois homens, com vestes arcanas e aparentando ser magos, conjuravam uma espécie de ilusão que camuflava a todos enquanto a caminhada iniciava. Malak era forçada a caminhar, porém a elfa mantinha-se proxima a ela, sempre... o destino era ignorado... até que após muitas horas eles chegariam a uma espécie de buraco nas areias do deserto... uma entrada para o subterâneo... agora o destino deles estava lançado e era totlamente incerto. Eles chegariam, após quase um dia de caminhada, a uma grande câmara subterrânea. Lá uma tenda gigantesca havia sido erguida, e ao seu redor estavam dispostas muitas gaiolas, todas contendo pessoas, raças diferentes, elfos negros, elfos do sol, anões e até mesmo Devoradores de Mentes... todos escravos que seriam postos a venda... A elfa destacou Malak do grupo, segurando-a pelas correntes e conduzindo até a entrada da tenda principal, que Malak notaria ser guardada por outras duas elfas, identicas a que havia capturado Malak... Lá dentro ela veria ainda mais 6 daquelas elfas, 5 identicas e uma com cabelos negros e uma grande tatuagem de dragão indo da coxa, costelas, pela lateral do corpo até terminar nas mandibulas abertas no ombro dela... E sentado em uma espécie de trono estava... um goblin. Um pequeno, verde e narigudo goblin... que olhou Malak com e fez uma cara de "Você não me é estranha..."*

Malak
*Bufou inúmeras vezes, revoltada por todos terem sido capturados e por ela ter perdido a chance de, quem sabe, conseguir ajuda para salvá-los. E ainda foram enganados por ilusões... Que ótimo. Seguia com má vontade, em passos lentos e curtos se assim não fosse ferida. Por fim observou onde estavam e a quantidade de outros seres que passavam por aquilo. Estranho ver alguns que Malak aprendeu a ver como poderosos. Caminhou com a elfa até a tenda principal, olhando meio de soslaio para as outras elfas e para o goblin. Nunca havia vista um, aliás. Mas devia ser mais feio que poderia imaginar.*
O que estamos fazendo aqui, afinal?

Gabriel
Sh sh sh shsh shssssssssssssssssssshhhhhhhhhhhhhhh... *O goblin fez o gesto para que ela se calasse... observava Malak cuidadosamente... a elfa de cabelos negros veio até o lado dele, e cochichou algo...* Você... é a mãe de um dos bastardinhos... Mas como é possível? Não é uma das esposas do Imperador? *A criaturinha repuguinante abriu um sorriso sinistro.* Não me diga que o saquearam dentro dos limites do Império? *Apontou para Malak.* Seu nome, me diga criança, diga seu nome...

Malak
*Bufou mais uma vez ao ter que calar-se para ouvir a pulga verde falar. E ainda mais um assunto que queria esquecer. Bufou novamente ao ouvir "uma das esposas do Imperador".* Nunca fui esposa dele. Nunca! E não precisa saber meu nome se vou ficar em gaiola. Creio que já terminamos aqui, não é? Vou voltar para onde meu povo está, pul..........

Gabriel
*O primeiro golpe foi dado contra a parte posterior das coxas dela, um chute forte ali, para faze-la cair de joelhos. O segundo golpe foi dado com o joelho diretamente contra o estômago dela, suficiente para faze-la se curvar e ter que apoiar a mão no solo para não cair de face no chão... caindo ou não, o puxão nos cabelos dela seria suficiente para erguer seu rosto, agora na altura do rosto do pequeno goblin... Cada golpe foi desferido por uma elfa, rápidas e eficientes, e Malak teve os cabelos puxados pela elfa de cabelos negros.... Agora o goblin estava de pé, cara a cara com ela.* Você... não será gentil comigo...?

Malak
*Não teve chance de reagir e nem mesmo saberia como, já que luta corporal passava longe de ser seu forte. Estava com as mãos apoiadas no chão quando os cabelos foram puxados para trás, de modo que ergueu o tronco mesmo que ainda com dor e um pouco de falta de ar. Olhou o goblin, ainda precisando de mais alguns segundos para responder.* Seus funcionários não foram nada gentis lá na vila. Mas... Que seja. Malak é meu nome...

