Nova Terânia
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Demônios Interiores - Parte 2 (Encerrado)

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Mensagem por Lei Keylosh Sex 17 Ago 2012, 11:17

EPÍLOGO (Jogo Terminado):

Relato de Lei Keylosh

A culpa de todo este episódio é minha, direta ou indiretamente, depende do seu ponto de vista.

Annabela foi pega em uma tentativa do demônio Mizabel de me encontrar. A notícia de que eu carrego uma das armas mágicas de Abdiel provavelmente se espalhou pelo submundo e fez com que Mizabel colocasse em prática um plano audacioso mas que, se bem sucedido, lhe daria mais poder.

Eu ainda não sei quanto tempo levou, mas ele conseguiu encontrar Annabela. Possuindo o corpo de Jon, ele fez com que a moça cega usasse seus sentidos sobrenaturais para rastrear a arma. Em seguida ele a raptou, levando-a para seu covil, onde Annabela conheceu Catheryn, a mulher de Jon, e seu filho Jaime.

Annabela foi torturada e forçada a fazer um pacto com Mizabel. Em seguida, ele a enviou juntamente com Jaime até o território Teraniano em uma tentativa de infiltra-los na Cidade Imperial. Eles se disfarçaram de mercadores e tentaram entrar como se fizessem parte das rotas de comércio da cidade.

O plano deu certo, pois não havia nenhum vestígio do demônio em seus corpos. Por outro lado, Mizabel não conseguiria comunicar-se com eles. Eu apenas me encontrei com eles porque um dos soldados também era um lacaio de Mizabel, mas ficou insano e atacou Bela e Jaime no meio da praça do bairro comercial.

O soldado foi preso e foi constatado que ele foi dominado por Mizabel meses atrás, portanto há de se supor que o demônio estava planejando isso há algum tempo. Eu levei Bela e Jaime ao quartel e eles me contaram tudo, preferindo resolver a situação de maneira honesta, mesmo tendo suas vidas e a de Catheryn em perigo. Eu armei um plano para pegar Mizabel. A única forma de atrair o demônio era fora da Cidade Imperial e levando a arma mágica, que era justamente o objeto de desejo da criatura.

Annabela e Jaime me acompanharam até um ponto onde o demônio poderia sentir a arma e saber que estávamos sozinhos para que pudesse surgir. Meu erro foi ter subestimado o poder dele. Jaime se jogou à frente de um dos ataques da criatura para proteger Bela, recebendo um sério ferimento, e depois o demônio me subjugou e caí inconsciente. Annabela me contou o restante: O demônio também estava debilitado, mas estava consciente. Coube a ela dar o golpe final nele, a arma mágica em forma de adaga em seu coração. O objeto que ele tanto queria foi o responsável por sua derrota.

Levamos Jaime para a enfermaria da Cidade Imperial e quando tudo parecia estar acabado, descobrimos que o demônio residia em Jaime agora. Zzrill e Minami se juntaram a mim e Annabela e os quatro foram até o quarto de Jaime. A energia do demônio se manifestou e fez com que caíssemos inconscientes, nossas mentes agora presas em um sonho coletivo orquestrado por Mizabel. Era a última cartada do demônio.

Felizmente, a mente de Jaime foi forte o bastante para combater o demônio. O rapaz encontrou uma maneira de nos fazer acordar, para que fizéssemos uma tentativa. Zzrill, Minami e Annabela foram enviados a sonhos diferentes e em situações diferentes, onde teriam que provar algo. Eu permaneci em um sonho onde pagava por todos os meus erros do passado. Um pesadelo ideal para mim. Eu acabei morrendo em meu sonho, sem saber se voltaria ao mundo real.

Zzrill foi enviado à uma Megiddo livre da presença de Oloth, onde sua família tornou-se a mais importante da cidade subterrânea. Seus pais estavam vivos e bem, mas no final ele descobriu que era apenas um fantasma e sua mãe revelou que o sacrificou para derrotar Oloth. Zzrill os perdoou, quebrando assim o controle do demônio sobre sua mente inconsciente.

Minami foi enviada a um futuro possível, onde tínhamos três filhos, um lobo, um cachorro e uma casa grande. Tudo parecia perfeito, exceto pelo fato de que todos morreriam se Minami permanecesse junto a eles. Em uma prova de amor à sua família, ela deveria tirar a própria vida, e foi o que fez, quebrando o controle de Mizabel.

Enquanto isso, Annabela recuperou a visão em seu sonho e encontrou Jaime vivo. Ele a levou para conhecer Jon e Catheryn, que moravam em uma boa casa em alguma cidade no oeste. Jaime levou Bela a uma colina, de onde poderiam avistar todo o horizonte. Annabela tentou convencer Jaime de que aquilo era tudo falso, mas ele parecia indiferente a estas afirmações.

O horizonte então começou a desaparecer e Jaime sabia que os amigos de Annabela haviam vencido. O sonho estava acabando. Jaime mostrou o que aconteceu nos outros sonhos e disse que Lei o ensinou a sempre ter responsabilidade por tudo o que se faz e encarar as consequências disto; que Zzrill lhe ensinou o valor do perdão; e que Minami lhe ensinou a importância do amor. Annabela deveria carregar aqueles valores com ela e aproveitar bem sua vida, em nome de Jaime.

Quando acordamos, estávamos deitados ao chão do quarto, a presença de Mizabel havia desaparecido e Jaime estava morto. Ele havia morrido em paz, com Annabela como a última imagem em sua memória. O mesmo podia ser dito de Annabela, de volta à escuridão da cegueira e guardando a imagem do rosto de Jaime para sempre em sua mente.

Assim como Annabela, eu também preciso exercer os valores que Jaime ensinou: Eu tenho de tomar responsabilidade pelos atos que cometi no passado, como ter guardado a arma mágica que atraiu este demônio poderoso. Eu não tenho como apagar o que aconteceu, como se fosse um sonho, mas posso abrigar Annabela e oferecer-lhe todo o suporte do qual precisa.

Minha vontade era que ela ficasse na Cidade Imperial, onde podia nos ajudar com seus sentidos especiais, podendo até mesmo ser uma Amazona Imperial no futuro. Mas eu esperarei. Conheço a sensação de perder alguém que se ama e sei que é algo do qual nunca se recupera: Apenas aprendemos a lidar melhor com isso com o passar do tempo.

Aprenda a amar, perdoar e seja responsável por seus atos. Foi isto que Jaime quis nos ensinar antes de ir embora.




---//---



Parte 1

Annabela:

Antes que Annabela pudesse responder ao comentário de Catheryn, um tumulto pôde ser ouvido da direção do quarto de Jaime. Alguns enfermeiros correram para lá. Cat, preocupada, também foi na direção do quarto, puxando Annabela consigo, e foram barradas por um dos enfermeiros que disse que a situação de Jaime complicou-se repentina e inexplicavelmente. Annabela podia sentir uma energia demoníaca forte emanar-se do quarto. Logo um clérigo também adentrou o recinto e a confusão continuaria por alguns minutos. O clérigo sairia e se aproximaria de Cat e Anna, dizendo:

-De alguma forma, Jaime está emanando energia maligna em grande quantidade. Não verifiquei nada quando ele chegou aqui, isto é estranho. Foi o Comandante que trouxe você e ele, não? -Disse ele, olhando para Cat.- Devemos avisar o Comandante.


Zzrill:

Keylosh tinha um ferimento feio na perna que, apesar de tratado, ainda estava fresco. Foi na direção do prédio principal do quartel mancando, quando avistou Zzrill no campo de treinamento juntamente com os outros arqueiros. Há algumas semanas atrás, ele e Lei haviam invadido o templo da deusa Oloth e agora Zzrill tinha posse de artefatos extremamente poderosos. Era preciso, antes de fazer algo com eles, examiná-los a fim de detectar algum feitiço ou maldição. Uma vez limpos, então os objetos poderiam ser estudados e usados para aprimorar os equipamentos dos guerreiros teranianos.

