Roubando Deuses: Uma partida com Zzrilldhrack Darrksin (Encerrado)

PRÓLOGO:

Relato de Lei Keylosh:

Era uma manhã quando recebi um papel em minha mesa. Tinha a letra mais feia que eu havia visto na minha vida. Era uma carta de Zzrilldhrack Darrksin, ou apenas Zzrill para facilitar, o drow que um belo dia surgiu das minas de Uris.

Que ser interessante este Zzrill. Contrariou tudo o que eu sabia sobre drows. Ele veio para Terânia com Joshua e não saiu desde então. Sua personalidade indiferente apenas aumentou o mistério sobre ele e suas origens. Ele veio de uma cidade subterrânea chamada Meggido, não tem família e seus amigos foram mortos pelos perigosos driders. Ele foi o único sobrevivente e conseguiu isto graças a um arco mágico que roubou de um templo da deusa Oloth.


Muitos chamariam isso de sacrilégio, heresia. Eu chamo de sobrevivência. O drow teve que usar o que estava ao seu alcance para ficar vivo e a verdade é que isto foi formidável.

Tão formidável que chamou a atenção do Imperador imediatamente. Foi dado um abrigo a ele em Terânia. Lá ele fez seu novo lar e começou a treinar com as tropas. Logo se viu que não havia ninguém que se igualasse a ele em suas habilidades com o arco, ainda mais com aquele arco, que era uma obra-prima. Não demorou muito até que ele fosse chamado para sua primeira missão e depois dela ele participaria de várias outras.

Depois que Malak abandonou seu posto, ficamos sem um Arqueiro Imperial. Foi algo natural indicá-lo ao cargo, ele era o mais preparado para isto. Zzrill agora treina os outros arqueiros de nosso exército e participa das reuniões sempre que uma estratégia de ataque ou defesa precisa ser montada, em situações reais ou simulações.

Ao mesmo tempo, Zrrill adaptou-se rapidamente à vida na cidade. Ele começou a abrir-se, a conhecer os outros soldados e civis e estes passaram a respeitá-lo. Ele não era mais "aquele elfo com a pele preta", como as crianças diziam, e sim o melhor arqueiro que aquela cidade já viu.

Era apenas natural, portanto, que eu desse toda atenção à carta dele. Ele fazia um pedido simples. Queria voltar até o templo de Oloth em Meggido e verificar se havia mais algum artefato, ou se havia restado mais alguma coisa na cidade depois de sua devastação.

Eu daria todo o suporte a ele neste pedido. A carta foi endereçada ao Imperador mas eu, como líder das tropas terrestres de Terânia, tinha autonomia para ajudá-lo em sua busca. Eu precisava saber antes, entretanto, os detalhes desta busca e foi por isso que, naquela mesma manhã, fui ao campo de treinamento em busca de Zzrill para conversar com ele. Se ele não estivesse lá, então eu o procuraria pela cidade.



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EPÍLOGO (Jogo Terminado)

Relato de Lei Keylosh:

E foi assim que terminou minha incursão em Megiddo: Tão rápida quanto começou. Proxy voltou para sua cruzada e eu e Zzrill nos retiramos do campo de batalha.

Fomos imprudentes? Talvez. As coisas poderiam ter acabado bem piores se não fosse por Proxy. Por outro lado, conhecemos a situação da cidade subterrânea e agora sabemos exatamente o que enfrentaremos. Se eu tivesse enviado meus homens, com certeza teríamos baixas.

Eu aprendi muitas coisas neste dia, mas nenhuma foi tão chocante quanto o que o drow aprendeu. Talvez Zzrill precise de um tempo para absorver o que ele descobriu lá embaixo e eu estarei ao seu lado caso ele não queira passar por isso sozinho.

A reocupação de Megiddo tem todo um novo significado agora: Ao mesmo tempo é uma necessidade para o bem de todos na superfície e é uma questão de honra para Zzrill. É o destino dele recuperar aquela cidade, é o destino dele derrotar Oloth e eu o ajudarei a cumprir esse destino.