Gabriel
MALAK! MALAK DO DESERTO! EU SABIA! *Gritou de felicidade a criaturinha, ordenando que as elfas ajudassem ela a se erguer.* Perdão pela atitude de meus homens... como pode ver minhas queridas elfas são mais gentis... Então o vento trouxe uma das mulheres do Imperador para a minha rede... Isso não é muito bom, uma atenção desnecessária... Mas uma oportunidade de ouro... *A criaturinha sentou-se no pequeno trono, estalou os dedos e uma das elfas veio até ele, alimentando-o com uvas...* Vai ser o item principal do leilão de escravos... e vou te anunciar para TODOS os inimigos do Imperador... afinal, quem não irá querer ter para si uma das esposas dele! HAHAHAHAHA

Malak
*Levantou-se com ajuda das elfas, ouvindo toda aquela baboseira do goblin que além de tudo parecia ser burro ou talvez surdo. Mas preocupava-se em pensar em maneiras de fugir dali. Se a história de leilão para inimigos de Renon fosse verdade, estaria em maus lençois.* Nunca fui esposa, já disse! Não deve ser difícil entender.

Gabriel
*Após aquele encontro agradável com o goblin e com as Elfas, Malak havia sido levada para uma cela isolada criada dentro daquela tenda principal. Era totalmente fechada, mas bem aconchegante, para surpresa dela. Havia uma cama limpa, lençois também limpos, uma cadeira, um barril pequeno com água também limpa... Ela ficou ali, sendo alimentada, mas sem contato algum com o mundo fora da tenda por muito tempo. Talvez mais de uma semana, ou menos... sem o sol a noção de tempo era muito vaga. Aquele era mais um dia comum... até que um par de olhos castanhos surgiram na fresta usada para alimenta-la, e uma voz masculina surrou por ali.* Ainda vive?

Malak
*Pelo menos naquela solitária agradável Malak pôde lavar-se e livrar sua pele do sangue daquele homem que foi por sorte derrotado por ela. Comia pouco e passava a maior parte do tempo deitada. Vez ou outra ia até as paredes da cela tateando-as mas logo retornava para a cama. Estava de olhos fechados quando um pouco da claridade entrou e ela ouviu aquela voz. Sentou-se, fitando o par de olhos.* Infelizmente... *Levantou-se, aproximando-se da fresta.* Me tira daqui!

Gabriel
Fale baixo! *A voz teve um tom severo de repreenssão.* Tem condições de caminhar? Prepare-se com o que conseguir de água e comida. Tenha apenas isso em mãos. Mekatorque está recolhendo o acampamento e indo para mais fundo ainda, dentro do próprio olho do Abismo. Só terá uma chance de fugir, portanto quando o fogo começar esteja pronta para correr... *A figura jogaria pela fresta um pedaço de metal, que fez barulho ao cair no chão, em algum canto escuro. Era pequeno.* Mantenha isso em um local visível do corpo, NÃO PERCA.

Malak
Tenho, tenho sim! Mas quem é você? *Logo que terminou a pergunta Malak se abaixou no chão e passou a tateá-lo com cuidado na direção em que o som havia vindo. Não estava entendendo muito. Se estava presa ali, como poderia correr? E quem era aquele? Após encontrar o pequeno pedaço de metal Malak se reergueu e voltou para perto da cama, mantendo-o segura na mão esquerda. Deixaria separado um pedaço de pão que havia sobrado e não via jeito de levar água.*

