Lei leva Diana para casa (Encerrado)

[Categoria: Esporádico]

[Resumo: Lei leva a filha bastarda do Imperador Renon, Diana, para sua casa na Cidade Imperial. Lá, se encontram com Minami, esposa de Lei, que tem dificuldades em aceitar a menina.]




Lei
* Lei sabia que Minami teria que ver Diana mais cedo ou mais tarde. Lei achou melhor manter Diana em um cômodo do quartel até que a menina se acostumasse com a cidade, mas não demorou muito até que a levasse para sua casa. Encontraria Minami lá inevitavelmente. Ele disse para Diana.* - Diana, vc vai conhecer minha casa agora e também minha esposa. É lá que eu quero que fique, está bem?

Minami
*Minami estava do jeito que gostava: à toa, deitada naquele monte de peles, sem preocupação alguma agora que estava tudo em paz em Terânia. Hatsuko seguia seu treinamento na cidade flutuante, Lei seguia sendo comandante e com sua fama de ter sido derrotada pela própria esposa.*

Diana
*A primeira coisa que a pequena valquiria fez quando acordou, e não abriu os olhos, foi procurar algo que pudesse ser utilizado como venda. Ela vendou os olhos, e parecia desesperada até fazer aquilo, quando se acalmou novamente. Pouco falava e matinha uma expressão serena. Sua voz era identica a de sua mãe, Rhea, alias, toda sua aparência era assim. Enquanto caminhava ao lado dele, ela concordou, com um sinal com a cabeça.* Mas... vou incomodar vocês...

Lei
* Lei teria ajudado a pequena com este problema, mandando até mesmo confeccionarem uma venda que ficasse confortável a ela. Não entendia o porquê daquilo, mas achava melhor não perguntar nada por enquanto. Estava deixando Diana totalmente livre para se acostumar com seus novos arredores. Lei respondeu a ela, segurando sua mão enquanto caminhavam.* - Não, não será nenhum incômodo, Diana! Você vai gostar de lá. Ainda temos os brinquedos antigos de Hatsuko, tenho certeza que vc vai adorar. * Lei realmente não sabia qual seria a reação de Minami. A lupina havia mudado muito nos últimos anos. Será que seus instintos ainda predominariam? Chegaram finalmente não saindo muito do caminho. Lei ainda não havia deixado Diana andar livremente pela cidade, primeiro pelo problema da venda e segundo porque estava evitando boatos até o momento. Ele abriu a porta lentamente, dando uma olhada no lado de dentro.*

Minami
*Havia mudado muito... Mas não era tola ou tolerante com alguns fatos ou suposições. O cheiro diferente que entrou pela porta, acompanhado pelo habitual de Lei, fez a mulher se erguer. Ajeitou a roupa e o olhar foi de Lei para a garota de olhos vendados. Não estava satisfeita, apesar de um pouco confusa.* Quem... é essa garota, Lei? Filha de algum soldado? Filha...... sua?

Diana
*Embora com a venda de couro, feita especialmente para ela, a menina não parecia debilitada de visão. Pelo contrário: Por várias vezes ela reagia a coisas que ainda nem mesmo aconteciam, antecipando chegada de pessoas, e até escondendo-se antes delas chegarem. A venda devia ter outra finalidade, e ela não a retirada em momento algum. Todas as vezes em que passeava pelo forte ela sempre terminava no mesmo local: o salão de armas. E por várias vezes Lei a encontrou manejando armas diversas, algumas maiores do que ela mesma, como que aprendendo a maneja-las. E ela aprendia o básico depressa... e parecia se divertir enquanto lutava com a própria sombra. Talvez o sangue da mãe estivesse falando mais alto já com a tenra idade. Caminhava de mãos dadas a ele, movia a cabeça para os lados a todo o momento, mesmo vendada, parecia observar tudo. Parou a frente da porta, e virou o rosto na direção de Lei.* Hatsuko brincava com... armas...? *Perguntou, meio tímida, quando notou mais uma presença e aquelas perguntas para ele... nada falou, apenas ficou parada aguardando mais instruções dele.*

Lei
*Lei respondeu à pergunta dela.* - Hã... não. Na sua idade não. Mas ela brinca hoje em dia. *E depois fitou Minami, terminando de entrar e fechando a porta atrás de si, sempre segurando a mão da menina.* - Olá, lobinha! Hã, não, esta não é minha filha. Na verdade não é de ninguém na cidade. Hã... eu vou explicar, lobinha. Podemos... nos sentar? *Lei caminhou até uma das poltronas ao redor das peles que ficavam no chão da sala. Ele se sentou e colocou Diana em seu colo. A menina já estava espalhando seu cheiro por todo lugar. O barbudo continuou então.* - Ela se chama Diana. Diana, esta é Minami, minha mulher. Minami, ela não tem ninguém e precisa de um lugar para ficar. Eu pensei se... *Lei não terminou a frase, mas o pedido era óbvio.*