Estamos estudando as armas recuperadas, elas serão muito úteis nos próximos embates contra Oloth, e eu reportarei a situação ao Imperador. As ações de Zzrill com certeza são notadas, ele ganha mais prestígio a cada dia entre os soldados e os habitantes em geral. Se ele continuar com este desempenho, não vejo motivos para não indicá-lo a um cargo mais alto dentro do exército teraniano.

Mas uma coisa ainda queima em minha mente... que diabo de maneira de falar foi aquela de Proxy??

*Zzrill estava, como todas as manhãs, treinando com o seu arco espiritual. Meses e mais meses de treinamento o tornara tão proeficiente com aquela exótica arma que ele podia disparar duas flechas ao invés de uma e suas flechas eram tão potentes quanto flechas com ponta de adamantite. E é claro, ele era o terror dos carpinteiros que faziamos alvos para o treinamento dos soldados teranianos. Mas, essa manhã ele parecia um tanto mais determinado que o habitual. No dia anterior se esforçara para escrever uma carta ao Imperador Renon, pedindo autorização para que ele pudesse retornar à sua antiga cidade e reaver alguns preciosos tesouros que ele lá deixara. Enfatizou na carta que, se encontrasse armas semelhantes ao arco que ele tinha as entregaria diretamente ao imperado para pesquisa de suas propriedades e até mesmo posterior fabricaçãode armas similares. Isso daria à Terânia uma grande vantagem na luta contra o Abismo. Enquanto esperava, ele tentava progredir com o seu treinamento. Agora tentava produzir três flechas simultaneamente no arco. Era um espetáculo de se ver a energia se condensando e produzindo uma, duas, três flechas. Infelismente a terceira saiu instável e a instabilidade se propagou para as outras tão rápido que ele não pôde conter uma pequena explosão de energia similar ás que acontecem com magos novatos ao tentar novos feitiços. Os soldados riram e até ele riu do próprio erro. Tentaria denovo e denovo até aperfeiçoar-se. *

*Lei o achou então onde pensou que estaria. Aproximou-se do grupo de soldados ao redor dele e trocou continências com todos. Zzrill logo perceberia que alguém havia chegado atrás de si. Antes que ele pudesse virar-se, Lei disse.*

Belo progresso, Zzrill. Um dia você estará soltando uma rajada de flechas com apenas um movimento. E deixará centenas de arqueiros desempregados. *Deu uma curta risada, aproximando-se para cumprimentar o drow. Ele não faria continência e nem exigiria que Zzrill o fizesse. Eram Cavaleiros Imperiais e agiriam com igualdade, como companheiros de batalha.

Após terem cumprimentado-se, Lei não tardaria em tocar no assunto.* Zzrill, a carta que você enviou ao Imperador passou por mim antes e é sobre isso que quero conversar. *Fez uma pausa, olhando ao redor. Não seria prudente realizar aquela conversa ali no meio dos soldados. Esperaria Zzrill encerrar seu treino para que fossem a algum lugar com mais privacidade.*

*Ele ia formar mais um carrilhão de flechas quando uma voz conhecida o interrompeu, elogiando o progresso com o arco. Ele sorriu ao ver o Major Lei ao seu lado. *
- Major, há tempos que eu não o via.
*Ele cumprimentou o Major com uma saudação formal. *
- É um assunto bastante delicado, eu admito. Mas é importante, pelo que eu ouvi falar.
*Ele olhou para o arco e este perdeu o brilho feérico e se reduziu até se transformar em um pequeno crucifixo de adamantite negro que ele prendeu no braço com uma corrente do mesmo material que se colava a pele do drow, par não se perder nem ser tomado. Ele olhou ao redor dele e disse: *
- Eu posso ver que este não é um assunto a ser tratado aqui, Major. Vamos para um local mais calmo. O Imperador já está a par dos fatos, Lei?
* Claramente, dava para ver que o drow estava contente com aquela visita do Major. Não feliz por voltar a sua cidade natal, e sim para dar o primeiro passo para a derrota completa de Oloth. *