Gabriel
*Alguns dias após aquele desconhecido ter jogado o pedaço de metal para ela, as coisas começaram a se mover... literalmente! Toda a cela, na verdade uma espécie de carruagem adaptada em prisão, começou a se mover de uma hora para outra, como se puxada por animais. Muito barulho vinha do lado de fora, todas as luzes que haviam antes desapareceram... era escuridão total, como ela talvez nunca tivesse presenciado. Pela fresta da porta uma voz feminina se importou em informa-la o que ocorria.. a voz da elfa que a havia capturado.* Estamos indo para Slaav... a cidade dos escravos. Evite fazer qualquer barulho, pois as criaturas do Abismo Profundo são guiadas pelo som, e você pode atraí-las.... e ser morta por isso.*

Malak
*Malak passou os próximos dias e noites na expectativa. Pouco comia, menos ainda dormia. Ficou achando que precisaria correr naquele mesmo dia e então no dia seguinte e no outro, no outro, no outro... Até perder as esperanças. Quando tudo começou a se mover ela se ergueu e foi até a fresta para tentar ver o que acontecia. Não a respondeu, apenas voltou a se deitar. O pedaço de metal terminou virando quase um brinquedo, um passa-tempo. Segurava-o apenas naqueles instantes.*

Gabriel
*Primeiro houve um grito, seguido de um silêncio tenso, com o som de passos abafados. O som de correntes pode ser ouvido, como se fantasmas arrastassem seus grilhões pelo chão amaldiçoando os vivos que invadiam seu local de descanso. Bem perto da carruagem que ela estava uma tocha foi acessa, ela podia ver pela fresta na porta, e um daqueles homens vestidos com couro de animais, que havia capturado as pessoas na aldeia meses atrás, apareceu segurando a tocha... e gritou.* Quem está ai?? * A essa altura o som de espadas saindo de suas bainhas podia ser ouvido... assim como u zumbido de uma flecha que voou contra o peitoral do homem, fazendo-o cair de de joelhos e engasgar com o próprio sangue. Uma segunda e uma terceira flechas acertaram a porta do lugar que Malak estava... e uma quarta flecha passou raspando pela cabeça dela, acertando o fundo do vagão... Todas as três explodiram em bolas de fogo, arrebentando a porta e os fundos do lugar... *

Malak
*Sentiu um frio correndo pela espinha quando ouviu aquele grito. Levantou-se da cama e foi até a fresta, quase pendurando-se ali para ver o que havia acontecido. Arregalou os olhos quando o homem foi atingido e mais ainda com o som de espadas. No mínimo eram... ladrões? Ladrões de vendedores de escravos? Apertava o metal inconscientemente quando as duas flechas acertaram sua porta e a uma outra quase acertou sua cabeça mesmo. Recuava sem saber o que fazer quando tudo explodiu. Ok, estava oficialmente confusa. Já não sabia se aquilo era para ajudá-la, se o alvo era ela, se havia sido proposital ou um acidente. O melhor era só equilibrar-se ali e ver como tudo se resolvia. E claro, em silêncio.*

Gabriel
*Os gritos aumentavam, gritos de guerra, de medo, todos misturados. O metal tambem gritava quando batia contra metal, lacerava carne, fazia jorrar o sangue alheio... Um outro barulho também começa a ficar claro para Malak: o som da carroça de movendo, impulsionada pelas explosões... parece que ela estava a beira de uma descida... e agora começou a rodar sozinha, ladeira abaixo, no meio da escuridão... As chamas estavam o lugar onde antes havia uma porta, fracas, AINDA, possibilitando passagem, e nos fundos, onde iluminavam a descida da carruagem, descida sem controle, que ia atropelando inúmeras criaturas em seu trajeto... Ao longe, ela escutaria também um grito familiar... * AVANTE CAVALEIROS! PELO IMPÉRIO!