Lei aproximou-se do agora Arqueiro Imperial.

-Zzrill, vejo que já se recuperou daquela viagem às minas de Uris. Eu também havia me recuperado... mas nosso trabalho nunca acaba, não é mesmo? Lutei contra um demônio poderoso hoje mais cedo e, acredite, estou vivo graças à uma garota. Quero que a conheça, Zzrill, ela está na enfermaria do quartel. Acho que ela tem habilidades que podem nos ajudar bastante.


Minami:

O soldado Wall, fiel guardião dos portões de Warjillis, acabou ficando amigo da família Keylosh. Ele visitava Terânia de tempos em tempos e se Lei não estivesse disponível, ele sempre procurava sua esposa, Minami. A visita daquele dia tinha um motivo especial: Wall queria que Minami o treinasse. Desde que soubera que a oriental derrotou seu marido em combate, ele interessou-se pela ideia, assim como muitos outros soldados, naturalmente. Todos queriam aprender as habilidades da mulher que derrotou o comandante em combate armado e alguns tinham intenções duvidosas, pois Minami era uma mulher de meia-idade e ainda ostentava uma beleza natural oriental. Lei sabia que Wall era um bom rapaz e não tinha intenções maliciosas, portanto pediu a Minami para que desse a preferência a ele.

Caso Minami aceitasse a proposta, o soldado estaria esperando-a em um pequeno campo de treinamento perto da casa de Keylosh, o mesmo campo onde Minami derrotou o barbudo.


(O restante do jogo foi feito no Msn, será postado em breve.)


Última edição por Lei Keylosh em Seg 20 Ago 2012, 09:05, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 17 Ago 2012, 11:19

Minami


Minami a princípio ficou em dúvida. Não por falta de vontade mas por receio de não ter a habilidade necessária para ensinar. O melhor, talvez, era ensinar como havia aprendido. Naquela tarde Minami se vestia com um quimono mais antigo, mais "masculino" mas que dava mais liberdade de movimento, além de carregar as duas armas de madeira usadas no combate contra Lei. Os cabelos estavam trançados e a oriental aproximou-se de Wall com um sorriso suave, descansado e bem diferente de quando chegou aos portões de Warjillis naquela noite.

- Wall… Como está? Pronto? Já aviso que não sei se vou saber ensinar…
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 17 Ago 2012, 11:20

Zzrill

*Zzrill tinha se recuperado bem dos ferimentos que recebera em sua incursão por Megiddo. Mas estava frustrado por ter sido salvo por uma criatura que deveria ser o inimigo jurado de todos os Drows: Ergo Proxy. E então ele treinava ainda mais, com um afinco e dedicação, que era seguida por outros soldados. Zzrill, embora não quisesse, demonstrava que em pouco tempo lideraria o pelotão de Arqueiros do Império Teraniano. Entre uma de suas pauas para descanço, ele avistou ninguém menos que Lei, que mancava de uma perna com um ferimento ainda exposto. *
Azphelumbra, Lei! Você é incansável mesmo. Um demônio pela manhã me parece ser um péssimo desjejum. E essa garota por ter te salvado merece alguma atenção da minha parte... Se me mostrar onde ela se encontra eu a verei.
* Se Lei lhe mostrasse o caminho ele o acompanharia. *
E Lei.. sobre as armas que encontramos em Megiddo... eu testei todas. Para mim elas não oferecem perigo, mas devo lembrar que são armas projetadas para drows e duergars, logo não sei se outras raças podem usar sem uma análise profunda. Além do mais.. me parece que elas se combinam de um tal modo que um único ataque das armas combinadas seja capaz de devastar uma a´rea imensa e sua trama de magia seja rompida, gerando um a área de magia selvagem - no pior caso até uma área de magia morta pode ser criada! mas tal coisa ainda é só uma conjectura minha..
*Ele pega algo do bolso, que parecia ser o cabo de uma espada em adamantite negro. Logo em seguida do cabo saltou uma lâmina fina, azulada e ligeiramente curvada, muito similar á uma rapieira, usada nos exércitos de Terânia *
Parece ser uma arma impressionante, não é Lei?
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 17 Ago 2012, 11:20

Annabela

As duas caminharam por um longo tempo, e Annabela não sabia dar respostas exatas para as perguntas de Cat. Apesar de saber o que tinha que fazer, não sabia como. Mas tinha certeza que o Comandante a ajudaria. Pensando nele... Devia uma resposta. E o mais depressa possível. Ele tinha sido generoso, e devia retribuir. Além do mais, se tinha encontrando uma razão para ter sido amaldiçoada com esse dom, era sua obrigação usá-lo em prol de outras pessoas, e assim faria.
Quando ia responder o comentário de Cat, as duas foram atingidas por barulhos altos, de pessoas nervosas e preocupadas. Annabela sentiu como se tivesse recebido um soco na boca do estômago, chegando a dar alguns passos para trás. Respirando com dificuldade, procurou se concentrar no que as vozes diziam. Deixou que a mulher a conduzisse, e quando foram barradas, a jovenzinha explodiu.
- Como assim? Ele é meu amigo e filho dela. Temos total direito de entrar!
Foi se acalmando quando escutou a voz do clérigo, o único que parecia disposto a explicar alguma coisa. Ouvia com atenção e com os dedos trêmulos, que arranhavam as laterais de seu quadril. Quando ele terminou, estava arrasada. Também não tinha sentido nada... Só se...
- Oh, céus! Será que Jaime foi contaminado?! Por favor, senhor, diga que podemos fazer alguma coisa... Deixe-me entrar no quarto, preciso falar com ele! Cat, peça para que me deixem entrar!
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 20 Ago 2012, 08:49

Parte 2


Annabela

-Sim, temos o direito de vê-lo! - Concordou Catheryn, encarando o clérigo. O homem então continuou.

-Poderão entrar assim que fizermos uma barreira de isolamento mágico ao redor dele. Não sabemos de que forma essa energia pode expandir. Vocês têm ideia do que pode ter acontecido? Viram algo incomum acontecer com o rapaz, ou alguma criatura fazendo algo com ele?

Cat parou pensativo por alguns momentos e disse:

-Enquanto estávamos presos na masmorra, o demônio levou Jaime de nossa cela uma porção de vezes antes que ele pudesse sair. Eu não sei se algo foi feito com ele, ele não demonstrou nenhum comportamento diferente. Mas se isso fosse verdade, você teria sentido isso nele, não teria, Annabela?

Um dos enfermeiros foi correndo imediatamente para avisar o Comandante do ocorrido.


Zzrill

-Realmente é impressionante, Zzrill. - Disse Lei, segurando a arma expandida e observando-a.

-Espero que consigamos fazer essas armas serem usadas por outras raças. Seria uma pena não anexarmos esta tecnologia ao nosso exército. Mas tenho certeza de que...

Nesse momento, um soldado aproximou-se dos dois, vindo da enfermaria.

-Senhor, há um problema com uma das pessoas que foram resgatadas esta manhã. Parece grave, o clérigo requer sua atenção imediata.

-Venha comigo, Zzrill, assim podemos aproveitar a oportunidade para que conheça a garota. - Disse Lei, passando a arma de adamantite para ele de volta e indo na direção da enfermaria.


Minami

-Eu vou tentar acompanhá-la, senhora! - Disse Wall, fazendo uma reverência a ela.

Ficaria esperando que ela definisse o método, imaginando que ela iria querer usar as armas de madeira que carregava. Wall tentaria aprender qualquer coisa que ela passasse e, se entrassem em combate, Minami perceberia nele um estilo bem diferente do seu. O estilo de Wall era disciplinado, rígido. Uma esgrima aprendida na dureza dos treinamentos do exército teraniano. Para enfrentar bandidos em Warjillis era mais do que o suficiente. Mas ao enfrentar uma espadachim de estilo livre e veterana como Minami, Wall precisaria de mais experiência e de um estilo mais adaptativo. Ao lutar em um estilo padronizado, ele também se tornava previsível, e é isso que o faria perder facilmente para Minami.