*Lei se afastaria então, fazendo um sinal para que Zzrill o seguisse. Iria até o prédio central militar onde havia um pequeno jardim, uma área verde onde os recrutas pudessem descansar. Como as tropas estavam em atividade, não havia ninguém ali no momento. Lei parou de andar, fitando Zzrill.*

O Imperador ainda não viu sua carta, Zzrill, mas eu enviarei a ele. Renon anda muito ocupado resolvendo assuntos sérios que podem ditar o futuro de Terânia e do Império como um todo. Eu posso enviar a carta a ele e podemos esperar uma resposta, que pode demorar. Ou eu posso te ajudar imediatamente. *Fez uma pausa, pensativo, e depois continuou.* Entenda, entretanto, que eu preciso saber o que há lá embaixo antes de colocar a vida dos soldados em perigo. Nós mesmos poderíamos descer até lá e verificar a área primeiro e então, baseado no que encontrarmos, podemos montar um grupo de assalto. O que acha? *Fitou Zzrill.*

*Acompanhando Lei, ele chegou ao local onde ele sempre tirava sua soneca da tarde. Ele bem conhecia a situação do Império. Sabia que não tinha muito tempo que uma cidade dos Planaltos Ocidentais estava em um impasse diplomático, e não era só isso. Pequenos conflitos pipocavam deste Atlan até Stormhigh. E o Imperador estava á todo vapor tentando resolver tudo em seu Império, e tinha coisas demais em sua mente para se preocupar com uma expedição ao subterrâneo. *

-Lei, se pedirmos agora ao Imperador, ele vai demorar demais. E não temos tempo. A cada segundo que passa Oloth estende sua influência para cima e para baixo. Se fizermos um ataque agora, enquanto nossas forças ainda estão em´pé de igualdade com as de Oloth, teremos chance. Creio que não falta muito tempo para que Oloth tome conhecimedo de Apokalipse, aquele ser que vimos em Stormhigh. Se juntarem forças, estaremos com sérios problemas.

*Ele parou um pouco para se esconder do sol que ardia em sua pele. Mesmo usando aquela capa que os magos de Terânia lhe deram, o sol ainda o incomodava. *

- O que encontraremos lá? Serei sincero, Lei. Encontraremos Driders, Demônios de vairiados tipos e poderes, servos de Oloth, Sacerdotisas de Oloth, Mercenários Duergars, e a própria Oloth. Mas com quem devemos tomar real precaução são as sacerdotisas, pois elas são estupidamente belas para qualquer macho que as veja, mas elas usam essa beleza como arma para atrair e matar. Exatamente como as aranhas viuvas-negras. E não é a toa que Oloth é conhecida como Deusa das Aranhas. Além do mais, só eu e você seria um gripo de expedição bom, mas poderíamos incluir mais duas pessoas? Acho que Sir Joshua gostaria de voltar ao subterrâneo e explodir alguns driders, afinal de contas Uris fica bem acima de Megiddo. Também tinha um outro, que quando eu contei sobre Megiddo e o Templo de Oloth e sua escrita estranha para mim, ele se mostrou com vontade de ir. Sinceramente, ele me parecia com o sol do deserto e não fiquei muito perto dele para lhe perguntar o nome. Mas acho que você o conhece, não Lei? *Ele fitou o Major com um sorriso no rosto. *

*Lei coçou ligeiramente a barba antes de responder.* Hmm... Joshua anda atarefado em seu zigurate no centro de Uris. Ele não pisa aqui na Cidade Imperial há meses. E o que você mencionou chama-se Jarhal. Eu também não o vi mais por aqui. *Encerrou, colocando as mãos para trás e permanecendo no sol, pensativo. Continuaria em seguida.* Mesmo assim, Zzrill, eu preciso analisar as opções, verificar que tipo de ataque seria eficaz, quantos homens eu precisaria.

Pelo seu relato, força militar não adiantará muita coisa. Talvez contra os driders e demônios, mas contra as sacerdotisas, teremos que usar a inteligência. Será território desconhecido para nós, seremos facilmente derrotados se nossa estratégia não for eficaz. *Andou mais um pouco, continuava pensando.* Dois homens chamam bem menos atenção do que 100 ou 200. Talvez possamos fazer um levantamento das ameaças e retornar sem sermos vistos.