Malak
*Foi tudo o que conseguiu murmurar quando perceber que a carroça estava movendo-se mais rapidamente que devia. Fossem ladrões de vendedores, orcs, gênios, não importava. Melhor com eles que morta... Com essa linha de pensamento quase instantânea, Malak correu através das chamas e se jogou da carroça. Queimaduras, ferimentos, fraturas seriam lucro se conseguisse se segurar e parar por ali. Aquele grito...* Renon?!? *Certo, não conseguiu murmurar dessa vez.*

Gabriel
*A hesitação do momento agora podia custar caro a Malak.... A carroça estava veloz... e apenas poucos segundos após ela pular, machucando-se um pouco, nada grave, e rolando pelas pedras da estrada, sua "carruagem de luxo" despencou no que parecia ser um abismo sem fundo... Malak deslizava para o mesmo rumo caso não improvisasse algo para evitar sua queda, agarrando-se desesperadamente a própria vida... e com aquela velocidade, não conseguiu. Certamente ela rezaria aos seus deuses, escorrengando para uma queda que poderia levar horas até, mas que culminaria com a morte certa...* EU FALEI PARA ESTAR PRONTA PARA CORRER!!!! *Já solta no espaço escuro e vazio, ela escutaria novamente o som de correntes... seriam os espíritos dali vindo recebe-la? Sentiria o toque gélido contra seu ventroe, seu abdomen... talvez as garras da morte abrindo-lhe as entranhas? E, talvez quando houver se entregado a seu destino certo... ela sentiria algo enrolando mais e mais sobre sua barriga, passando pelas costas, e um solavanco que quase a partiu ao meio, detendo sua queda....* Faça o que fizer não perca o brasão que te dei! *Falava a mesma voz que havia dadao a ela o pedaço de metal... falava mais acima dela, fora da vista dela... ela notaria que estva enrolada por uma corrente... e veria agora que estava pendurada na beira de um paredão do abismo.*

Malak
*Malak fechou os olhos, ao perceber que nem mesmo usando toda a força conseguiria parar de escorregar naquele lugar. Claro, usava uma mão apenas, já que a outra segurava o bendito pedaço de metal. Durante os instantes de queda em que ouviu aquelas palavras Malak não pensou em responder, perguntar, brigar, nada. Se tudo desse certo, talvez ficasse para depois. O solavanco a fez apertar ainda mais o brasão, muito mais. E olhou apenas rapidamente para cima, já que quase não respirava para que aquelas correntes não soltassem.*

Gabriel
Como você pesa! *Houve uma risada debochada depois destas palavras. Ela seria erguida aos poucos, com muito esforço, até estar face a face com seu salvador... (http://www.jap-sai.com/Games/Akumajo_Dracula_Judgment/Akumajo_Dracula_Judgment_Art_Ralph_Belmont_1.jpg) * Porque não saiu logo que a porta se abriu? *Ele segurava a corrente que prendia Malak com um dos braços, levando-a até uma pequena plataforma na rocha, onde ela poderia ficar apoiada.* Quem é você? Era a mais bem guardada da comitiva... *Falava, ainda pendurado pelo outro braço, que também segurava uma corrente. Muita acima deles, os sons da batalha eram intensos, com bolas de fogo e raios voando a todo momento.*

Malak
*Apenas quando estava face a face com o atrevido que a chamou de gorda é que se manifestou.* Eu peso POUCO! Se me acha pesada é porque você está FRACO! E por que? Porque eu não estava entendendo nada. Porque não sei quanto tempo se passou desde que me entregou aquele pedaço de metal e achei que nada nunca ia acontecer. *Encostou-se na rocha, passando a mão pelo rosto e pelos cabelos. Depois olhou o atrevido por algum tempo.* Eu sou... Ah... O monstrinho estava me confundindo com alguém. Não sou ninguém importante, não. Só moro na vila...

