Lei esclarece o ocorrido com Malak ao Imperador (Encerrado)

*O Imperador Renon seria avisado que Lei e Malak estavam à espera no lado de fora de sua sala particular, ansiando por conversar com ele. Se a permissão fosse dada, o mago e a diplomata adentrariam a sala. Após todos os cumprimentos oficiais, Lei seria o primeiro a tomar a palavra.*

Imperador, acredito que eu tenha que esclarecer um ocorrido de alguns dias atrás. Esperei pela volta de Malak pois queria a presença dela. *Lei fez uma pausa e depois continuou.* Logo que me tornei um Imperial, fui punido, entre outros motivos, por usar mortos-vivos em combate. Estes mortos-vivos, criados pela entidade chamada Galactus e dada a mim por Michael Ricardus V, foram usados por mim quando liderei a Sociedade Negra.

Apesar de usar as 70 criaturas indiscriminadamente, elas sempre me alertaram que um dia eu teria que pagar pelos seus serviços. Eu me desliguei das criaturas quando me tornei bom novamente e há alguns dias atrás elas decidiram cobrar a dívida.

Uma energia negra invadiu meu corpo e em pouco tempo me tomaria por completo caso eu não fosse até um local informado pelas criaturas, que tinham um novo líder. O novo líder era uma das criaturas que, sem um mestre, decidiu criar seu próprio grupo com o restante dos mortos-vivos. Eu não tinha opções e estava pronto para ir, quando encontrei-me com Malak na rua da Cidade Imperial.

Eu não queria colocar Terânia em perigo, este era um problema que eu deveria resolver sozinho. Entretanto, sabia que não conseguiria sozinho e imediatamente pedi a ajuda de Malak para resolver o problema. Ela não tinha obrigação nenhuma de me acompanhar, mas o fez para auxiliar um companheiro Imperial em perigo.

Detalhes à parte, Malak acabou fazendo muito mais do que me ajudar. Ela destruiu a criatura líder dos mortos-vivos e acabou com esta ameaça antes da mesma começar. Deuses sabem o que estas criaturas poderiam fazer no reino, o poder que teriam.


*Lei tossiu um pouco e depois continuou.* Mas há um problema. Estas criaturas carregam uma maldição. Qualquer pessoa que os derrote deve ser seu novo mestre até seu último fôlego. A única maneira de romper este trato é morrendo. Isto quer dizer que Malak deve ter a criatura como seu servo pelo resto de sua vida.

Antes que possa tirar conclusões, Renon, deixe-me explicar. Estas criaturas servirão totalmente seu mestre e não farão nada que não for ordenado. Malak não irá sofrer nenhuma mudança, nenhuma influência. A criatura pode ser usada para o bem, Renon.

*Fez nova pausa, continuando.* Se alguém é culpado pela presença de Malak lá, esse alguém com certeza sou eu. Malak apenas quis me ajudar, Imperador. Eu estou pronto para encarar qualquer consequência ou punição que esta minha ação trouxe para este grupo ou para Malak. *E ficou em silêncio finalmente, esperando para ver se Malak diria alguma coisa ou se Renon iria se pronunciar.*

[ Malak irá postar a ação dela aqui em breve. ]

Logo que entrou e após cumprimentar adequadamente o Imperador, Malak buscou um lugar para sentar-se enquanto portava um exemplar de um livro. Ouviu todo aquele relato de Lei e suspirou ao final. Suas lembranças em um momento de medo e angústia mais uma vez a enganaram e dessa vez as consequências obviamente seriam mais graves e, quem sabe, mais dolorosas.

- Lei não me forçou. Durante a viagem a Deskrausser e, após, durante os dias em que permaneci afastada, tive tempo e calma o suficiente para me lembrar de que ele apenas me pediu ajuda para que Terânia não fosse envolvida. E eu aceitei.