* Ele observava Lei andar de um lado para outro * Lei, realmente, é uma pena que tanto Sir Joshua quanto Jarhal não estejam disponíveis. Um pequeno, mas poderoso grupo podiam furar as defesas da Cidadela. Mas, pelo que eu me lembro eles estava remanejando a maior parte da guarda da cidade para os túneis que os trabalhadores teranianos estavam, para impedir o acesso. Com sorte nós podemos passar despercebidos. Porém para chegarmos lá, deveremos pegar um dos túneis que os trabalhadores de Sir Joshua fizeram até a encosta de Megiddo.

O local é cheio de adamantite, tanto o claro quanto o negro e eu sei que esse metal vale uma verdadeira fortuna aqui e lá. Logo, podemos nos disfarçar de mineiros, para que possamos ir até o fundo, nas encostas de Megiddo. a partir daí, porém devemos tomar cuidado para não chamar atenção, pois nas periferias da cidade sempre tem uma patrulha composta de pelo menos 10 drows e 2 driders médios ou um grande. Mas eles não possuem o mesmo arco ou armas espirituais, pois só a guarda das sacerdotisas os possuem. e mesmo esses arcos não são tão poderosos quanto o meu, pois este estava no altar onde se sacrificava drows rebeldes.

*Ele estica a mão direita e o crucifixo brilha, transformando-se instantaneamente no arco, que fulgurava com um fogo azulado, que nada mais era a energia espiritual dele*

- Veja Lei. Este arco não é um arco qualquer. Imagine uma centena de espíritos de Renegados, como eu, comprimidos em apenas uma arma. Não sou só eu que estou movendo essa vingança. Todos aqueles que foram sacrificados para que a Deusa Oloth se mantesse neste plano estão comigo. E todos eles estão de acordo com uma coisa: Oloth deve e irá cair. Se Jarhal e Sir Joshua não podem ir conosco, iremos nós, á princípio apenas para sondar a área e eventualmente resgatar alguma arma espiritual que deixei oculta. * Ele então recolheu o arco, que voltou a ser apenas um crucifixo, que se enrolou automáticamente na mão dele. a arma parecia ter a mensma vontade dele : Destruir a Deusa. *

Entendo. *Disse Lei, fitando-o.* Oloth é uma ameaça para todos nós. Ela sairá do subterrâneo e então todos da superfície também estarão em perigo. Eu não via desta forma. *Cruzou os braços, pensativo, continuando depois.* Eu levarei 50 homens e os deixarei nos túneis que os trabalhadores de Uris fizeram. Eles ficarão de prontidão lá e eu avisarei o capitão de que se não voltarmos em 24 horas, ele deve trazer mais 50 homens e este contingente deve atacar com toda força. Eu passarei a eles as informações que me deu e eles irão se preparar de acordo. Espero que nosso disfarce funcione bem. *Disse, por fim, esperando para ver se Zzrill aprovava o plano.*

Me parece ser uma idéia excelente, Lei. *Disse o drow, se movendo mais para a sombra da árvore. * Recomendo que, pelo menos metade do contingente de soldados sejam de Uris, para evitar que a cidade se sinta amedrontada. Afinal de contas, o povo verá um batalhão de 100 homens cruzando o deserto e ficará apreensivo, mas não fará questão se 50 homens disfarçados de beduínos fizerm o mesmo. E além disso, os soldados de Uris podem ser nossos guias pelos túneis, o que já é uma vantagem.
Além disso, precisamos arranjar os disfarces e uma cavalaria veloz para Uris. Eu, porém, sou obrigado à viajar de noite, por não aturar o sol do deserto.
*O drow colocou o capuz sobre a cabeça e as feições dele sumiram nas trevas que o manto emitia, deixando apenas os olhos cor de rubi na fornalha brilhando. Ele, no entanto nunca esteve tão alegre e determinado, embora sua face oculta pelas trevas e fleumática não demonstrassem isso. * Então você pode me encontrar ao crepúsculo na porta da cidade? Não leve um cavalo, pois eu achei uma montaria perfeita para viagens noturnas! *O drow riu. Ele achava que era apenas uma lenda contada em taverna, mas tal tipo de animal realmente existia, e era perfeito para ele! *

*Lei coçou a barba, fitando-o com desconfiança. Que montaria seria essa?* Certo... farei os preparativos com Joshua e com meus soldados e nos encontramos ao crepúsculo... *Faria um cumprimento à Zzrill e logo deixaria o jardim.

