Nova Terânia
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A Busca de Zahra. (Encerrado)

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A Busca de Zahra. (Encerrado) Empty A Busca de Zahra. (Encerrado)

Mensagem por Coldest Winter ~ Qua 05 Jan 2011, 19:55

::Com os braços erguidos a moça deixava que o som percorresse por toda extenção de seu corpo.Zahra movia delicadamente o quadril ,movimentando as mãos pelo ar como se acariciasse o vento.Ao prenúncio de que o som da música aumentaria seu ritmo por uns instantes ela parou cerrando os olhos e ao soar mais rápido do ritmo começou a girar pelo descampado,parecia levitar sobre a grama.Sua saia verde arrastava no chão e durante o giro,rodava como uma bela armação de tecido.Todos à sua volta gritavam saudando a dança da jovem,e continuavam a tocar os intrumentos com tal vontade e fúria que ha quilômetros era possivel ouvir a festa.Os soldados de seu exército,exaustos da batalha sempre tinham um pique a mais para tocar por quantas horas fossem os instrumentos para que ela dançasce,e com a dança aliviasse o espirito abatido dos mesmos.::

-Optcháaaa!:: gritavam os bravos soldados de todas as raças.

::Centauros,Meio-orcs,Sátiros,algumas Dríades que se acumulavam para assistir a beleza da dança e até mesmo pequenas salamandras aninhavam-se dentre os arbustos.Ao fundo o céu deixava de ser de azul royal para tornar-se alaranjado,como uma tela pintada a mão por detrás das torres e construções de pedra maciça.TOns de roxo e azul escuro mesclavam-se com cor de rosa e amarelo.Era o prenúncio de que a noite não demoraria muito a chegar.::

- Optcháaa! :: E ela continuava a bailar girando sua saia,fazendo os cansados homens levantarem e aplaudirem.Hora olhava para onde os guerreiros da guarda real da cidade estavam,ora para a taverna,onde alguns homens acumulavam-se na janela para ver a caravana que chegava trazendo som e alegria,invadindo a cidade
-Optcháa!::E os seres iam aproximando-se,abandonando a floresta para juntar-se e contemplar a bela jovem que a cada vez girava mais rápido e movia a saia com as mãos,ora batendo palmas e sorrindo,ora encarando aos a sua volta.Intercalava sentimentos no calor da musica,vendo seus guerreiros tocarem!Para ela,era o
momento mais sublime apos uma sangrenta batalha em vão - quando largava seu chicote,quando tirava as luvas e podia dançar livremente.::
-Optchá!!!!!
:: O ultimo grito,dado por ela encerrava a música.Zahra parava com os cabelos ruivos caidos mais para trás,a face inclinada para o céu,à respirar fundo com os braços abertos,como se agora fosse a sua vez de saudar a noite que chegava,despedindo-se do Sol e recebendo a Lua que reinaria nas proximas horas

(08:35:54) Coldest Winter.~ fala para ZaHra -: *Armaram as flechas, no silêncio de seus próprios pensamentos, aqueles homens não estavam lá para ver a cigana dançar: tinham que matá-la, essa era a ordem e a tarefa que deveria ser executada. Incendiaram as pontas de boa parte delas. Aproveitavam-se da distração que sua própria vitima fazia aos soldados inimigos, a qualquer um que pudesse reagir àquele tipo de ataque tão mesquinho e desigual.* … *Olhares acompanhavam atentos o mover do corpo sinuoso da cigana, de como sua pele morena ficava ainda mais bonita na luz das chamas, de como sua saia rodava de maneira tão perfeitamente sincronizada com a música que mais parecia apenas feita para aquilo, e tudo isso, os deixava distraídos, unido ao cansaço e a luxuria alheia, não notavam que eram cercados como ratos. A música avançava. As notas dançavam aos ouvidos juntos aos movimentos da cigana, e ao fim do último acorde, o céu tingiu-se de vermelho.* … *A primeira flecha acertou um dos homens que tocava, seu corpo tombou mole para o chão, em segundos, a chuva de flechas desceu sobre as cabeças deles, muitos levantavam-se e corriam, procurando lugares para se proteger, a maioria, sendo alvejada antes disso, e lá se encontrava a cigana, no meio do desespero alheio.*