Tentando ao máximo conter as lágrimas que pouco depois escorreram por seu rosto, Malak mostrou o livro escrito em árabe e ricamente adornado em dourado -talvez realmente ouro - que estava em seu colo.

- Nessa viagem eu consegui um Corão. Exatamente o mesmo que usava o sheikh da minha vila... Poderá ler e conhecer cada costume, cada punição, tudo! Mas enquanto o faz e decide o que fazer, Imperador, por favor, me devolva Arthur!

*Escutou a todos os relatos sem mover um musculo sequer. Todo o tempo permaneceu imóvel, mãos unidas e dedos entrelaçados apoiando o queixo. Tinha uma expressão nula, fria, totalmente impossível de ser feita qualquer leitura do que achava daquela história toda. Após o término de tudo ele começou a falar, pausadamente, e de forma firme.*

Imprudência, falso testemunho, omissão, risco a vida alheia. Eu poderia passar dias apenas para dizer tudo o que eu vi até aqui.

Mas não, não farei isso. Do mesmo jeito que não se deram ao trabalho de prestas explicações antes do ocorrido eu também não perderei tempo com tais palavras, que vocÊs consideram desnecessárias.

*Ergueu-se do trono para continuar.*

Preferem pedir "perdão" do que pedir "autorização". Pois bem.


Malak, está banida de Nova Terânia. *Parou por instantes.* Não, está PRESA no quartel da Cidade Imperial, onde deverá passar toda as noites. Terá que estar lá toda a noite, as 20:00 horas, sob pena de ser capturada e considerada fugitiva. Sempre que sair da Cidade Imperial vocÊ será escoltada por dois soldados.
É sua segunda chance. NÃO HAVERÁ UMA TERCEIRA. Minha boa vontade e benevolência não devem ser abusadas por ninguém.
A a guarda não permitirá que você suba a Nova Terânia em hipóstese alguma. A pena começa AGORA.

*Virou-se para Lei.*
Retiro o seu status de Comandante das Tropas. Atos imprudentes podem causar um dano irreparável a inocentes e devem ser discutidos antes de ações serem tomadas. Voltará a hierarquia normal, como Capitão, e seguirá as mesmas regras que toda a tropa segue. Sua autoridade está sendo retirada, então as regalias referentes ao cargo de comandante também. Também proíbo que deixe o território Imperial, sob o risco de ser banido da Ordem.
Está também é tua segunda chance. NÂO HAVERÁ UMA TERCEIRA.


Não tenho nada mais a dizer e suas punições, como disse antes, valem apartir de agora. A Lei Imperial não deve ser comparada com lei externa ALGUMA. Nenhuma divindade, poder cósmico ou crença externa deve superar a Lei Terâniana. Se questionam minhas palavras, e mantém alguma lei ou credo acima das leis criadas para proteger todos nós, mostrem o seu descontentamento e peçam a desfiliação dos Cavaleiros Imperiais.
Pois claramente não somos bons o suficiente, ou justo, ou ainda divinos, para que seus vontades possam ser preenchidas...

Sim, Imperador. *Era apenas o que responderia, fazendo a continência Imperial e então deixando a sala do Imperador, se assim fosse permitido. Iria até o quartel em seguida para fazer os devidos ajustes na hierarquia e em seu posto. Também ajudaria a escoltar Malak até o quartel se fosse necessário.*

- Tudo bem... Mas e Arthur? Ficará na Cidade comigo, não é?

Já era humilhação suficiente ser tratada como prisioneira, como fugitiva... Pior seria se seu filho fosse arrancado de seus braços. Que benevolência seria aquela? Seria melhor 1000 chibatadas diárias apenas pelo direito de ter o filho quando quisesse em seus braços.

A guarda de Arthur, meu filho, será dividida. Já existem instrutores escolhidos e metodologia criada para que ele comece a ser instruído nos meandros Imperiais. Logo ele ficará em Nova Terânia no período diurno, as 07:00 as 18:00, para que frequente a Academia Imperial em breve. E neste período ele deverá ficar sob minha responsabilidade, durante 6 dias por semana. O domingo será exclusivamente teu, assim como os períodos que compreendem o horário após as 18:00 e antes das 07:00.