Minami
*Minami aproximou-se do marido e da pirralha, contornando-os e aproveitando para sentir melhor aquele novo cheiro. Voltou a sentar-se onde estava e Lei bem sabia que ela não estava absolutamente nada satisfeita com o pedido e com a presença da estranha. Ficou calada por alguns segundos.* - Não vou cuidar de criança que não veio de mim. Pode ser filha sua, minha não é. *Rosnou meio baixo, olhando a menina quase incômodo mesmo para Lei.* Diana. Sabe que há um orfanato aqui, por que ela não fica lá? Ou vai querer trazer todas para casa agora?

Diana
*Não falou nada, apenas ouvia, virando o rosto para a direção dos sons. Podia escutar o "farejar" dos dois, e ficou intrigada, chegou a "farejar" a si mesma, curiosa.* Fui ensinada a sobreviver na floresta, no subterrâneo e até na neve, sr. Lei. Minha mãe me levou para caçadas... não quero incomodar... *Pareceu olhar para o alto por instantes.* Sua mulher... *Abaixou a cbaeça por alguns instantes, logo depois ergueu o rosto e falou com mais confiança.* A Sra Minami não parece ter tempo para se preocupar comigo... *Era simpática ao falar. Embora jovem, parecia muito mais madura do que sua aparência mostrava. Talvez sinal da essência valquiria nas veias dela.*

Lei
- Hã, ela... é assim mesmo, Diana. Não se preocupe. Você não vai precisar ficar em orfanato nenhum. *Respondeu Lei meio sem jeito e depois fitou Minami novamente, dizendo.* - Ouça, Minami... Esta não é qualquer menina. Ela é... a filha de Rhea com Renon. Katherine Raven veio até mim uma noite e disse que Renon está vivo. Ele não pode retornar de onde está, mas enviou Raven para pedir para que eu ficasse com Diana.

Minami
*Permaneceu em silêncio por mais algum tempo, sentada logo de frente para os dois. Até um encontro à noite com outra mulher? Chegou a questionar onde estava quando isso aconteceu. Passou a mão pelo rosto, pelos cabelos, praticamente bufou.* Se o pai está vivo....... Esquece. Se ela vai ficar aqui, cuide você dela. O quarto de Hatsuko está vago. *Pelo tom de voz, estava um bocado "puta" com aquela ideia. Cruzou os braços e recostou-se no sofá.*

Diana
Sr Lei.... eu... *Ficou tímida novamente ao falar.* Não é melhor... ficar no quartel? Tenho certeza daria menos trabalho... *Murmurou baixinho* ...e eu poderia treinar... sem criar problemas para o Sr... a Sra Minami não parece estar a vontade, e o sr. pode ficar com problemas, como quando meu pai e minha mãe discutiam...

Lei
- Eu posso imaginar como eram as discussões de seus pais, Diana... Querida, espere aqui um instante, sim? *Lei se levantou, colocando-a sentada na poltrona e se aproximou de Minami.* - Minami, eu sei que é estranho pra vc e eu entendo perfeitamente. Mas Raven me contou outro recado de Renon. Ele quer que eu seja o novo Imperador. Essa é uma grande responsabilidade, Minami. Eu não posso simplesmente abandonar esta garota. Ela faz parte de tudo o que Renon construiu. Por favor, peço que faça este sacrifício por mim. Eu cuidarei dela, não se preocupe, apenas preciso de seu consentimento.

Minami
- Eu já disse que o quarto de Hatsuko está vago, Lei. * Esperava não precisar repetir aquele consentimento implícito e irritado. Ouvir que ele seria o novo imperador também não foi a melhor notícia do dia. Não queria mais se envolver com nada disso, queria só uma vida normal. Normal, só isso. O olhar para a garota ainda não era nada doce ou amigável. Era de... tolerância, no máximo.*
Diana
*Não falava mais nada, apenas sentia o ambiente... até que começou a "farejar" como os dois e então notou o que a identificava... E lutou para esconder o fato que o odor de Minami era EXTREMAMENTE desagradavel a o olfato dela. Segurou um sorriso ao achar aqui engraçado, mas ficou com os pensamentos apenas para ela.* Sr. Lei... eu posso ficar, durante o dia, com o sr. no quartel...?