Conforme combinado, estavam lá próximos dos portões da cidade 50 soldados de Uris, sob permissão de Joshua, com roupas próprias do povo do deserto. Misturados a eles também havia 50 soldados teranianos, igualmente disfarçados. Lei juntou-se a eles em seguida, trajando uma roupa de minerador. Aquilo era extremamente desconfortável e Lei ficava ajeitando o macacão apertado a todo instante. Estava apertado principalmente na região da barriga, e isso deixava o barbudo muito incomodado.

Ele trazia uma roupa de minerador para Zzrill também. Mas sua preocupação era mesmo com a "montaria" que ele havia prometido.*

*Então quando a noite caiu ele se dirigiu aos portões da cidade, vestindo apenas uma túnica diáfana e branca. Ele estava montado em um cavalo e puxava lenta e solenemente um outro cavalo. E não eram cavalos quaisquer. Eram negros como a noite, possuiam uma crina tão branca quanto a neve, dois chifres reluzentes e o detalhe mais importante: os olhos. Eram de um verde cristalino e belo, com as pupilas verticais como as de um gato. Ele avistou Lei e se dirigiu ao Major, no passo lento dos cavalos. *
- Ei Lei! *Ele acenou para o major * Veja só que achado magnífico! Estes são Bicórnios Nictalopes! Achei que eram lenda de taverna mas vi um pequeno grupo deles oculto nas estrebarias, longe dos olhares curiosos. E com razão, pois sei que valem uma montanha de ouro! * Ele se aproximou do major e ofereceu as rédeas do outro bicórnio que tinha com ele. Então ele olhou para o grupo de soldados devidamente disfarçados de beduínos e mineiros e até o próprio Lei estava disfarçado. *
- Realmente é um bom grupo, Lei. Imagino que todos estejam a par da situação e do que iremos enfrentar. Logo iremos para Uris, só me dê tempo de colocar o disfarce, sim? *Ele desmonta do cavalo e coloca o disfarce de mineiro encima da túnica. Como ere era baixo e magro não caiu bem o uniforme, sobrando nas pernas ena barriga * Ah que droga. Bem... *Ele montou novamenmte no bicórnio e esperou Lei fazer o mesmo* Vamos ao ataque, pelotão! *Ele ergueu o braço em gesto de comando, se esquecendo por um momento que o chefe ali era Lei *

Bicórnios, hein? *Disse o barbudo, erguendo uma sobrancelha e aproximando-se lentamente do animal.* Se ele não tentar me derrubar tanto quanto meu cavalo, então seremos bons amigos. *Subiu na montaria com cuidado e quando Zzrill deu a ordem, os homens ficaram olhando para ele sem saber o que fazer. Depois olharam para Lei, que disse.* Hã... vamos em frente. *E começaria a cavalgar ao longo daquele grupamento e ao lado de Zzrill.

Não seria um "ataque" propriamente dito, já que não colocaria seus homens em confronto direto. Eles estavam ali apenas para acompanhar Lei e Zzrill até a entrada da cidade, exatamente o ponto onde as coisas ficariam perigosas e onde os dois deveriam usar seus disfarces. A partir dali, entretanto, caberia a Zzrill guiá-los.

O grupamento marchou o deserto sem pestanejar. Tanto os homens de Joshua quanto os soldados teranianos eram disciplinados e resistentes. Lei esqueceu-se de como o deserto era frio sem o sol e tremia ligeiramente em cima de seu bicórnio, soltando palavrões murmurados em draconiano.

