Lei procura o Imperador sobre o retorno de Rhea (Encerrado)

*A notícia cairia como uma bomba aos ouvidos de Lei Keylosh. Rhea, a valquíria que foi considerada uma traidora do Império e que deveria ser caçada e trazida até Terânia como prisioneira, agora retornava ao seu posto de Imperial.

Lei não perdeu tempo e tratou de procurar pelo Imperador Renon imediatamente na fortaleza flutuante. Não pediria uma audiência, não esperaria, simplesmente iria andando pelos corredores até a sala onde estivesse Renon e entraria, a não ser que fosse impedido de alguma forma repentina.

Em todo caso, ele iria se aproximar do Imperador e iria começar a falar com urgência.*

Imperador, me perdoe por interromper seus afazeres, mas chegou até mim a informação de que Rhea foi vista em Terânia portando o brasão Imperial novamente. Senhor, devo adverti-lo de que essa decisão é altamente perigosa! Até dias atrás, tínhamos ordens de perseguir Rhea e trazê-la até aqui como prisioneira! Seja lá qual for a intenção dela, é altamente provável que seja para atingir o senhor!

*E então ficaria em silêncio, até mesmo ofegante.*

*Renon estaria acomodado em seu trono, no salão imperial, com um cálice de vinho na mão esquerda, e observando imagens que pairavam no ar e eram projetadas por cristais colocados nos braços do trono... seria interrompido, sem parecer irritado ou surpreso, mas desfazendo as imagens que com um gesto da mão direita. Vestia a túnica imperial e aguardou Lei completar sua fala... tomou um gole de vinho, e falou com calma.*

Ela é mãe de minha filha... Não fosse esse motivo suficiente, e não é, na minha opinião particular, ela e o povo Ysgardiano trouxeram objetos de Ysgard... sem que eu soubesse... e tais objetos poderiam mudar a balança de eventos em um piscar de olhos...
Estive na cidade onde elas preparam a ofensiva para retomar Ysgard... Fui até lá negociar um acordo de rendição, anistia para os líderes e dizer que o povo não seria machucado em caso de rendição pacifica. Meus espiões já haviam dito que elas estavam realizando rituais de "passagem", secretos e em locais de acesso muito dificil. Minha suposição era de que elas estavam elegendo as novas líderes, até que fui apresentado ao martelo que o deus do trovão Ysgardiano empunhava em guerra. Um monolito de adamantite chamado "Mjölnir", que Rhea usou para... para me mostrar do que se travavam os rituais.

*Jogou a cabeça para trás, sorrindo de canto de lábio.*

Ela acabou comigo, não tive chance alguma contra aquilo. Destruiu minha armadura, fez meus ataques parecerem nada... eu pretendia traze-la como prisioneira e negociar com as outras... Ela só não me fez de prisioneiro, tamanha foi a diferença de poder, porque não tinha interesse nisso.
*Bebeu mais uma golada de vinho, olhando para o vazio do salão.*

"Mantenha seus aliados próximos, e seus inimigos ainda mais próximos." Tive que pensar rápido em uma saída "diplomatica"... e tornei Valkyrion, a cidade ysgardiana, território neutro... além de nomear Rhea como Embaixadora de Valkyrion aqui, em minha cidade. Ela tem imunidade diplomática, ela e minha filha, e eu tenho os olhos sobre elas. Ela confidenciou que não apenas ela foi agraciada com esse tipo de equipamentos... E que nem de longe é das mais "bem equipadas".
Digo que perigoso seria deixa-la a solta e, agora, entrar em confronto direto com elas. Poder Divino em mãos de não-deuses...

*Bebeu mais do cálice de vinho.*

Aceito sugestões já que a Inquisição e o Alto Conselho Terâniano simplesmente concordam que venceriamos uma guerra contra Valkyrion, mas perderiamos 2/3 de todos os nossos recursos militares locais, teriamos que mover 2/4 da força militar nos reinos aliados para compor uma ofensiva e, ao final, estariamos vulneraveis, famintos, com o tesouro imperial exaurido e as fronteiras expostas aos reinos adjacentes, nossos queridos "amigos" justiceiros de um lado e a confiavel deskrausser do outro.
Não acha mesmo que eu impulsionei uma onda de recrutamento apenas porque quero mais pessoas no império, certo?
O retorno de Drake foi crucial para ganhar mais um pouco confiança da valquiria. É hora de agir de forma meticulosa e com extrema cautela, Lei...
Zarack somado aos Justiceiros Sagrados, novo comando em Deskrausser. Então... sim, ela está no castelo como uma oficial, embaixadora, e deve ser considerada como representante estrangeira aliada...