Lei
- Certo. Obrigado, lobinha. Não iremos desapontá-la. * Deu um selinho em Minami e logo voltou para perto de Diana, respondendo à ela.* - Claro, querida. Não quero que saia de perto de mim. *Disse ele, lembrando de quantas vezes teve que correr para tirar as armas perigosas das mãos dela. Mas sabia que era inevitável, estava em seu sangue. Ele disse então.* - Ouçam, eu tenho um ideia. Por que não vamos todos ao campo de treinamento amanhã de manhã? Assim a pequena Diana pode ver os soldados em ação, que é algo que ela gosta, e podemos ficar um pouco juntos e nos conhecer melhor. O que acha, Minami?

Minami
*O ciúme que sentia era ainda mais irritante. Lei todo cheio de dedos com Diana... Filha de Renon e de uma tal Rhea. Estava se esforçando para manter o mínimo de calma e tolerância com aquela situação.* Pode ser.

Diana
*Deu um pequeno pulo, abrindo as pequenas e belas asas feliz com a idéia.* Sim! *Ficou de pé sobre o sofá nesse momento... e quando notou, desceu devagar, ruborizada.* Eu... eu quero ir sim! Minha mãe sempre me disse para treinar e treinar e treinar... e quando ficar cansada, treinar mais até estar descansada... mas ela é... radical demais... *Abaixou a cabeça lembrando que não a veria mais.*

Lei
*Quando Lei se virou, viu a menina pairando no ar. Chegou a dar um passo para trás de susto e logo ficou pensativo.* - Fascinante... é claro... Rhea tinha asas... *Ficou feliz que a proposta foi aceita, de uma forma ou outra.* - Ótimo! Iremos então. Diana dormirá aqui esta noite, está bem, Minami? Iremos juntos assim que acordarmos. Venha, Diana, lhe mostrarei o quarto.

Minami
*Franziu a testa ao vê-la abrir as tais asas. Aquilo conseguir ser ainda mais bizarro... Mas se quer esboçou reação ao vê-la de pé no sofá. Minami cruzou os braços e olhou Lei, séria ainda.* Um GAROTO deveria treinar, treinar e treinar. Mas para quê um se agora adotou um que usa saia e tem asas, ahn, Lei? Esta e todas outras noites. Dormirei lá fora.

Diana
Um guerreiro não é definido por ser homem ou mulher, e sim pelo que pode fazer em combate. *Falou baixinho, quase para para si mesma.* Mamãe me ensinou isso! *Sorriu.* E tia Celes ensinou que a raiva e o ódio só trazem dor, sofrimento e derrota... *Correu para perto de Lei, dando-lhe a mão para ir conhecer os aposentos.* Você deixa eu trazer pelo menos uma espada...?

Lei
*Ia dizer para Minami para que ela não dormisse no lado de fora, mas era melhor deixar acontecer. Segurou a mão de Diana e respondeu.* - Claro, claro. Mas só a de brinquedo, está bem? * Colocaria Diana para dormir e ficaria um pouco ali conversando com ela, e diria.* - A Minami não tem nada contra vc, Diana. É que ela ainda não a conhece direito. Vc fica assim quando fica perto de um estranho, não fica? Mas depois acostuma.

Minami
Não se meta no que não entende, garota. *Resmungou de volta, já que Diana havia conseguido irritá-la um pouco mais que já estava. Outra vez bufou ao ver os dois tão "grudadinhos" e "amiguinhos". Nem mesmo Lei havia sido capaz de entender a "mensagem". Não demorariam a ouvir a porta da frente abrindo-se e pouco depois fechando-se outra vez.*

Diana
*Sorriu enquanto tirava a venda para dormir e abria os grandes olhos verdes, iguais aos do pai. Ficou ofuscada, mesmo estando pouco iluminado.* Eu não fico chateada. Tia Celes me ensinou que devemos combater o ódio e a raiva com compreensão, amor e amizade, nunca com mais ódio. Então eu vou ser a pessoa que vai eliminar esse ódio de toooooodaaaas as outras pessoas... *Abriu o braço, para mostrar que tinha uma pequena noção de que aquilo seria muito dificil.* Mamãe me mostrou como lutar, papai me ensinou como ser justa, tia Celes me mostrou como não ser afetada por raiva nem odio, e tia Kath... essa me ensinou que eu consigo apanhar bastante no treino... *Mostrou a lingua, como que lembrando das dores.* hahahaa

Lei
*Imaginava que Celes era um apelido para Celestia, que Raven anunciara como morta. Era melhor deixar mais perguntas para depois. Haviam treinado uma garotinha? Renon era louco ou ela era especial? Saberia no dia seguinte. Lei a beijou na testa e disse.* - E eu vou ajudá-la a eliminar este ódio, Diana. Irá estranhar um pouco a cama, mas ela é bem melhor do que aquela do quartel. Durma bem e até amanhã.