O grupamento chegaria até as minas de Uris e na entrada fariam seus acampamentos, onde deveriam esperar por até 24 horas pelo retorno de Lei e Zzrill. Eles também dariam cobertura caso encontrassem resistência logo na entrada das minas.*

* Então ele marchou ao lado de Lei, deserto adentro até chegarem ás minas de Uris. Esta se localizava em uma pequena elevação de rocha que se sutuava á leste do zigurate, quase onde o deserto terminava. Os trabalhadores ainda estavam na mina, mas pareciam estar fazendo uma pequena pausa quando eles chegaram. Os mineiros se assustáram a princípio, mas depois de algum tempo conversando, eles felicitaram os soldados por estarem ali. Naquele túnel em especial os drwos da Cidade estavam determinados em erradicar a presença dos seres da superfície. Aqueles mineiros tinham acabado de sobreviver a um ataque de uma patrulha drow. Por ironia, acabaram vencendo por causa de um pequeno desabamento que esmagou metade da patrulha e assustou o restante. O túnel porém estava em condições de ser usado ainda. E então o drow, que estava oculto em seu manto esfarrapado que mostrava o uniforme de mineiro por baixo se dirigiu ao major *

Então, Lei, aparentemente estamos com sorte, mas devemos atravessar esse túnel rápido. Ele vai dar direto na cidade lá embaixo, pelo que eu ouvi dos mineiros. E aparentemente ele está abalado, e vai demandar muito tempo para consertá-lo até que os mineiros voltem a trabalhar nele, mas dá para usar como passagem ainda. Na cidade eu te guiarei, mas você vai ter que arranjar um disfarce para circular por lá. Qualquer magia que lhe cria um par de chifres e uma cauda está de bom tamanho, a menos que você não consiga fazer esse tipo de magia...

*O drow sorriu enquanto se ajeitava no capuz, para se ocultar dos mineiros, afinal de contas ser um drow ali era desvantajoso * Mas por enquanto não se preocupe com isso e sim em atravessar o túnel. * Ele se dirigiu a entrada e esperou Lei fazer o mesmo para só então adentrar na mina *

Eu consigo fazer esse tipo de magia, mas não aqui. Magias de transmutação são complicadas. Terei que improvisar. Talvez uma ilusão funcione mas ela só irá enganar aqueles com percepção mágica inferior às minhas habilidades. Eu espero que minhas habilidades sejam boas o suficiente para que possam enganar pelo menos grande parte das criaturas que encontraremos no caminho. *Comentou antes de continuar seguindo Zzrill pela passagem. Andava rapidamente, com medo que o resto daquele túnel desabasse em suas cabeças.*

Bem... os melhores soldados e sacerdotizas estão na guarda do Templo. As patrulhas, normalmente são de nível médio ou inferior, logo não precisamos nos preocupar muito até chegarmos no templo. *Eles caminhavam pelo túnel, que começava a ficar muito escuro. Zzrill ergueu a mão e conjurou um pequeno globo de luz para iluminar o caminho de Lei, pois não sabia se ele enxergava no escuro. Em alguns momentos o túnel estremecia e algumas pedras rolavam, mas eram pequenas e não causavam muitos estragos se caíssem na cabeça.

Por fim eles chegaram á outra entrada, de onde se podia ver uma gicantesca caverna. O teto se perdia na escuridão e embaixo uma cidade inteira submersa nas areias do deserto. Tinha grandes torres á volta, que iluminavam tudo com uma luz fria e azulada. Mas o mair destaque era o Templo. Um imenso zigurate que se erguia exatamente no centro da cidade, e era feito de uma pedra negra que parecia emitir maldade e poder. Mesmo de onde eles estavam, o templo podia ser visto, tamanha era a altura do mesmo. Ele se encostou na parede do túnel e pediu para que Lei fizesse o mesmo. *