Gabriel
Fin, fan, fon, fun... sinto cheiro de mentira! *Riu ironicamente, ainda que uma expressão de esforço fizesse o sorrido parecer uma careta.* Fique ai, já volto. Preciso ajudar meus homens. *Começaria a subir, agora que tinha a outra corrente solta do corpo de Malak.... girou a corrente e a lançou para cima, impulsionando-se para o alto... mas não sem antes de falar ironicamente.* Pesa pouco. minha irmã diz que são "ossos largos" HAHAHAHAHAH! *Assim ele sumiu na escuridão. Muitos minutos passariam... até que um grande clarão de chamas iluminou tudo ali, como um sol nascendo dentro do coração das profundezas escuras. Ela veria o lugar com clareza... estava na borda do vazio... mesmo iluminado, o abismo ali não tinha fundo... e as paredes tinham tantas criaturas escuras, negras, parte das trevas, que alguns pontos a pedra parecia se mover... viva. Instantes depois, o grito, e vinha daquela voz que havia salvado sua vida instantes atrás.* PULE!!! SE QUER CONTINUAR VIVA, PULE PERTO DE MIM! *E o homem que gritava passaria por ela, caindo rumo a escuridão com suas correntes tintilando soltas no ar. Malak começaria a sentir calor... e a luz pareceria aumentar de potencia... gotas de rocha liquefeita, lava incadescente, cairiam perto dos pés dela no mesmo momento em que um rugido faria tudo estremecer ali nas profundezas da terra*

Malak
*Resmungou em árabe e cruzou os braços, ficando por ali. "Ossos largos"... Tateou o próprio corpo para sentir se haviam gordurinhas sobrando e concluiu que não, claro. Estava ótima! O clarão a assustou embora menos que ver todas aquelas criaturas e ainda o grito do rapaz. Pular? Lava? Rugido? "Ajudar seus homens", sei. Malak não via outra saída além de pular... Morrer daquele jeito parecia menos doloroso que suportar o calor da lava. Segurando ainda o brasão, a árabe pulou de olhos fechados.*

Gabriel
*Assim que saltou o local em que ela estava foi tomado por uma cascata de lava. Ela ouvia o som das correntes do homem que a salvou logo abaixo de si... ele gritava também.* Só pode ser alguma princesinha nobre, que nunca teve que fazer nada na vida... Só isso explica ser tão molenga! ACORDE, abre os olhos, droga! Se ficar desse jeito vou deixar você se espatifar quando chegar ao fundo... se é que isso aqui tem um fundo... *Malak sentia algo quente passar próxima a ela, mais depressa do que ela caia... eram pedaços depedras derretidas... Como estava de olhos fechados, não tinha como saber mais nada. * gora você vai me dizer quem é, ou eu vou deixar você cair até o fundo deste mundo!

Malak
Oras! Que inferno! Vou falar com Renon sobre você! *Não precisou nem mesmo falar o primeiro "acorde" para ter Malak de olhos abertos. E ela ainda se assustou com aqueles pedaços de pedras tão próximos.* Por Allah! No mínimo estamos a caminho no inferno mesmo! Onde estão seus homens? E ajuda? Onde está Renon? Ele pode ajudar!

Gabriel
Vai falar com Renon? Quem é você? Prima da ceguinha congelada? *Desviou dos destroços enquanto começou a girar as correntes, e uma delas foi jogada contra Malak, segurando sua perna, e ele a puxou contra si, segurando-a pela cintura com o braço.* No Inferno, pelo que sei, eles lidam apenas com almas... onde isso vai dar... seja aonde for, eles vão querer a carne dos seus ossos! Bem vinda ao ABISMO! As profundezas do Império, lugar não mapeado... *Ele olhou para o alto... e lá, muito acima, eles veriam três figuras brancas, descendo em queda silenciosa... três elfas... as guarda-costas do goblin...* Ah... droga... espero que saiba fazer algo além de gritar histericamente como uma mulherzinha... E quanto a meus homens, espero que a maioria tenha conseguido fugir no pouco tempo que consegui antes de um maldito mago invocar aquela criatura flamejante.

Malak
A Imperatriz está congelada?! Eu?! Prima?! Não! Eu era arqueira, depois fui... diplomata. Depois fui embora. *Segurou-se nele com um braço, sem segurar a risadinha.* Ah! Pelo menos eles terão muito alimento, não é? Sou gorda afinal! E hora nenhuma eu gritei! *Olhava mais para baixo, preocupada a história de ser devorada pelas criaturas do abismo. E a queda era de fato longa ahn?* Se tiver um arco e flechas... Eu posso ser útil. Mas não acredito que o Renon não veio para uma missão dessas.