Ao final, veriam alguns soldados indo rapidamente na direção do quartel. Apesar de não estar em serviço, Wall parou um deles e perguntou o motivo da emergência.

-Eu não sei maiores detalhes, mas é uma emergência envolvendo o Comandante. - Respondeu o soldado, continuando seu caminho em seguida.

Wall virou-se para Minami novamente.

-Entenderei se quiser interromper nosso treino para ir até seu marido, senhora Minami. Eu a acompanharei se desejar.
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 24 Ago 2012, 07:56

Annabela

- Nós presenciamos muitas coisas, senhor! - Arabella praticamente gritava agora, desesperada para encontrar Jaime, e tentar descobrir a dimensão do problema.
Já estava ficando enlouquecida, querendo entrar. Sentia uma forte dor de cabeça... Que não estava ali antes. Como... Mas como podia ter deixado algo passar? Seu poder não era algo que conseguia controlar, mas em todos esses anos, nunca deixara nada passar. Os mais estúpidos detalhes sempre conseguiam provocar um intenso desconforto nela. Entretanto, nesse instante, suas maiores preocupações eram com o estado de Jaime e...
Arregalou os olhos, sentindo os lábios trêmulos enquanto Cat falava. Sim! Era para ela ter sentido algo diferente, então...
- Meu Deus... - sussurrou, sem fôlego.
Será que aquele maldito demônio, mesmo morto, não os deixaria em paz?
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 24 Ago 2012, 07:58

Zzrill

*Zzrill viu a movimentação anormal de soldados na enfermaria e então olhou com mais atenção. O vermelho dos olhos dele se intensificaram de uma tal maneira que pareciam ferro em brasa. Mas o que ELE estava vendo era diferente. Desde que ele saiu de Megiddo, ele podia ver as movimentações na Trama da Magia, á cada dia mais claros. E ali a magia estava dançando como se estivesse em um frenesi ritualístico. E não era uma coisa boa. Aquilo era sinal claro de forças demoníacas naquele recinto *

Lei.. *Disse o drow enquanto apertava o passo para a enfermaria. * Estou vendo a presença de energia demoníaca em larga escala aqui. Tem certeza que derrotou mesmo o demônio hoje mais cedo? Sabe bem que destruir o corpo de um demônio não é exatamente matá-lo. Fazendo isso você o bane para o plano de origem e ele demorará um bom tempo para voltar... a não ser que ele tenha uma ‘âncora’ neste plano..

*Ele chegou á enfermaria e passou por todos os médicos que tentavam barrá-lo. * EI vocês! Deixe-me passar! O Comandante Lei Keylosh e o Arqueiro Imperial Zzrilldhrack Darrksin pedem passagem apara analisar a situação!
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 24 Ago 2012, 08:00

Minami

- Vamos apenas lutar um pouco, por enquanto. - respondeu Minami, jogando a arma de madeira para ele.

Preparou-se e então iniciou. Lutaram três vezes seguidas e nas três vezes Wall apanhou em locais diferentes do corpo. Não facilitou para o soldado, já que precisava ver como ele lutava e o que poderia ser mudado.

- Você é tão previsível quanto o Sol, Wall! Sei quando e onde nasce, quando e onde chega ao topo e quando e onde morre. Se foi isso que Lei ensinou aos soldados, sinceramente ele merece mesmo uma surra. Qualquer um mais evoluído que aqueles bandidos de Warjilis derrotaria você. - resmungou, mantendo a arma baixa. O canto dos olhos acompanhou a correria dos soldados. Franziu a testa e acompanhou a abordagem de Wall.

Suspirou, pensando por alguns segundos. Entregou a outra arma a ele, tocando as armas para conferir se estavam mesmo ali. Qualquer coisa, né? Chamou-o e então seguiu os soldados em passos rápidos.
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 24 Ago 2012, 10:45

Parte 3

Todos


-É, eu também acho que o demônio deixou algo por aqui antes do corpo dele desintegrar-se... - Comentou Lei sobre o que Zzrill havia dito. E continuou:

-Mas como? A presença dele teria sido detectada pelas defesas mágicas da Cidade Imperial.

Não haveria qualquer impedimento da passagem de Lei e Zzrill. Todos ali sabiam que eles eram Imperiais e se alguém podia resolver o problema, eram eles. Aproximaram-se de Annabela e Catheryn e Lei falou com elas.

-Fui avisado do problema e voltei imediatamente. Este é Zzrilldhrack, um Cavaleiro Imperial como eu e tenho certeza de que ele fará o que puder para ajudar Jaime. - Lei apontou Zzrill e depois continuou:

-Até porque a condição dele coloca nós e toda a Cidade Imperial em perigo. Não se preocupe, Catheryn, seu filho voltará ao normal a salvo, eu prometo. Annabela, você não sentiu nada durante o período em que Jaime esteve aqui?

Supondo que Annabela respondeu negativamente, Lei permaneceu pensativo por alguns momentos e depois chamou um dos clérigos. Ordenou que fosse feito um perímetro ao redor daquela ala da enfermaria e que usassem magias de contenção ao redor e que não fossem desfeitas até que o problema fosse resolvido. Lei virou-se para Catheryn:

-Senhora, eu terei que pedir para que vá para outra parte da cidade, isto pode ser perigoso. Apenas deixarei Annabela ficar porque precisarei dela para recuperar Jaime.

Catheryn respondeu incisivamente.

-Comandante, com todo o respeito, mas eu já fiquei longe de meu filho por tempo demais. Eu não sairei mais de perto dele, não importa o que você faça.

Lei coçou a cabeça ligeiramente e respondeu por fim:

-Certo... apenas... fique junto de Annabela.

Nesse momento o soldado Wall e Minami chegaram. Lei autorizou a aproximação deles, enquanto Wall fez uma rápida reverência a todos, incluindo Annabela, sem saber que a garota era cega, e depois o rapaz disse:

-Comandante, os soldados nos informaram da emergência. Estou disposto a ajudar no que for necessário.

Lei agradeceu e depois aproximou-se de Minami, abraçando-a demoradamente e falando a ela:

-Que bom que está aqui, ver você era tudo que eu precisava agora. Mas não adianta eu dizer que aqui é muito perigoso para que você fique, adianta? - Sorriu ligeiramente, e depois continuou:

-A vida de um rapaz está em jogo e se não conseguirmos curá-lo, a Cidade Imperial também estará em perigo provavelmente.

Enquanto isso, a energia demoníaca vinda do quarto continuava aumentando exponencialmente.
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Mensagem por Lei Keylosh Sáb 25 Ago 2012, 12:04

Minami

Minami recebeu o abraço, retribuindo com um olhar de estranheza absoluta. Ao final, recuou um passo e olhou as outras pessoas. Então era aquele o problema?


- Ah… Mas qual a dificuldade? Corte o mal pela raiz… Perder apenas um é melhor que perder toda a alcateia. - E ao final desembainhou a wakisashi, a espada um pouco mais curta. - Eu termino, se preferir.


Energias demoníacas… Para Minami tudo sempre foi resolvido matando ou morrendo, nada de "magias". Tudo no sangue! E claro que ali o raciocínio utilizado era mais simples, comum e quase primordial, além de bastante lógico: mata um, salva todos! O sacrifício do lobo…


- E eu não sou de vidro, Lei… Wall sabe que eu sei bem me virar.
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Mensagem por Lei Keylosh Sáb 25 Ago 2012, 12:05

Zzrill

* Zzril e Lei adentraram no recinto e então a energia maligna que o garoto emanava podia ser vista por Zzrill como uma grande espiral de energia negra que dançava sobre o corpo dele. Zzril fez uma mesura rápida para Catheryn e Annabella assim que fora apresentado por Lei, mas ele percebeu logo de primeiro momento que a garota era cega.

