Escravos do Destino - Aventura em Atlan (Encerrado)

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'20 faces' : 6, 6

Sieg parecia um tanto apreensivo e confuso em sua maneira de observar as coisas, de forma que ele realmente ficou surpreso com a reação de Tundra e um tanto boqueaberto com as palavras hostis, sem conseguir pensar em uma resposta antes de ser atacado, evitando a corrente por centimetros, mas o suficiente para fazer um corte em seu pescoço, mas sem sequer ver a adaga que era cravada em sua perna. Sieg fazia uma expressão de dor enquanto tirava a lâmina da perna.

- Não saia de perto de mim Tanamilla. Mesmo que eu perca a consciência, se você for ferida gravemente lembre-se que você pode sempre em seus instantes finais desejar que determinado momento se repita!

O sacerdote avaliava a situação por alguns instantes: Estava ferido, em desvantagem numérica e por pura sorte a "qualidade" de seus inimigos era inferior. De nada adiantaria fugir sem serem perseguidos, era preciso definir o destino dela ali. E sim, ele "errava" o nome dela como reflexo da tensão.

"OLEG! Se conseguir chame ajuda, guardas de Atlan, autoridades, qualquer um que lhe ouvir que um cavaleiro imperial esta sendo atacado, vá!"

Talvez de nada ajudasse, mas apelaria para seu "ajudante" que ouvia praticamente um grito dento de sua mente, enquanto se concentrava a respeito de como seria seu ataque.

[rolagem depois ataque]

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'20 faces' : 10, 1

"Preciso chamar o máximo de atenção possivel..."

Sieg fazia um gesto de forma que um relâmpago vinha do lado de fora e literalmente atravessava uma das paredes em direção aos guardas. Infelizmente não parecia algo extremamente preciso, mas pelo menos se nãoi ferisse os guardas faria um belo som e um buraco na parede que chamaria bastante atenção, isso se a cidade realmente não ignorasse mediante a "influência" de Tundra.

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'20 faces' : 9

A corrente que feriu o pescoço de Sieg continuaria seu trajeto e iria ferir a testa de Milla (considerando que Sieg é mais alto que ela. Sieg: -1 Vit.) A moça gritou de dor, sentindo um filete de sangue escorrer-lhe pela testa. Não reparou que Sieg a chamou por aquele nome no calor da batalha, mas ouviu seu conselho e continuou colada ao Cavaleiro. Mais um ataque bem sucedido dos mercenários e os dois cairiam.

Sieg realmente estava em uma situação onde fugir do combate não era uma opção. A sala não era tão grande, de forma que lutar ali era um tanto quanto desconfortável. Ambos os mercenários da corrente e das adagas atacaram com suas costas contra a parede para ficarem os mais distantes possível de Sieg, ou suas armas nunca teriam funcionado de maneira eficaz.

Isto acabou agindo contra eles. O raio que veio de fora acertou o mercenário da corrente, quebrando a parede e jogando escombros na direção das mulheres que permaneciam ali no canto. O raio jogou o mercenário contra a parede oposta, atravessando todo o cômodo e quebrando a grande janela que havia ali, caindo por fim no terreno atrás do prédio. Isto significava que o buraco na parede dava para a rua.

Através do buraco era possível ver transeuntes na rua lá embaixo olhando assustados para o terceiro andar da construção. Alguns saíram correndo e outros ficaram olhando para ver como aquilo iria terminar. Sieg não tinha tempo agora para procurar por Oleg naquela multidão, mas o garoto provavelmente tentou cumprir a ordem.

Enquanto a luz do sol invadia o cômodo de maneira abundante através do buraco na parede, era a vez dos mercenários de combate corpo-a-corpo atacarem. Um deles usava uma espada fina e rápida, ideal para fazer cortes rápidos e precisos. O outro mercenário possuía duas adagas sai, que girava nas mãos com habilidade. O mercenário da espada tentaria desferir um corte no peito de Sieg, enquanto o outro cravaria uma de suas adagas sai na coxa de Sieg, exatamente onde já havia o ferimento anterior causado pela adaga de arremesso.

[Rolagem do ataque abaixo]

Merc 3 ataca com espada e Merc 4 com adagas sai

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'20 faces' : 2

Sieg evitando ataques fisicos

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'20 faces' : 2, 17

- MILLA!

Sieg olhou para ela com o canto dos olhos durante o combate e pode ver seu ferimento. Aquele simples vislumbre fez com que ele se lembrasse de uma série de coisas, especialmente as "mortes" dela, de Tana e a versão distorcida da engenheira chefe que havia visto instantes atrás. Ele não iria passar por aquilo de novo, não mesmo. Os inimigos eram atingidos e abriam um buraco na parede. Terceiro andar, muito alto para uma fuga, e na cabeça de Sieg fugir não resolveria nada. Milla ja havia arriscado tudo que tinha, o mínimo que poderia fazer era o mesmo.

Sieg desta vez era muito mais rapido evitando o golpe dos mesmos e até mesmo "segurando" Milla pelos braços fazendo com que ela também evitasse os ataques, mais parecendo um passo de dança muito bem ensaiado. Uma vez livre dos ataques, era vez dele tomar a ofensiva.