Gabriel
*Ele estava girando a corrente no outro braço... e a arremessou contra uma estalactite enorme que vinha descendo todo o caminho ao lado deles, e logo os dois deixaram de cair, fazendo um arco e seguindo na direção de um tunel lateral deixando de cair.* Segura firme... pode doer... Ah, isso explica muito. Uma Imperial, msmo que desertora, capturada... isso vale ouro para os inimigos. *Eles fariam um movimento de pendulo, e ele deixaria Malak de pé, suavemente, antes dele mesmo tocar o chão do tunel e não dispensaria um belo tapa na bunda de Malak nessa hora...* Isto é gordura... he he he. Uma arqueira... dentro de cavernas... não é o ideal... mas... e quanto a Renon vir até aqui... mocinha... deixa eu te dizer algo... Você, eu, meus homens... nós não existimos para o império... Nós somos aqueles que executam as missões sujas para o império, colocamos a mão onde ninguém quer colocar. Não podemos estar a luz por sermos perigosos e nem podemos viver nas trevas, porque não somos bem-vindos lá! *Com um gesto brusco ele recolheu as correntes, enrolando-as nos braços.* Aqui, nós somos as Sombras Imperiais.

Malak
Esses balanços me deixam um pouco enjoada... *Resmungou logo que começaram a fazer o arco.* Mas é bem melhor que ter a carne devorada. *De pé, deu um pulinho para frente ao receber o tapa na bunda. A cara ficou fechada e corada, claro.* Atrevido! E entendo o que quer dizer. Mas sempre fica esperança, não é? *Deu de ombros, olhando um pouco melhor o túnel.* Meu nome é Malak, aliás. E o seu? *Não se encostou em parede alguma, lembrando-se da nada agradável visão das criaturas da escuridão. Incomodada, abre a mão que segurava o brasão e, apesar de machucada por apertar com tanta força, volta a fechá-la.*

Gabriel
Malak... *Curvou-se, num cumprimento de corpo nobre, porém pura ironia.* Meu nome é Gabriel von D'hunt. E pode me chamar apenas de Gabriel mesmo. *Ele tocou em uma das correntes com a mão oposta, fazendo-a se iluminar e revelar o caminho sinouso daquele tunel.* Bom, agora só nos resta caminhar e tentar sempre subir. Vamos, vá me contando suas histórias pelo caminho, e porque desertou do império, ou talvez não queira voltar para o Império, dependendo do crime que possa ter cometido.

Malak
Gabriel... *Retribuiu o cumprimento irônico e aproveitou quando ele iluminou o caminho para ajeitar a própria roupa.* Vá na frente por favor. Ou pelo menos ao meu lado... E eu acho que não vou precisar contar as histórias. Já deve saber que o Imperador tem um filho que não veio da Imperatriz... Esse filho veio de mim. Eu fui embora porque Renon tirou de mim os direitos de mãe. Não podia cuidar, educar, mal podia ver. Nada. Nada do que fazemos na vila com as crianças eu pude fazer. Nada... Então eu avisei a Imperatriz, minha superior direta, de que eu ia partir. Ela permitiu e eu fui embora. *Seguiria-o ou andaria ao seu lado pelos caminhos do túnel enquanto falasse. A voz sempre calma, baixa... E nada de encostar nas tais paredes.*

Gabriel
*Finalmente os dois subiram pra os quartos da estalagem. Gabriel tinha uma expressão preocupada e eguia logo atrás e Malak. Assim que os dois subiram as escadas um barulho maior de movimentação foi ouvido. Logo chegariam ao quarto... com uma só cama... e uma só tina com água para o banho... Gabriel travaria a porta com uma cadeira assim que entraram... e desabou sobre a cama velha...* Preciso dormir... meu ultimo descanso foi a 4 dias... *olhou com apenas um olho para ela...* Quer disputar a cama com pedra, papel ou tesoura? *riu*