*Lei ouviu a tudo, embora estivesse impaciente e por vários momentos quase interrompeu o Imperador, mas ouviu a tudo antes de voltar a falar. Não estava mais ofegante, mas seu semblante ainda era preocupado.*

Já que as forças ysgardianas são tão poderosas, Imperador, então por que não fazer uma aliança com eles e usá-los contra nossos inimigos? Se os ysgardianos são capazes de danificar tanto nossas forças militares, imagine o que não poderiam fazer se fôssemos aliados.

*Fez uma pequena pausa, continuando.* Entretanto, senhor, a presença de Rhea aqui ainda me preocupa terrivelmente, principalmente se o senhor acabou de revelar que ela poderia derrotá-lo com facilidade. O senhor tem total certeza de que eu não terei que segui-la pela vila à noite todos os dias, temendo que ela adentre seus aposentos e o mate??

Aliança? Eu fui "generoso" em declara-los neutros para evitar um incidente, e você acha que poderiamos simplesmente ir de um estado de "inimizade", para um estado de "aliança" com apenas meu belo sorriso e inigualavel carisma? Depois de tudo que fiz e falei?
É melhor começar a compreender melhor a disposição das peças no jogo. NÃO temos inimigos. NÃO estamos em guerra. Devo chegar até a lider delas, seja lá qual delas for, e dizer "Olhe, em nome de nossa grande amizade e confiança mútua, eu entendo que vocês devam invadir e atacar Deskrausser! Foram eles que destruiram Ysgard!".
Devo me preocupar em ter mentido e ser descoberto, ou que elas digam "não é assunto meu, já deixamos claros que não nos importa seus jogos de poder e política neste mundo.", ou ainda que eu comece uma guerra por motivo algum?

Que crimes Deskrausser cometeu contra nós?
Que crime os Justiceiros Sagrados cometeram contra nós?
Você pode apontar e provar isso? Sofremos ataques? Embargos?
É melhor que entenda, e em definitivo, que o mundo não é feito de capa e espada. E que é a pena e o pergaminho que ditam o fluxo de eventos. Tudo o que temos são nações e organizações com credos e costumes diferentes dos nossos. E o que eu posso fazer, e faço, é recusar laços com tais organismos. Se eu começar a apontar as espadas para todos os que não pensam como eu, que não seguem os meus costumes, que tem pensamentos diferentes dos meus, não estarei fazendo melhor do que acusei Voltaire de estar fazendo com os Justiceiros. Se eu começar a me degladiar dessa forma eu não vejo necessidade de haver um Império que se baseia na união de diversos reinos, que mantem seus respectivos líderes, e eu poderia simplesmente anexar territórios, invadindo e hasteando a bandeira Imperial.

*Balançou o cálice de vinho na mão, encostando-se denovo no trono.*
Guerra significa MORTE, Lei. Morte de inocentes, de soldados, devastação.
Cavaleiros Imperiais NÃO MATAM. Nunca esqueça disso. Qualquer um que deseja guerra quer uma desculpa apenas para matar, e eu não permitirei isso.

*Terminou o cálice de vinho, passando um dos dedos na borda do mesmo e riu.*

Se ela quisesse fazer isso, teria derrubado o castelo sob minha cabeça sem maior esforço. Fique a vontade para segui-la, ela não tem permissão para transitar pelo Império, o acordo é restrito a capital Nova Terânia e a cidade de Valkyrion. Nosso Embaixador também tem as mesmas ordens.

Mas advirto qeu se minha filha for incomodada ou sentir-se ameaçada... aquele que o fizer terá de lidar com a minha ira...

Se são a pena e o pergaminho que ditam as coisas no mundo, então posso me considerar um ultrapassado pois, para mim, a capa e a espada ainda são mais importantes. *Disse o barbudo, após ouvir o que Renon disse e permanecer pensativo por alguns segundos. A explicação o deixou aparentemente satisfeito, uma vez que ele fez um rápido movimento afirmativo com a cabeça.*

Muito bem, isso é o suficiente. Mas estou supondo que Rhea não vá se envolver nos assuntos de nenhum dos Imperiais, principalmente no que diz respeito ao exército... De qualquer maneira, obrigado pela atenção, Renon. *Faria uma continência teraniana e então iria se retirar, caso Renon não dissesse mais nada.*

Ela não tem autoridade alguma dentro dos Cavaleiros Imperiais, isso é mais do que certo.

Longos dias e belas noites Lei... siga em paz.
*Cumprimentou-o na saída, ficado no salão sozinho.*