Estamos aqui. Cidade de Megiddo. Agora é que as coisas ficam sérias e a partir daqui, todo cuidado é pouco. Lei, use sua ilusão que eu me envolverei em trevas para não ser reconhecido. * Ele então estalou os dedos e as trevas do túnel e da cidade se convergiram para o corpo dele, envolvendo-o em um manto tenebroso, dando a ele uma aparência de um espectro com olhos vermelhos. Esperou Lei terminar a magia dele para adentrar na cidade. Sons de batalha já ecoavam pela cidade e sons de uma patrulha de Drows se aproximando podiam ser ouvidos. *

*Ao que parecia, arqueirismo não era a única habilidade daquele drow e Lei estava descobrindo isso aos poucos sobre ele. Conforme combinado, o barbudo concentrou-se, conjurando uma magia de ilusão sobre si, que o deixaria com a aparência de um demônio para todos aqueles que o vissem. Desde que não se aproximasse muito dos outros, a ilusão funcionaria. Ela, porém, tinha sua duração, e esperava que não tivesse de ficar muito tempo naquela forma.

O objetivo era o Templo na forma do grande zigurate no meio da cidade e foi para lá que Lei começou a caminhar. A patrulha de drows seria o primeiro teste de sua ilusão. Ele tentaria passar despercebido pelo grupo.*

* Caminhando em direção ao Zigurate, sem chamar muita atenção dos transeuntes, Lei e Zzrill adentraram em uma movimentada rua, onde pipocava toda a sorte de seres das profundezas. Porém o clima até agradável de mercado fora substituido por um clamor de batalha e uma correria desembestada por abrigos. Ao mesmo tempo três patrulhas de drows contendo um contingente de cerca de 30 soldados armados com o que pareciam ser espadas imbuidas de fogo azul, 7 driders tamanho família e três belissimas sacerdotisas.

Porém o alvo não era eles. Algo como uma brisa veloz passou entre Lei e Zzrill e se postou na frente do batalhão. Era uma criatura um pouco maior que um humano, de porte magro e pele negra. Seus cabelos eram uma curiosa mistura de longos cabelos brancos e cabelos negros e curtos entranhados nas madeixas brancas. Os olhos da criatura brilhavam em uma azul fulgurante, que lembrava muito as flechas de energia de Zzril e usava uma meia-máscara branca que colava em sua pele negra.

Então ele gritou. um grito alto, grave e poderoso, quase como o rugido de um dragão. E tão similar que ao fazer isso, a criatura conjurou uma massiva onda de medo para cima dos soldados que deixaram as armas cairem e correram em desabalada carreira. Tanto os driders quanto as sacerdotizas permaneceram ali e partiram para cima do ser, que movimentos mais rápidos que os olhos podiam acompanhar, fez frente á horda de criaturas.

Era belo ver tal criatura lutar: Com movimentos precisos e balanceados em uma rápida sucessão de golpes fez os driders cairem no chão, mortos em menos de dois tempos e as sacerdotizas tiveram o mesmo destino. E, do mesmo modo que veio, ele se foi, em uma brisa tão rápida que não era possível acompanhar. Zzril ficara em estado de choque, olhando fixamente o ponto onde a criatura partiu, pela primeira e única vez sua cara fleumática arruinada. Mas no momento seguinte ele se recompôs e correu para os despojos dos cadáveres que a criatura deixou. Rapidamente ele voltou com pequenos tubos de adamantite negro e algumas pequenas e largas varetas que lembravam cabos de espada, mas de cor negra como a noite. E só então ele falou com Lei, enquanto guardava o espólio da luta nos bolsos. *

Essa foi por pouco. *Respirava aliviado. * Se eu estivesse sem o disfarce estava condenado, com toda a certeza. Aquele era o Arauto dos Deuses, o Emissário que traz a morte ao Povo Maldito de Oloth: Proxy... *Então ele se voltou em direção ao templo. * Nossa sorte é imensa mesmo... Proxy deve estar tentando mais uma vez destronar Oloth, mas ela sempre chama o poder das profundezas, cujo o qual Proxy enfrenta e então a deusa escapa deste plano e ele não pode perseguí-la. Vamos, então aproveitar a chance que ele vai nos dar e furar as defesas do templo e roubar tudo o que der para carregar de lá! *Resoluto, ele voltou a caminhar em direção ao Zigurate, com o sons de batalha se aproximando mais e mais. *