(09:12:40) ZaHra - fala para Coldest Winter.~: ::Em meio ao desespero a voz da cigana foi em direção dos seus :::FORMAÇÃAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAO! - :: A face da cigana enrubesceu ao ver um de seus homens caindo,.Tudo tão rápido quando o seu último giro na música.Seus homens não podiam esperar por aquilo e ,a primeira atitude da mulher foi olhar para dentro da carroça,de onde lhe foi lançada uma espada com o cabo cravejado de pedras.A pequena Yassin estava tão esperta quanto a mulher pensava...ah,menina ardilosa!Girando então a espada no ar,a cigana sentiu seu corpo se desfazer e densa névoa tomou conta do solo – em fração de segundo,forte ventania saia do chão em direção ao céu,revertendo o curso das flechas que perdiam sua sustentação no ar Era assim que,enquanto seus homens armavam-se ela fazia um escudo por sobre toda a área,atingindo cerca de duzentos metros a frente- porém,flechas que foram atiradas dali para a frente,caíram normalmente no chão e atingiram pessoas.Sua magia teria um campo limitado de extenção dependendo da força de concentração da cigana,e ela realmente não esperava uma batalha agora.Foi pega desprevenida,do melhor modo para o inimigo.::

(09:28:29) Coldest Winter.~ fala para ZaHra -: *A tática da cigana mostrou-se útil para as flechas atiradas mais próximas ao lugar onde se encontravam. Que se desviavam para as árvores ou simplesmente perdiam a velocidade e perdiam-se no ar. As pessoas ainda corriam de um lado para o outro, a maioria agora já encontrando abrigo. Uma ou outra flecha incendiaria cairia sobre a carroça, iniciando pequenos focos de incêndio. Então, as flechas cessaram, mas o bradar de espadas e o grito dos soldados inimigos tomou o ar mais uma vez. Avançaram de maneira ardilosa, por todos os lados, eles surgiam como ratos, invadindo e empesteando o lugar. O cerco estava fechado, e Zahra sabia por que: Pela menina que havia levado. Com espadas, escudos e outras armas – assim como a utilização de cavalos – os homens de seu antigo senhor avançavam contra seu povo.* - Entreguem-se! *Um dos soldados gritou. Girou a arma, e decepou a cabeça de um dos homens de Zahra.*

(09:38:31) ZaHra - fala para Coldest Winter.~: ::Aquilo provocava a ira da cigana,que via a pequena Yassin sair pela carroça em sua direção – do lado oposto onde os inimigos poderiam ver .Qual era o seu Karma?Levar guerra e discórdia para todos os reinos que iam?Aqueles homens que a atacavam já foram parte de seu exército,mas seguiam fielmente ao rei Dahouk.Uma pena para eles,que haviam ido para o lado errado – lamentou ela erguento a espada e aproximando-se do líder sem abalar-se pelo homem que falecia.Eles não eram realmente seu clan cigano,eram seu exército.O clan da mulher estava preso sob torturas do rei,e a cada vez que ela falhava na conquista de uma terra,a cabeça de um era cortada então,já estava acostumada com este tipo de morte à sua frente.:: -Não há por que me entregar...Ora,abaixem as armas!Carregamos a mesma bandeira!:: agachada a frente da carroça estava a menina a esperar qualquer comando da cigana.Ao céu pode ser ouvido estridente piado animal,alguma criatura diferente dos cavalos que acompanhavam-na estava por perto,e parecia cada vez mais nítido aos olhos de todos – Um enorme grifo de penas avermelhadas pousava ao lado da cigana,abaixando a cabeça em frente aos inimigos.Parecia preparado para a guerra,com proteção metálica na cabeça,no peitoral e garras revestidas em lâminas de prata extremamente afiadas ::

(09:56:52) Coldest Winter.~ fala para ZaHra -: *Sem muitas palavras, os homens ao comando do sujeito para quem Zahra falava avançaram contra eles. Mesmo com a presença do Grifo, não pareciam temer aquela demonstração de poder da cigana, talvez estivessem sobre algum efeito mágico do Rei do qual ela tanto fugia. O som das espadas tomou o lugar, assim como o cheiro de sangue. Novas flechas começavam a tomar os céus. Precisava pensar em alguma coisa, e rápido. Caiam homens de ambos os lados e parecia não ter fim.*

(10:06:56) ZaHra - fala para Coldest Winter.~: :: Yassin rumou para o grifo e escalou seu pescoço,sentando-se sobre o animal,que alçou voo enquanto a cigana conversava com o homem a frente.Suas palavras não surtiram muita eficácia,Era de costume da cigana sempre conversar antes das batalhas,afinal muito sangue poderia ser evitade de derramar.Ela,ficaria e lutaria até o fim com sua espada nas mãos e suas magias,movidas agora pela raiva – Como ela se desculparia com aquele reino? – O grifo seguiu para o castelo mais adentro do reino,onde demoraria para que os soldados chegassem e , se chegassem,ela teria reforços até la.Zahra lutava com todas as suas forças e vontade,assim como seus homens.Sua face estava manchada de sangue,a roupa antes de fino traje,agora respingada ::