Gabriel
*Ali, nas pronfundezas da terra, a única coisa constante e certeza absoluta era a sensação de desespero ao se estar envolto pelas trevas eternas. Sons estranhos, como criaturas rastejando pelas trevas, eram ouvidos constantemente, alguns mais próximos, outros distantes. Gabriel não havia dito mais nenhuma palavra depois do que Malak lhe revelará quem realmente era. Alias, a única palavra que ele havia dito depois daquilo ele falaria agora...* Prenda o brasão IK em algum lugar do corpo... Ele é a garantia de que eu poderei encontra-la... caso tenhamos que nos separar... *Malak conseguia "enxergar" na escuridão também, não uma visão normal, uma visão mágica, que Gabriel havia ativado com o Brasão.* Isso também vai te fazer enxergar razoavelmente... *Ele tinha uma pequena mochila as coisas, e mexeu ali enquanto caminhava a frente dela.* Vai precisar de roupas que te escondam... Para subir, deveremos descer ainda mais fundo... E tenho certeza que já devem estar avisados sobre uma das mulheres de Renon perdida no Subterrãneo... * Aflou aquilo em um tom meio desanimado...*

Malak
Não sou uma das mulheres de Renon... *Resmungou mais uma vez, já assumindo um tom irritadiço. Tirou o brasão da mão e colocou-o bem preso sob as faixas que cobriam seus seios. A mão que o carregava já há um bom tempo estava bem marcada.* Eu era nova, burra, ingênua e errei. Assim que sairmos daqui eu vou seguir meu caminho, não vou com vc até Terânia. Não sou mulher dele, Agatha é. *Resmungava ainda durante a caminhada, vez ou outra precisando conter o susto ou medo por alguma criatura.* Eu tenho esperanças de achar um homem que me aceite mesmo com esse passado. E não será Renon. Nunca! Antes mil anos no deserto...

Gabriel
Minhas ordens eram de levar os escravos libertados para Nova Terânia, sejam eles da nobreza ou não. Assim como todos os outros uqe sobreviveram ao combate, você vem conosco. Não é opcional, entendido? Não vamos discutir isso até eu poder estar vendo a luz do sol. Você, a gelada e a pombinha, as três são mulheres dele, nada que digam fará mudar isso! E o fato é que isso só dificulta a nossa escapada... mil anos no deserto? Que tal mil anos de trevas? Ou de torturas inimaginaveis nas mãos dos devoradores de mentes? Brrr... não quer pensar nisso, não agora! *Tênuamente o som de movimentação começou a chegar por ecos naquela caverna onde eles estavam... Gabriel parou, e esticou o braço para que ela parasse também.* O ar está mais fresco daqui em diante... e o barulho... talvez uma cidade... com sorte estamos profundos o suficiente para que as notícias da favorita do imperador não tenham corrido até aqui. Enfim... você fica aqui escondida para eu verificar logo a frente, entendido?

Malak
Eu não vou ser mais humilhada por Renon. *Falou praticamente em um rosnado entre os dentes cerrados. Não iria. Juro que não voltaria a Terânia. E agora eram três? Pombinha? Se Renon precisava ser o galo de um galinheiro, Malak não comprtilharia daquilo. Parou logo atrás dele de braços cruzados e um bico imenso de quem estava pra lá de irritada.* Favorita? Que favorita? Agatha se quer está aqui. *Mais resmungos enquanto ela se abaixada onde estava mesmo. Sentou-se sem questionar, afinal, precisava urgentemente de um mínimo de descanso. Aproveitaria aqueles minutos para ver como estava o próprio corpo e o que precisaria coletar para curar-se.*

Gabriel
Yada, yada, yada... *Ele riu e balbuciou, sumindo na curva do tunel que estava mais a frente... ela ficaria ali, ouvindo aqueles sons distantes... até que sons não tão distantes seriam ouvidos vindo do caminho que ela e Gabriel haviam vindo. E nenhum sinal de Gabriel...*

(Continua...)
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