*Apesar de já ter visto muitas criaturas diferentes lutando das formas mais extraordinárias, Lei sempre se surpreendia quando encontrava um novo guerreiro habilidoso e com Proxy não foi diferente. Ficou ali parado, apreciando de forma analítica a forma como a criatura lutava. E depois responderia aos comentários de Zzrill.*

De fato temos sorte de ele estar lutando contra Oloth mas creio que a única coisa que o impedirá de também nos atacar é se revelarmos nossa intenção. Se ele realmente quer destronar a deusa, ele não se importará de receber uma ajuda. *Olhou ao redor rapidamente.*

Porém ele terá que contar com apenas nós por enquanto. Eu não esperava que a cidade fosse tão grande ou tão cheia de inimigos. Seria preciso uma força militar massiva para tomar este lugar por completo e apenas Renon poderia autorizar isto. Eu não sei se isso é do interesse dele, mas podemos descobrir depois. Por hora me contento em pegar o que encontrarmos lá e estudar os objetos, procurando uma forma de tornar nosso ataque mais eficaz contra as criaturas que vivem aqui. *Dito isso, ele continuou seguindo os sons de batalha junto com Zzrill até chegarem ao templo, ou assim esperava.*

Isso será uma boa idéia, mas quero ficar com alguns apetrechos para meu uso, se não for contra as regras. Fiquei curioso com isto que peguei dos soldados....*Ele recolhe do bolso um dos tubos e um dos cabos de espada. Ele leu o que estava escrito no cabo de espada e o repetiu em voz alta *

Seelenschneider? 'Destruidora de Almas'? É um nome apropriado... *Ele parou de falar por que o cabo da espada começou a ressoar com o arco disfarçado de cruz. Os dois brilharam e se ativaram ao mesmo tempo sem que ele os convocassem. O arco parecia estar mais poderoso alí, com um brilho mais intenso e o fogo azul crepitava com mais vivacidade.

E, do cabo de espada saltou uma espada fina uma rapieira na verdade, de energia comprimida que se assemelhava muito com a energia do arco, mas esta espada, diferente do arco, parecia vibrar como se fosse uma corda de harpa que fora tocada diversas vezes. Então eles brilharam mais e se recolheram do mesmo modo que foram convocados. E novamente Zzrill estava estupefato. Duas vezes no mesmo dia, e era raro ele demonstrar QUALQUER sentimento. Ele se dirigiu ao major depois de que a energia se dissipou. *

Major... a espada... Ela é uma das Armas Espirituais Originais, assim como o meu arco. Então a tropa que estava aqui era a Guarda da Deusa... *Ele ficou pensativo e então continou o caminho até o templo que se agigantava diante deles. *E é melhor que nos apressemos, por que se não perderemos o rastro do Proxy... *Novamente ele é interrompido, e desta ves é uma patrulha que estava sob os efeitos de uma magia de uma sacerdotisa que os deixava em estado de fúria. Os guerreiros avançavam quebrando tudo á frente *
Acho que vamos ter que abrir caminho para chegar lá, major! *Ele evocou o arco e produziu 4 flechas quase quue ao mesmo tempo, mas esperou os soldados chegarem mais perto para que os tiros fossem efetivos e certeiros... *

[Rolando dados para início de batalha]

O membro 'Zzrilldhrack Darrksin' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'10 faces' : 3

*O grupo de soldados ensandecidos vinham á toda velocidade, como uma manada de tarrasques. Felismente o feitiço também afetava a mente deles e eles atacavam sem discriminação tudo o que encontravam. E não eram muito bons nisso, a julgar que muitos prendiams as espadas em paredes ou no chão ou mesmo se empalavam com as espadas. Ainda ssim um grupo composto de 20 drow em fúria cheggou próximo de Lei e Zzrill e iniciou um ataque aléatorio, não visando qualquer parte do corpo em especial... *

[ Rolagem para defesa de Lei e Zzrill - que agirão como um só lutador, conforme combinado. ]

O membro 'Lei Keylosh' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'10 faces' : 4