(10:17:09) Coldest Winter.~ fala para ZaHra -: *E por um tempo que Zahra provavelmente perderia nas horas, a batalha se estendeu. Homens caiam de ambos os lados, sangue manchava o chão e a exaustão chegava para todos eles. Alguns, àquela altura mal conseguiam levantar e bradar suas espadas. Havia choro, um pouco de desespero e muito de destruição. O homem com quem Zahra falava antes, continuava a avançar sobre ela, incansável, desejava destruir a cigana – não apenas isso – visualiza-a agora, como sua futura concubina. Desejava-a, mas antes de tudo, precisava feri-la. Porém, a sorte sorriu para a jovem cigana, num golpe de sorte, sua espada lambeu o peito do soldado, que atordoado, cambaleou para trás.* - Vai pagar, sarracena!!! Vai pagar!! *Agora, ferido e cansado, tentou outra investida contra Zahra, mas não teria muito sucesso.*

(10:25:50) ZaHra - fala para Coldest Winter.~: :: A maioria dos homens a imaginava fora do campo de batalha,com suas roupas belas.A face da mulher se transformava de tal forma que ela não mais parecia uma cigana ou uma bela dançarina de pernas leves – ela se tornava mulher de mistérios e de olhar atraente,ameaçador e convidativamente belo.Aproveitando o tontear do homem,ela investiu girando seu corpo com força.A espada não demorou a tocar a garganta do soldado,que berrou e estribunchou e ela,enquanto o sangue dele tocava sua face sentia as pernas tremerem.De frente ao homem que morria,Zahra tinha a visão de uma enorme montanha gelada adornada por uma escada cristalina de onde escorria sangue – ela escorregava ao subir,mas uma mão puxou-a antes que despencasse.Era uma mão extremamente clara e delicada,alguma mulher – e o ralhar das espadas cessou sua visão ,a cigana abria os olhos e o inimigo estava caído,a cabeça a rolar pelo chão de terra::

(10:37:11) Coldest Winter.~ fala para ZaHra -: *Zahra fechou os olhos, por um instante, o mundo deixou de ter tanta dor. Suas pernas não mais estavam bambas ou doloridas. Não mais havia cheiro de sangue, nem guerra, nem desespero. Os gritos se abafaram e ela segurou a mão fria de fina de alguém. Os cabelos loiros da jovem pendiam no ar, os olhos estavam fechados, protegidos por um fino tecido branco, que não impedia a visão das cicatrizes em seus olhos. Trajava roupas brancas, e a sua volta, tudo era assim, completamente branco. Zahra, sentiu por um instante aquele frio lhe tomar, de maneira confortável até, viu ao fundo, a cidade que flutuava e sentiu-se por um momento, protegida. Mas aos poucos, sua mão escorregava da mão da loira, perdendo-a na neblina que se formava. Para o Oeste, Zahra tinha a intuição de seguir, para o Oeste, atrás da Cidade que flutuava e da Imperatriz do Inverno. Abriu seus olhos e viu a menina Yassin ao seu lado, seus olhos marejados, os corpos espalhavam-se pelo campo de batalha e mais soldados viriam. Do céu, flocos de neve despencavam devagar, formando uma visão bela e aterradora.*

(10:45:27) ZaHra - fala para Coldest Winter.~: :: Serenava no local,e a pequena Yassin abraçou a cigana.Seu vestido de cetim amarelo estava manchado de sangue,o grifo tinha carne presa nas garras.Ela estava assustada,os olhos fixos na cigana que,para seu pequeno mundo,era sua mãe.Segurando a menina no colo ela ergueu-se,os olhos marejados.Era como uma mãe desesperada a buscar ajuda,e aos soluços dirigiu-se ao grifo.Pelos que caíram em campo,poucos ficaram,e eram esses poucos que lhe acompanhariam para onde a mulher da visão lhe ordenou que fosse.Ela precisava sentir novamente a segurança do local,sentir a presença forte e segura da mulher,que por segundos pensou ser um anjo.Montou em seu grifo,que soltou um alto piado – e do mesmo céu turvo de onde veio,vieram outros para levarem os dez guerreiros que haviam ficado em pé.Lhe foi entregue um elmo e ela o vestiu,logo após cobrindo a menina e apertando-a conta o peito.Voariam alto o suficiente para não serem vistos,não mais guerras queria.E rumaram para oeste,em busca de abrigo para a pequena Yassin::
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