Para ela Zzrill apareceria como a imagem de um homem de traços aquilinos que estivesse na chuva, que fazia a imagem dele oscilar, mas era BEM visível ao todo. Principalmente os olhos que fulguravam em um tom azulado na visão dela. Ele olhou nos olhos dela por um tempo breve, mas pode ver linhas de energia convergindo para os olhos dela. Se era realmente cega, detinha algum outro tipo de visão, ele cogitava. Se voltando para o garoto que emanava energia malígna, ele então disse: *

Lei, a situação está mais crítica do que eu imaginava. Pelo que posso ver.. *E o drow estreitou os olhos para focar bem a energia que o envolvia * Aparentemente o demônio está querendo usar o corpo deste garoto como âncora para voltar á este plano. A menos que eu esteja muito enganado, é claro, não vai demorar muito para que o demônio tome forma física e a cidade vire um pandemônio.

*Ele falava enquanto Minami e Wall chegavam. Ele conhecia histórias sobre a mulher do comandante, que era mais durona que qualquer homem do Império, salvo o prório Imperador e poucos outros. Sua face sem expressão não mudara enquando analizava o garoto ou quando vira Minami chegando. *

Sugiro que a barreira de contenção seja elevada para um nível que possa conter um demônio de alta categoria. Sei por experiência própria que esses demônios acordam com um humor terrível.. * Dito isto ele jogou para o alto dois de seus Tubos de Retenção/Liberação de Magias. Eles firaram pairando, acima dos ombros do drow, para uma possível emergência, pois todo cuidado era pouco quando se tratava de demônios.. *
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 27 Ago 2012, 08:51

Annabela

Sentia que sozinha ali não conseguiria nada. Ninguém dava respostas, só faziam mais e mais perguntas que a deixavam ainda mais nervosa. Nem Cat conseguia algo... sendo a própria mãe dele. Queria muito que o Comandante estivesse ali, pois sabia que podia confiar nele, e que a deixaria se aproximar de Jaime... ou ao menos explicar claramente o que estava acontecendo com ele. Foi então, que, como se se tivesse o invocado, ele chegou, acompanhado. Annabela chegou a soltar um suspiro quando escutou sua voz, mas não se acalmou. Longe disso.
- Olá, Comandante - praticamente sussurrou - Ah, sim...
Virou o rosto de leve, mesmo que não pudesse enxergá-lo, mas... Assim como tinha acontecido uma vez com Mizabel, pôde ver a imagem de um homem em sua cabeça, e soube que aquele era Zzrill. Assim que a 'visão' sumiu, ela sentiu uma rápida pontada na cabeça, mas nada demais. Fez um leve aceno com a cabeça, retribuindo a atenção. Tentou sorrir, mas não pareceu possível. Voltou sua atenção para Lei, e moveu a cabeça em gestos negativos, sentindo a culpa a esmagar.
Manteve-se calada, apenas escutando. Procurou a mão de Cat, e quando a achou, apertou com força moderada. Não queria que a mulher se sentisse sozinha e mesmo diante do gesto carinhoso e devoto, achava melhor que ela partisse. Duvidava que fosse fácil salvar a vida de Jaime, e sinceramente, não queria que ela presenciasse. Porém, a solução que a esposa do Comandante arranjou foi um tapa em Annabela, que rapidamente se manisfestou, quase sem fôlego.
- Não podemos fazer isso! Não é justo que ele tenha que ser sacrificado... Se existe alguma maneira de ajudá-lo, então devemos fazer isso - não tinha agressividade em seu tom, apenas nervosismo.
- Cat... - voltou sua atenção para a mulher, enquanto os outros se comunicavam - Por favor, você não pode ficar aqui. Parece injusto de pedir isso, mas como Jaime se sentiria? Vá e se proteja, e prometo que a informarei de tudo. Faça isso por ele... Se mantenha segura.
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Demônios Interiores - Parte 2 (Encerrado) Empty Re: Demônios Interiores - Parte 2 (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Seg 27 Ago 2012, 09:58

Todos

Além da reação de Annabela ao que Minami disse, a pessoa que menos gostou da ideia ali naturalmente reagiria da forma esperada. Catheryn desesperou-se:

-Matar meu filho?? Está maluca?? Não deixe essa mulher fazer nada com meu filho, Comandante!

Lei tratou de acalmar a confusão, olhando para Anna, Cat e Minami alternadamente.

-Ninguém fará nada contra Jaime, acalmem-se! Minami, essa atitude drástica não será necessária. Acredito que podemos expulsar o demônio definitivamente e salvar o rapaz. Catheryn, Annabela está certa. Sei que quer permanecer ao lado de seu filho agora mais do que tudo, mas não adiantará nada se ele voltar ao normal e você estiver morta. Wall, se você puder, leve Catheryn para um local seguro. Você saberá quando acabarmos aqui.

O soldado Wall fez um afirmativo com a cabeça e aproximou-se de Cat. Ela, por sua vez, apertou a mão de Annabela e disse:

-Eu só vou deixar meu filho porque confio em você, Comandante, e em você, Annabela. Sei que ele estará em boas mãos. – E desferiu um olhar insatisfeito para Minami. Era natural ela achar a ideia da oriental repugnante mas, para Minami, era parte de seu instinto pensar assim. Wall finalmente a levou e aquele setor da Cidade Imperial já estava quase todo evacuado. Lei virou-se para Zzrill:

-Eu confio na habilidade de nossos conjuradores, mas... precaução nunca é demais. Fique preparado.

Aproximou-se de Minami e falou sussurrando, tentando não fazer Annabela ouvir o que ele ia dizer:

-Apesar de torcer para que não cheguemos a isso, se a situação piorar... você faça o que deve ser feito. Acho que você é a única que pode fazer. Eu te amo. - E a beijou rapidamente em seguida, segurando o rosto dela com as mãos. E em seguida iria se aproximar de Annabela, segurando a mão dela. Ela precisaria de outro guia, já que Cat não estava mais ali. Faria um sinal para que Minami e Zzrill o seguissem e começaria a andar pelo corredor na direção do quarto de Jaime.

A cada metro, a energia demoníaca aumentava e até mesmo quem não tivesse essa sensibilidade conseguiria sentir a presença nefasta. Lei abriu a porta do quarto lentamente e olhou para Jaime e por um momento agradeceu que Annabela não pudesse ver aquilo. O corpo do rapaz havia se metamorfoseado parcialmente. Chifres cresceram em sua cabeça, seus dedos agora eram garras e seus olhos vermelhos como sangue. Quase todo o quarto estava tomado pelo raio da energia maligna, de forma que os objetos ao redor como mesas, cômodas e até as paredes em si estavam apodrecendo e definhando. Jaime deu uma risada, sua voz parecia a união de muitas, exatamente como era a voz de Mizabel, e disse em seguida:

-Meus algozes. E trouxeram companhia. Acham mesmo que se livrariam de mim tão fácil?

Nesse momento, uma onda de energia sairia do corpo de Jaime e envolveria a todos. Com exceção de Annabela, sentiriam a vista escurecer e uma rápida perda de consciência. Segundos depois, os quatro se veriam em outro lugar. Agora estavam sobre um pedaço de terra, um pequeno rochedo, que pairava no meio do nada, no meio de um grande vazio branco. Embora ainda pudessem se escutar, não havia mais nenhum som ao redor, exceto pela voz de Mizabel, que parecia vir de todos os lados ao mesmo tempo.