[Ataque após rolagem]

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'20 faces' : 18, 1

Após soltar os braços de Milla e olhar as pessoas la embaixo por um segundo, Sieg se abaixava e juntava as costas mãos em frente aos homens se abaixando, em seguida as afastava com violencia de forma que uma forte rajada de vendo parecia ser gerada, provavelmente os arremessando com violência até mesmo la embaixo. Barulho, gritos, quedas. Tudo que Sieg fazia parecia voltado em chamar atenção.

- Tundra isso é inútil! Mesmo que vença o desejo de Milla vai se repetir, e se eu vencer você ira perder tudo. Ainda podemos acabar com isso e escaparmos de sermos simples escravos do destino!

Sieg gritava com todas as forças enquanto se levantava, colocando o braço a frente de Milla determinado em protege-la. Ainda ficaria atento aos mercenários caso estes permanecessem em pé, e na verdade não acreditava que Oleg conseguiria driblar o problema de Tundra ter a cidade em seu bolso, mas tudo era válido em um cenário daqueles. Precisavam acabar logo com aquilo.

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'20 faces' : 5

Milla ia acompanhando os movimentos de Sieg, tentando não perder o equilíbrio quando ele a puxava. Ela estava com medo, mas se esforçava ao máximo para não ser um empecilho para o Cavaleiro, que tinha de lutar.

[Mercenários: -2 de Vit. Derrotados.]

Sieg conseguiria fazer o que desejava. Os cinco mercenários restantes agora voavam através do buraco na parede, caindo no meio da rua à frente do prostíbulo. Alguns deles morreram com a queda e os mais sortudos foram apenas incapacitados. De qualquer maneira, estavam completamente fora de combate. Os mais curiosos que permaneceram ali para ver a briga de longe agora corriam, assustados com a chuva de corpos. Ainda não havia nenhum sinal de guardas ou qualquer outro elemento de autoridade por perto.

A situação na sala era caótica. O vento havia erguido almofadas, mesas e cadeiras, que agora permaneciam quebradas e espalhadas pelo andar. Ao ver que a luta havia terminado, as escravas correram para a porta, descendo rapidamente, e uma delas deixava cair a bolsinha com as pedras preciosas. As outras prostitutas dos andares inferiores também corriam para a rua e as mais corajosas fugiam, percebendo a oportunidade para se livrar das garras de Tundra.

Só agora Milla respirava aliviada e se dava conta do corte na testa. Ela passou a mão ali e viu o sangue, mas não era nada fatal. Tundra ficara agachado no canto da sala, protegendo-se dos escombros. Assim que a poeira baixou, ele avistou as pedras preciosas no chão e se arrastou até lá para pegá-las. Sieg obviamente o veria. O rakshasa fitou o Imperial, agora com uma expressão de medo. Ele não esperava que Sieg tivesse tamanho poder e a situação da sala era a prova disto. Ainda sentado ao chão, ele disse:

- Está bem, está bem! Você está certo, Cavaleiro! Isso é inútil! Eu não sei o que diabos está acontecendo e não quero saber! Você arruinou meu negócio, me levou à falência! Apenas leve esta garota o mais longe possível de mim! Mas deve saber de uma coisa: Ela não é inteiramente minha! Kim'Vah a vendeu para mim como parte de uma dívida que ele tem com outro escravizador! E, acredite em mim, você não quer dever nada para ele! Se realmente deseja ver esta garota livre, você tem de ir até ele!

Sieg observou a "chuva de mercenários" sem estranhar a falta de guardas, as coisas já haviam ficado boas o suficiente no final das contas. Acalmou a respiração enquanto observava as escravas fugirem. Olhou ainda Milla com o canto dos olhos e colocou os dedos indicador e médio em sua cabeça, curando aquele ferimento e deixando apenas o sangue que não tinha mais uma origem esclarecida. Ainda restava Tundra, de forma que com um gesto as joias antes que ele pegasse iam de volta até as mãos do imperial.

- Se me recordo, você recusou a minha oferta, de forma que você se levou a falência.

Guardava calmamente a bolsa em suas vestes mas ouvia o resto das informações, as coisas ainda não haviam acabado. Olhou para Milla por um segundo antes de se direcionar para Tundra:

- Onde posso encontrar esse homem? Me diga quem ele é e talvez eu desconsidere o levar para a prisão imperial e pode ter uma nova chance.

Aguardaria com calma olhando para Milla, talvez a mesma soubesse de alguma coisa e dispensasse qualquer tipo de detalhe vindo do seu "ex-chefe"

Milla ficou parada enquanto Sieg usava a magia de cura e o agradeceu em seguida. Tamanha não foi a decepção de Tundra quando Sieg pegou as pedras de volta. Agora o rakshasa não tinha, literalmente, mais nada. Milla ficou em silêncio enquanto Sieg o interrogava, mostrando que a moça também não sabia nada sobre este outro "empresário". Tundra se levantou lentamente, tirando o pó da roupa com as mãos, e respondeu:

- Eu direi. Pouco me importa se estou entregando-o. Eu não tenho mais nada mesmo. Se eu vou cair, então ele cairá comigo. - Como Sieg desconfiava, Tundra não era o maior peixe naquele aquário. Havia, de fato, alguém superior. O tom do rakshasa havia passado de medo para tristeza. Seu consolo era que não seria preso quando tudo aquilo terminasse... Talvez. Ele continuou:

- Ele não está na cidade, mas virá hoje. Eu deveria encontrá-lo ao anoitecer no pier 2.