*Antes de libera-los, Renon sentou-se novamente no trono e comentou.*

De acordo com a história de uma religião que conheci tempos atrás, um Deus criou seus anjos para espalhar sua palavra. Em um deles ele depositou seu poder maior, e o fez o mais belo, intelignete e perspicaz.
Decidido a superar seu criador ele vociferou: "Prefiro reinar no INFERNO do que servir ao paraíso." E jogou TUDO fora, tudo aquilo que tinha, iniciando uma cruzada contra seu Deus e suas criações mais repudiadas: Os seres humanos.
Hoje ele reina, no Inferno, enquanto o Paraíso prospera e ele próprio arde em um poço de sangue fervente.
Ele preferiu pedir perdão do que pedir permissão, achando que seu status garantia-lhe esse tipo de liberdada e poder...


Vão agora e reflitam. A Inquisição não será piedosa caso eles venham a acusa-los de algo futuramente.

Malak não falaria mais nada, muito menos sobre a história do Inferno. Não era justo dizer que Arthur era filho apenas dele, muito menos compará-la e Lei com Lúcifer. Simplesmente não era justo...

Virou-se após a breve reverência e seguiu ao lado de Lei para fora dali, rumo ao quartel.

*Lei seguiu ao lado de Malak em direção ao quartel e esperou que estivessem bem longe da sala de Renon antes de falar algo para ela.*

Bem, pelo menos você poderá deixar Terânia, mesmo que escoltada. Eu estou preso aqui até segunda ordem. *Daria um murro na parede da casa mais próxima, continuando a caminhar depois.* Maldição! Eu deveria estar em campo, ajudando o Império a expandir-se, e não aqui! *Virou-se para Malak novamente, fitando-a.*

Malak, antes que você tenha essa ideia idiota, por favor... NÃO use Gotthard! Para nada! Não faça isso em hipótese alguma! Apenas irá piorar a situação!

- Cale-se. Já estragou minha vida o suficiente, não acha? Eu disse que Renon deveria ser avisado antes. Eu disse. Cale-se, Lei! Cale-se! Por Allah, apenas me leve até onde devo ficar.

Seguiria caminhando cabisbaixa e chateada rumo à cidade para se "hospedar" no quartel.

*Lei deu a impressão de que iria responder à Malak, mas um instante depois apenas abaixou a cabeça.*

Você tem razão, eu a envolvi nisto. Mas não se preocupe, não colocarei mais você ou sua posição em perigo. Eu a recompensarei de alguma maneira, Malak, eu prometo.

*Lei a acompanhou até o quartel e certificou-se de que ela seria bem tratada, já que teria que passar todas as noites a partir daquela no quartel até segunda ordem. Era o mínimo que podia fazer. Ele também ficaria lá com ela caso ela desejasse, embora a chance de isto acontecer fosse mínima.*

- Não quero recompensa. Quero sossego, paz, quero minha vida de volta. Não quero sujeitar meu filho a dormir como um pequeno prisioneiro por uma culpa que ele nunca teve. Eu... Não quero mais nada de você, Lei. Não busque a minha ajuda para nada que não seja oficial, SE eu ainda for do Senatus, não converse comigo se não for assunto oficial, não me pare na rua se não for assunto oficial. Entendeu?

Ficaria no alojamento indicado por algum responsável, onde passaria a primeira de muitas noites em claro. Sentaria-se na cama um tanto cabisbaixa antes de falar a última vez com Lei.

- Vá embora.

*E Lei foi embora de cabeça baixa, sem antes dizer uma última coisa.*

Obrigado e desculpe.

*Deixaria o quartel já com sua nova função hierárquica e evitaria ao máximo estar no mesmo lugar que Malak no quartel à noite.*