-Um demônio tem muitos truques, Lei Keylosh. Você, melhor do que ninguém, deveria saber disso. Deixei parte de minha essência em Jaime antes que ele pudesse sair de meu calabouço. Mas admito que não teria conseguido entrar aqui sem sua ajuda. Mais especificamente, da arma mágica que usou para me atacar anteriormente. A origem dela é demoníaca mas as defesas de sua preciosa cidade ignoram a ressonância dela pois a arma pertence a você. Pedaços de mim ficaram em sua arma quando você me atacou, portanto, foi apenas uma questão de funcionar com o mesmo tipo de energia dela.

Lei olhou para a própria cintura, não encontrando a arma, mas tinha certeza de que ela estava em seu corpo real na forma de uma adaga. Mas nada disso seria mais impressionante do que a condição em que Annabela se encontrava naquele lugar. Ela podia enxergar ali.
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Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 08:12

Annabela

Tinha prendido o fôlego enquanto o Comandante falava. Imaginou que Cat fosse ter uma reação do tipo, e não a culpava. Perdeu o marido, e agora seu filho estava... Conseguia entender a dimensão de sua dor, apesar de ser uma mulher forte. Era daí que Jaime tinha herdado tanta garra. Soltou a respiração no momento em que Lei deu esperanças de que o rapaz poderia sair dessa situação. Mas... Até ela, que não tinha nenhum experiência, sabia que seria muito complicado. Sentiu Cat apertar sua mão, e tentando passar algum conforto, conseguiu sorrir.
- Farei tudo que estiver ao meu alcance para ajudar Jaime. Ele é um bom garoto... Tenho certeza que o Comandante vai encontrar uma solução - a abraçou - Não sairei do lado dele.
Quando Cat saiu, Annabela sentiu uma imensa vontade de chorar, mas se controlou. Mordia o lábio, apreensiva, e por estar nervosa, não escutou o que o Comandante falou com sua esposa. Tomou um susto quando segurou sua mão, sendo seu novo 'guia'. Caminhava em silêncio, procurando se concentrar melhor, ou tinha grandes chances de fazer besteira. À medida que se aproximavam do quarto, sentia que alguma coisa apertava seu coração, causando uma desagradável dor. Todavia, nenhuma se comparou quando entraram no cômodo. Annabela estremeceu, pensando que fosse vomitar ali mesmo. Era quase como se pudesse tocaro maldito demônio que por um tempo fez da sua vida o mais puro inferno. Até a voz dele lhe deixava mal, e Lei poderia perceber o quanto a delicada mão tremia.
Não sabia o que estava acontecendo. Fora tudo muito depressa e em certo momento, soltou a mão do Comandante. Fechou os olhos com força, e quando voltou a abri-los... Annabela levou as mãos até as pálpebras, sentindo uma forte irritação. Piscou algumas vezes, tentando se acostumar com a luz, e quando finalmente conseguiu, ela via. Não conseguia acreditar, porém não eram visões. Estava mesmo enxergando. Estendeu as mãos, olhando-as e algumas lágrimas escaparam, involuntárias.
- Co-comandante? - ela voltou a tremer - Tem alguma coisa muito, mais muito errada aqui.
E então, ela o olhou, e dessa vez, seu olhar tinha foco.
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Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 08:13

Zzrill

*Zzrill apenas meneou a cabeça para o que Minami disse. Ele a olhou com um pouco mais de atenção e viu que as linhas energéticas do corpo dela não eram como a de um humano comum. Parecia mais... animalesca. Guardou esse detalhe para uma outra conversa, pois a energia aumentava ainda mais. Aquele local estava parecendo mais o Abismo que qualquer outro local na superfície, tamanha era a a energia maligna que estava se impregnando no local. *

Lei, vamos logo. A cada segundo que perdemos, o demônio ganha mais um segundo pra se reestabelecer!

*Então Lei abriu a porta e a suspeita dele se confirmara: o maldito demônio estava forçando sua presença neste plano usando o garoto como intermediário. Infelizmente O demônio não deu tempo para que ele reagisse, tendo logo a visão toldada por trevas por alguns segundos. No momento seguinte eles se encontravam em uma rocha no meio do nada. Alí, o drow sentia as vibrações da trama de uma maneira similar ao Templo de Oloth. Os traços do rosto dele se trnaram um pouco mais angulosos e os olhos dele foram tomados por uma chama vermelha que disparava chispas, parecendo uma fornalha em brasa. Depois que o demônio falou, Zzrill bateu palmas lentamente *

Belo esquema, demônio. Um truque magistral, eu diria. Uma Âncora Planar dupla... E além do mais nos jogou em um semi-plano aonde não há nada mais, correto? E provavelmente já tem o item que deseja. Três lebres com um golpe só. Isso só pode ser coisa de demônio de alta estirpe, com certeza. E pela voz reconheço-te, Mizabel! Saia de seu esconderijo, seu maldito! Lembra de mim? Zzrilldhrack Darrksin? Lembra daquela sua tentativa falha de tomar Megiddo e que saiu com o rabo entre as pernas quando Oloth lhe pôs uma centena de driders nas costas? Eu te ajudei a chegar lá e você falhou, demônio!

*Zzril sacou das Seelenschneiders. Os cabos de espada concentraram a energia ao redore então se materializaram duas lâminas negras que ali não eram como rapieiras e sim mais pareciam duas poderosas espadas bastardas que eram tão grandes quanto o braço do drow. *

Apareça! Se Oloth te fez correr, eu posso fazer o mesmo em menos tempo!
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Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 08:13

Minami

- Lei… Sabe que não voltam a ser bons. Lembre-se de Hatsuko…

Minami retrucou apenas isso. Sabia que Lei entenderia bem o suficiente e se lembraria bem de Jason. Guardou outra vez a arma, olhando apenas por breve segundos para a mãe que reclamava, protestava etc. De nada adiantaria se ela, Minami, fosse a Comandante. Mas como é Lei…

Um tanto irritada por não ser devidamente ouvida quando tinha uma boa razão, a oriental seguiu atrás do grupo para dentro do quarto. Tanta energia ruim a fez sentir-se mal o suficiente para ter a ideia de voltar e deixar para os outros, afinal, não era parte de exército algum. Rosnou, ainda que contido.

A escuridão… E segundos depois estava ao lado de Lei em cima de algo no meio do nada. Atreveu-se a olhar para baixo e gelou, sem querer se quer imaginar qual a altura de uma possível queda. Segurou firme o braço do marido e, quem sabe, ele se lembraria do medo de alturas da metamorfa?
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Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 09:22

Todos

Quantas surpresas ao mesmo tempo. Lei firmou o braço de Minami ao redor de seu próprio e permaneceu assim. De fato ele não se lembrava que a fraqueza da esposa era altura. Depois, fitou Zzrill surpreso.

-Você ajudou Mizabel??

E o demônio tratou de responder:

-Ahh, sim, eu me lembro de você, drow insignificante. Eu o manipulei para que me levasse até o coração de Megiddo e, como era de se esperar, você não serviu para mais nada além disso.

Antes de sacar suas espadas, Zzrill perceberia que estava completamente desarmado. A espada de Minami também havia sumido, assim como a arma mágica de Lei. E antes que pudesse concluir algo sobre isso, Lei fitou Annabela depois de ouvir o que ela disse e percebeu que os olhos dela seguiam movimentos específicos. Se Annabela nasceu cega, enxergar seria obviamente um choque muito grande.

-De fato, Annabela. Tem algo muito errado aqui. Tão errado que nem parece real. Nossas armas se foram, não estamos usando exatamente as mesmas roupas que estávamos há um minuto atrás e as defesas da Cidade Imperial impediriam qualquer viagem planar. E Mizabel não teria força suficiente para isso, muito menos para devolver a visão a alguém.

Fez uma pausa, olhando ao redor.

-É uma porcaria de ilusão, Zzrill.

“Porcaria” era uma força de expressão já que, na realidade, era uma ilusão muito poderosa. A risada de Mizabel ecoou novamente.

-Muito perspicaz, Keylosh. Sim, é uma ilusão e estarão presos na mente de Jaime por quanto tempo eu desejar. Tenho certeza de que gostarão de compartilhar este sonho comigo.

Nova risada, extremamente irônica desta vez. O cenário então começou a mudar. O branco infinito ao redor deles foi lentamente transformando-se em uma cidade. Como se fossem fantasmas, as figuras translúcidas de transeuntes formavam-se aos poucos. Estavam agora no meio de uma rua de uma movimentada cidade, provavelmente era em outro reino pois em nada se parecia com alguma cidade do território teraniano. Os quatro eram os fantasmas agora, pois as pessoas passavam através deles sem perceber sua presença. Eram meros espectadores naquele cenário mas podiam sentir tudo. Eles ouviam a cidade e as pessoas, sentiam os cheiros de carnes frescas dos mercadores, viam o brilho do sol em uma tarde ensolarada.

Ver. Era o que Annabela podia fazer agora. Um mundo novo se abria a ela. Talvez ela precisasse de algum tempo para se acostumar, pois dar apenas um passo agora poderia ser um desafio extremo. Minami não precisava se preocupar mais, estavam em solo firme agora, se é que alguma coisa poderia ser chamada de “firme” ali. Mesmo assim, Lei continuava ao lado dela, os braços entrelaçados. Era incrível como tudo parecia tão real.

Enquanto acostumava-se com o novo mundo ao seu redor, Annabela viu um jovem andando naquela rua. Carregava um livro embaixo do braço. Trajava roupas camponesas simples, mas limpas. Devia ter uma boa vida ali. Tinha os cabelos castanho-claros, era magro. Ele parou em um comerciante e conversou com o homem, comprando uma maçã. O rapaz tinha a voz de Jaime.
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 03 Set 2012, 09:10

Minami

Minami manteve-se segura junto ao corpo de Lei, em nada lembrando aquela metamorfa invocada e meio "selvagem". Além disso, havia o fato de não entender nada do que estava acontecendo e não conhecer ninguém ali além de Lei. Repetidamente pensava que não devia ter movido um só milímetro daquele campo de treinamento para ir até Lei. Estava arrependida e confusa.

Maior foi a surpresa quando o cenário mudou novamente, causando ainda mais confusão na mente da mulher. Soltou-se de Lei ao sentir o "chão", preocupando-se em se desviar das pessoas - ou pelo menos tentar, já que algumas simplesmente atravessavam seu corpo e causavam uma sensação extremamente desconfortável para Minami.

Lembrava-se do tempo em que permaneceu morta, sozinha. Não era bom, nunca seria, e provavelmente a abalava o suficiente para deixá-la sem ação, fora de combate.
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 03 Set 2012, 09:10

Zzrill

*Notando que não estava com NENHUMA de suas armas, Zzrill dá de ombros para Lei * Bem... eram os únicos aliados que eu tinha na época, Lei. Me dê um crédito ao menos, por não ter caído na lábia deste demônio trapaceiro. * E ele se volta para o alto, falando com Mizabel * Fale de você mesmo, Mizabel! Fala que me manipulou e que sou insignificante.. e não se lembra que Oloth esfregou o chão do templo dela com o seu traseiro? Lembra disso? Se quer saber EU é que te levei até lá. Era uma armadilha pra você, seu idiota!

* Zzrill gritava e sua expressão era selvagem e tresloucada, não aparentando ser o drow taciturno e fleumático de sempre. E a cada momento os olhos dele disparavam mais chamas. Quando o cenário mudou ele apenas olhou ao redor, e soltou um suspiro. *

Tch. Quem me garante que isso não é ilusão também Mizabel? Ao ponto que eu saiba, no Abismo você é bem conhecido pelos seus truques ilusórios, que beiram a perfeição. Melchsee, meu pai me avisou sobre você. *Ele balançou a cabeça, sorrindo.* Aquele velho demônio... eu devia ter prestado atenção no que ele dizia...
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 03 Set 2012, 09:10

Annabela

Não sabia aonde mantinha o foco. Se era na mulher, obviamente a esposa do Comandante, ou se no drow. Sua cabeça doía, mas ainda assim... Não podia deixar de ficar emocionada, mesmo sendo obra de um demônio. Tinha nascido cega, por isso choque foi tão forte. Controlava as lágrimas. Quando o Lei começou a falar, olhou para ele, com os olhos marejados. Entendia o que ele queria dizer... Aquilo, de certa forma, não era real. Concordou com um rápido aceno.
- Outra armadilha daquele maldito demônio...
Levou uma das mãos sobre o braço marcado. A marca não estava lá, mas foi como se estivesse pois ardia. Lembrou-se do dia em que tinha a recebido... e tremeu. Fora o mesmo dia do pacto... que tinha sido rompido quando Mizabel morrera. Mas então, o que ele estava fazendo ali? Com certeza aquele 'homem' era um encosto na vida da maioria ali.
Quando o demônio voltou a falar, ela engoliu em seco, ficando desesperada. Ele estava brincando com a mente de Jaime, e isso era inaceitável. E concentrada nisso, mal percebeu quando mudaram de cenário. Voltou a olhar para todos, e antes que pudesse perguntar alguma coisa, escutou a voz de Jaime. Arregalou os olhos, se virando imediatamente, vendo um rapaz um pouco mais velho que ela. Não se conteve, dando alguns passos em direção a ele.
- Jaime!!! - ela gritou, esquecendo que tudo podia ser apenas uma armadilha cruel de Mizabel. Afinal, Jaime estava agonizando numa cama.
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 03 Set 2012, 10:14

Todos

Lei surpreendeu-se com o estado de Zzrill. Desde que o conhecera, nem mesmo nas situações de extremo perigo, havia visto-o agitado daquela maneira. A voz de Mizabel não era mais ouvida, agora só havia os sons da cidade que eles viam ao redor. O barbudo continuava segurando a mão de sua esposa o tempo todo e depois disse à Zzrill:

-Zzrill, eu não tenho certeza como Mizabel está fazendo isto, mas o fato é que precisamos sair daqui. Se for uma ilusão, precisamos desativá-la. Se for um sonho, precisamos acordar. Eu não sei o que pode acontecer conosco se continuarmos aqui. Mizabel pode tentar qualquer coisa.

Depois viu Annabela indo na direção de Jaime e gritou a ela:

-NÃO!! Annabela! Não vá, não é real!!

Mas já era tarde demais. Como em um conto de fadas, Jaime mordeu a maçã e a mágica aconteceu. Annabela agora era perceptível àquele mundo, as pessoas na rua desviavam-se dela e a observavam. O restante do grupo, entretanto, parecia permanecer naquele estado espectral. Não demorou muito até Jaime avistá-la. Abriu um sorriso instantâneo, segurando a maçã mordida na mão, o livro embaixo do braço e acenando:

-Bela!!

Aproximou-se, dando um selinho com sabor de maçã nos lábios da moça e segurou a mão dela.

-Que bom que lhe encontrei aqui! Venha, meus pais querem muito conhecê-la! Afinal, faz dois meses que só falo de você, eles estão curiosos!

Segurou a mão dela e saiu andando, descendo a rua onde estavam. Antes que alguém do grupo pudesse ter alguma reação, uma ventania forte bateu contra eles. Tão forte que fez seus corpos se moverem, fazendo cada um dos três irem para uma direção diferente. Um segundo depois, três barreiras de ferro gigantescas desceram do céu e bateram fortemente ao chão em uma posição que separasse completamente os três. Zzrill, Lei e Minami agora não podiam transitar na cidade além daquelas grandes barreiras de ferro que iam até o céu em altura e perdiam-se da vista em comprimento. Eles não se ouviam por mais barulho que fizessem e a barreira era completamente intransponível. As partes da cidade reservadas a eles, entretanto, ainda existiam perfeitamente.





Annabela

Supondo que Annabela seguisse com Jaime, o rapaz viraria na primeira rua à direita e depois à esquerda. Parou na esquina e segurou uma das mãos dela. A maçã que ele segurava estava curiosamente um pedacinho menor, embora ele não tivesse dado nenhuma mordida além da primeira.

-Vou levar esse livro ao meu pai, nós ficamos um pouco lá e depois podemos ir embora. Vou lhe levar até a colina nas cercanias da cidade, Annabela. Eu... preparei uma coisa especial para você.
Sorriu, beijando-a mais uma vez e seguindo seu caminho. Estavam a algumas casas de distância do objetivo dele.





Zzrill

Como se a situação precisasse ficar pior, Zzrill viu-se impotente contra as forças em funcionamento naquele mundo fictício ao ser separado de seus companheiros. Se ele olhasse pra trás, na direção do resto da cidade, veria que no lugar de ruas e pessoas, agora havia a entrada para uma gigantesca gruta. Aquela entrada não existia há segundos atrás e agora fazia parte do cenário da cidade, em uma lógica distorcida característica de sonhos. Uma voz vinha daquela caverna, feminina e sussurrante:

-Zzrilldhrack...





Minami

Minami já estava sem reação, portanto, não foi preciso muito para que o vento e as barreiras a separassem dos demais. Agora realmente se via sozinha naquele mundo estranho, sem perspectiva de sair daquele pesadelo. Se ela olhasse ao seu redor, a cidade ainda estava viva, funcionando e agora ela finalmente fazia parte. Ninguém a ignorava mais, mas também não estranhavam a presença dela, como se ela fosse um habitante comum daquele lugar. De repente, um menininho com cabelos loiros e olhos escuros correu na direção dela.

-Mamãe! Mamãe!

Abraçou a perna dela e depois pediu colo. Em seguida, um lobo de grande porte cruzou a esquina e veio na direção dos dois. Apesar da visão aterrorizadora, Minami não se sentia ameaçada. O lobo então apenas esfregou o focinho no garoto e depois parou, sentado, ao lado de Minami. Uma terceira pessoa surgiu na esquina, em passos apressados.

-Ahh, mãe, você está aí! Procurei a cidade toda! – Era uma garota com seus aparentes 14 anos de idade. Tinha os olhos puxados e o cabelo castanho-claro, assim como os olhos. Usava roupas deveras curtas para sua idade. Continuou:

-A Hatsuko chegou de viagem, ela está enchendo todo mundo com as histórias dela... bem, de qualquer jeito, papai disse para trazer o pirralho e vim te buscar, o almoço está pronto.

-Eu não sou pirralho! – Disse o garotinho, sendo lambido pelo lobo em seguida, o que fez o garoto dar risada.
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 07 Set 2012, 22:38

Minami

Minami não teve nem mesmo tempo para reagir à sequência de acontecimentos, ainda um tanto assustada com a rapidez com que tudo acontecia. Uma rajada de vento e lá estava ela, sozinha, visível e com os instintos mais primitivos um tanto mais aflorados. Um movimento estranho de qualquer um e ela possivelmente atacaria, fugiria, sabe-se lá o que faria!


Olhou ao redor e não conseguiu conter um rosnado baixo de descontentamento. Não via Lei, não sentia seu cheiro, nada. Olhou com estranheza a aproximação do menino mas não o impediu de abraçá-la, sem realmente estranhar a aproximação do lobo. Mas franziu a testa mais uma vez quando uma garota de 14 anos também a chamou de mãe. Estava meio boquiaberta, meio sem reação… Mas pegou a criança no colo ainda assim.


- O nome… de vocês? Eu não me lembro.
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Mensagem por Lei Keylosh Sex 07 Set 2012, 22:38

Zzrill

É bem verdade, Lei. Temos que fazer algo, mas não me dou bem com ilusões!


*Zzrilll disse no exato momento em que Bela tocou a ilusão e gritou com todas as forças. *


SAIA DAÍ! É UMA ILUSÃO, ANNABELLA!


*Tarde demais. Ela tinha sido sugada pela ilusão e agora estava lá junto com o demônio. * Droga! *Ele se virou para Lei * O quê faremos agora? Ela saiu da ilusão, ou o que quer que seja aquele outro lado! *Não passou nem um segundo e uma forte ventania assolou o local. Em uma cena impossível, ele viu o barbudo, pesado e condecorado Comandante das Frotas de Terânia voar como se fosse uma pluma ao vento. Ele mesmo saiu voando, como era bem mais leve ele fazia o máximo para ter uma maior aceleração possível na ventania. E então ele pousou e olhou para traz, para ver outra cena digna de sonhos: A cidade fora dividida , como se uma faca cortasse um pedaço de torta em várias fatias, mas ao invés de faca e torta, Zzrill via duas paredes que se perdiam de vista no céu.


Indagou para si mesmo se Lei, Minami e Annabella estariam bem, onde quer que estivessem. Então algo chamou-lhe a atenção: aonde devia ter o resto da cidade, uma gruta emergia, como se fosse natural dali, ma s Zzrill tinha certeza de que não era bem assim. Ignorando as pessoas ao redor dele - Podiam ser parte da ilusão, vai se saber? - e gritou a plenos pulmões par o alto. *


MIZABEEEEEL! SEU CRETINO DE MARCA MAIOR! O QUE PRETENDE COM ESSE TEATRO? ACHA QUE PODE ME MANIPULAR COMO FAZ COM HUMANOS? SE ESQUECEU QUE SOU MEIO DEMÔNIO? NADA QUE OUSAR TENTAR CONTRA MIM VAI DAR CERTO!


*Ele ouviu a voz sussurrante na caverna. Ele bem conhecia aquela voz: Era a voz de Zeras, a Primeira-Sacerdotisa e agora Avatar da deusa Oloth. E como ele soubera antes, sua mãe. Curioso para ver no quê aquilo daria ele entrou na caverna, só por puro disparate. Gostaria de ver o que Mizabel lhe proporcionaria. *
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Mensagem por Lei Keylosh Seg 10 Set 2012, 08:11

Annabela

Pensou ter escutado alguém a chamando, e quando ia se virar, viu Jaime acenando. E tudo se concentrou nele. Na sua imagem saudável... como se nada tivesse acontecido. Ela abriu um sorriso, ainda não acreditando que podia enxergar... Podia vê-lo! Se aquilo fosse mesmo uma ilusão ou qualquer coisa parecida, o rosto dele seria seu bem mais precioso e nunca esqueceria.
- Jaime!
Como da primeira vez, ela corou com o simples beijo, mas nada falou. Apenas sorria, encantada. Porém... o sorriso aos poucos foi se desfazendo, e ela enfim notou que tinha algo de errado.
- Seus pais? Mas... - engoliu a fala, apenas o olhando.
Quando ele segurou sua mão, a puxando, Annabela olhou para trás, mas não os viu. Arqueou as finas sobrancelhas, preocupada. Onde estava o Comandante e os outros? Não se afastou nem por cinco minutos e... Mordeu o lábio inferior vermelho, nervosa. Não sabendo o que fazer, decidiu seguir Jaime, não querendo perdê-lo de vista. Será que Mizabel tinha o deixado em paz? Pois ele parecia o mesmo de sempre, gentil e muito bem... Parecia feliz, como se nada tivesse acontecido.
- Mas Jaime... Como assim seu pai? - não queria ser indelicada - Ele está morto. Mizabel... Ele o matou. Não lembra?
Dessa vez o beijo não a atingiu... tanto, pois começava a ficar preocupada. Entretanto, sabia que Jaime não lhe causaria nenhum mal, mas então por que ficou tão arrepiada com a última fala dele? O olhou mais uma vez e com um aperto no coração, soltou sua mão. Parou de andar, esperando que ele fizesse o mesmo.
- Jaime? Precisamos procurar o Comandante e seus amigos... agora.
Lei Keylosh
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Demônios Interiores - Parte 2 (Encerrado) Empty Re: Demônios Interiores - Parte 2 (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Seg 10 Set 2012, 09:51

Minami

-Ahh, mãe, foi dar uma volta na cidade e já se esqueceu do nosso nome?? – Deu uma risada, sendo acompanhada pelo garotinho no colo dela e até pelo lobo, que cobriu a própria cabeça com a pata. Apesar disso, a garota não disse os nomes: - Vem, vamos logo antes que o papai comece a reclamar de fome!

Assim que começaram a andar, o garotinho a fitou profundamente, ainda com os bracinhos ao redor do pescoço dela: - Meu nome é Vincent, mamãe. Você não se esqueceu, né?

O que antes era uma cidade genérica e que nem parecia pertencer ao território teraniano lentamente transformava-se em um lugar bem familiar, em uma lógica distorcida de sonhos. Sem que percebessem a transição, estavam agora na Cidade Imperial, muito maior e mais movimentada do que Minami conhecia. Havia muita gente diferente, comerciantes vendendo aparatos que ninguém sequer sabia como funcionavam e um contingente militar bem maior.

A garota cruzou uma rua movimentada e virou à direita, parando na quarta casa à esquerda. Era uma casa grande de paredes brancas que ia até o fim da rua. Havia uma carroça amarrada à entrada da casa.

-O tio Wall está aqui também! – Disse a garota, mais animada ao constatar o fato, adentrando a casa após passar pela extensa varanda. Algumas vozes podiam ser ouvidas vindas da cozinha. Ao entrarem na casa, o pequeno Vincent pediu para descer e saiu correndo, acompanhado pelo lobo e foram na direção de uma grande sala que havia na porta à esquerda. Nesta sala havia dois sofás extensos e muitas peles no chão à frente da lareira. Pendurada em uma das paredes estava a pintura de Lei com Hatsuko no colo segurando o boneco de elfa. Ao lado desta havia outra pintura de Hatsuko, já com feições de mulher adulta, e um rapaz de cabelos castanhos ao lado dela. Na outra parede havia uma pintura de vários soldados teranianos em pose e ao centro do grupo estava Lei com um dos braços sobre os ombros do soldado Wall. Também havia diversas medalhas e condecorações militares penduradas.

Ao adentrar a cozinha, Minami deparou-se com diversas pessoas sentadas ao redor de uma grande mesa de madeira. O cheiro de assado enchia o lugar e havia queijos, pães e salada em cima da mesa. Lei estava sentado na ponta da mesa virado para a porta e foi o primeiro a ver Minami entrar com a garota:

-Minami, Hoshi! Finalmente! Mais um pouco e meu estômago em pessoa iria atrás de vocês!! – Daria uma risada larga, coçando a barriga. Era o mesmo Lei, mas estava bem mais velho. Os cabelos loiros quase inteiramente brancos, bem como a barba. Ostentava uma barriga de hidromel de respeito e trajava uma camisa branca engordurada de assado. Levantou-se da cadeira, indo até o forno de lenha verificar sua criação culinária, enquanto o resto levantou-se.

Ali estava Hatsuko, já uma mulher, vestindo algo que lembrava um quimono mas tinha o formato de um vestido, devia ser uma novidade da moda. E ao lado dela estava William, já um homem, estavam de mãos dadas antes de levantarem. Do outro lado levantaram-se o soldado Wall, os cabelos castanhos na altura dos ombros e uma grande barba, claramente mais velho, e uma moça loira ao lado dele. Hoshi correu na direção de Wall, abraçando-o:

-Tio Wall! Eu treinei, estou muito melhor, vou te derrotar desta vez, prometo!

Wall deu uma risada, bagunçando os cabelos dela. Trajava a farda teraniana, devia ter vindo direto do serviço. Havia símbolos de patentes em sua jaqueta, provavelmente fez uma grande carreira. Disse em seguida:

-Você treinou com seu pai, Hoshi? Então vai perder! Duvido que esse velho consiga ensinar algo a alguém! – E deu risada, com Lei respondendo quase que imediatamente:

-Vai ficar sem meu assado por causa disto, Wall!

Hatsuko abraçou Minami, seguida de William e depois Wall e a mulher dele, que identificou-se como Sarah. Lei soltou um palavrão em draconiano e um cachorro fugiu do meio das pernas dele.

-Losh! Já falei pra ficar longe das carnes! Vou mandar o Volk te pegar! – Volk? Devia ser o nome do lobo.




Zzrill

Por mais que Zzrill gritasse, a voz de Mizabel estava ausente naquele mundo onírico. Os habitantes ao redor que passavam por ali ignoravam os gritos de Zzrill, como se ele não estivesse fazendo nada de anormal. A caverna era a entrada para uma passagem que se estendia por muitos metros abaixo da terra. Ao final do longo túnel a passagem abria-se, dando lugar a um vasto território subterrâneo. Zzrill reconheceria o lugar de imediato. Era Megiddo, mas havia algo de diferente. O drow não sentia a presença de Oloth ali. A cidade estava inteira, funcionando, seus habitantes levando suas vidas normalmente. Uma cidade como todas as outras.

A voz feminina ficava mais alta e clara à medida que Zzrill entrava na cidade. No topo da cidade havia uma construção, mas não era um templo e sim uma mansão. A voz parecia vir daquela direção. Logo na entrada da cidade, um guarda drow reconheceu Zzrill e fez o cumprimento dos seres do Abismo.

-Senhor Zzrilldhrack, é um prazer revê-lo. Foi-nos informado que sua família requisita sua presença. – Disse o guarda, apontando para a grande mansão no topo da cidade subterrânea.

Se Zzrill seguisse por aquele caminho, veria os habitantes ao seu redor agindo com muito respeito. As pessoas o cumprimentavam e ofereciam coisas a ele. Havia guardas no começo da subida para a mansão e na entrada da mesma estava um escudo grande com o brasão da família Darrksin. Logo na entrada, um serviçal aproximou-se, uma drow muito jovem, fazendo uma reverência rápida.

-Bem vindo de volta, meu senhor. Sua mãe requisita sua presença nos aposentos reais. Deseja que eu prepare seu banho quando retornar ao seu quarto?




Annabela

-Mizab... quem?? Meu pai, morto?? Do que está falando, Bela? – Deu uma risada. – Ele está lá em casa com minha mãe, tirou o dia de folga.

E fez nova careta de dúvida com o que ela falou em seguida.

-Comandante? Ohh, Bela... meu pai é quem escreve livros e você quem fica perdida no mundo da imaginação? – Nova risada, segurou a mão dela. – Venha, vamos logo ou vamos perder o almoço!

E continuaria puxando a moça até chegarem a uma casa de dois andares de tamanho médio. Estava bem cuidada, havia um pequeno jardim antes da porta de entrada, era claramente uma casa de família. Jaime foi puxando-a e antes mesmo de passarem pela porta, um cheiro convidativo de assado invadiu as narinas de Annabela. Algo muito bom estava sendo preparado ali.

-Mãe, pai! Annabela está aqui! – Anunciou Jaime e não demorou muito até que duas figuras despontassem no corredor da entrada. Uma delas era Catheryn, enxugando as mãos no avental que trajava e arrumando rapidamente o cabelo. E a outra era Jon, fechando um pesado livro em mãos e tirando os óculos de leitura. Cat foi a primeira a se aproximar, estendendo as mãos para cumprimentar a moça e dizendo:

-É um prazer recebe-la aqui, minha querida! Jaime fala tanto de você e posso ver que é tudo verdade, você é tão linda!

Jon aproximou-se, fazendo um cumprimento em seguida.

-Seja bem vinda, minha jovem. É bom conhecer a moça que enfeitiçou meu filho. – Deu uma risada, acompanhado pelos outros. Jaime então entregou o livro que carregava ao pai e disse:

-Por falar em feitiço, veja, pai, trouxe um livro bom pra você! O bibliotecário disse que fala sobre misticismo e coisas ocultas, disse que é uma leitura interessante!
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