Como Sieg se lembraria rapidamente, o porto de Pretoravani, nesta pequena linha temporal, funcionava normalmente, o que não impedia o chefe de Tundra de ancorar ali para o encontro. Milla comentou com Sieg logo depois:

- E se for uma armadilha, Sieg?! Este crápula é capaz de tudo!

Tundra fez uma cara insatisfeita e retrucou:

- Não seja tola, garota. Eu não iria prever nem em um milhão de anos que um Cavaleiro Imperial invadiria meu estabelecimento e destruiria tudo. O encontro estava marcado muito antes de hoje.

Ambos aguardariam a decisão de Sieg. Ainda havia muitas horas até o horário do encontro. O Cavaleiro Imperial teria que decidir o que faria com Tundra e Milla, onde ficariam até o anoitecer e se iriam mesmo até o encontro.

- Ao anoitecer no porto de Pretovani. Estaremos lá.

Cruzou os braços escutando ambos os lados. Não parecia muito preocupado se Tundra estivesse mentindo, em parte por acreditar que a criatura realmente não tinha nada mais que restava, talvez sua natureza fosse realmente levar ele consigo no final das contas. Além disso, não tinha muita escolha.

- Se Tundra estiver mentindo, AINDA estaremos presos aqui, o dia vai se repetir e farei uma escolha diferente. Por hora, acho que estamos combinados Tundra, infelizmente faltam algumas horas para isso e não posso ficar me preocupando em vigia-lo portanto...

Ergueria a mão em direção a Tundra, o que talvez fizesse ele recuar um passo temendo o pior, mas o que aconteceria era simplesmente ser induzido a um sono magico, caindo desacordado em instantes. Sieg iria até ele, retiraria a adaga de suas vestes a guardando junto de si e carregaria o mesmo, se direcionando para fora do local.

- Ainda não entendo o que você "faz" exatamente para conseguir retroceder o tempo quando sua morte esta próxima, mas a unica maneira que temos para garantir que não aconteça é se estiver junto de mim. Por hora, vamos procurar algum lugar para passarmos a noite e descansarmos, isso deve acabar logo.


Sieg sairia calmamente do local voltando ao ponto que encontrava com o desacordado Tundra e Milla, se não avistasse Oleg apelaria mais uma vez para aquela "comunicação mental" que havia por alguma razão criado com aquele garoto por aquele dia que parecia sem fim.

"Oleg, estamos bem. Poderia nos encontrar novamente onde eu e Milla nos encontramos? Precisamos descansar um pouco"

Tundra cairia desacordado facilmente com a magia de Sieg. Milla concordou com o que Sieg disse, seguindo-o, mas comentou no caminho:

- Eu também não sei o que acontece, Sieg. Eu juro que não fiz nada. Para mim, tudo ocorreu normalmente até agora. Mas saber que eu já... "Morri" de outra maneira é... Assustador.

Enquanto desciam, as prostitutas que ainda não haviam deixado o prédio viam Sieg carregar o dono do estabelecimento no ombro. Isto fez com que até mesmo as menos corajosas fugissem, sabendo que o prostíbulo estava arruinado de vez. Sieg alcançou a rua a tempo de ver Jeoffrey correr para longe, sua barriga balançando enquanto ofegava exageradamente.

A rua estava vazia, pois as prostitutas e os habitantes haviam fugido para longe. Caso Sieg observasse os arredores rapidamente, perceberia que a demarcação do fenômeno estava maior ainda, resultado da morte de Milla no interior do prédio. Era preciso resolver aquilo antes que a bolha tomasse toda a cidade e depois todo o reino e, talvez, toda aquela realidade.

Apenas um grupo se destacou no meio da rua. Era Oleg, correndo na direção de Sieg e acenando, acompanhado por 20 homens uniformizados, todos portando espadas e elmos semelhantes. Em seus peitos carregavam o brasão de Atlan. Oleg recuperou o fôlego assim que se aproximou e falou, fitando o Imperial e Milla alternadamente:

- Pessoal! Que bom ver que vocês estão bem! Sieg, eu cumpri sua ordem! Eu trouxe ajuda! Eles são da guarda da cidade, eles vão nos ajudar! – Um dos homens deu alguns passos à frente e falou com Sieg:

- Cavaleiro, Oleg disse que você é confiável, portanto, estamos à sua disposição. Nós confiamos na opinião deste garoto e iremos garantir a segurança dele e de quem mais ele considerar como aliado.

- Nossa, Oleg! Você se superou desta vez! Muito obrigada! – Disse Milla, beijando o garoto na testa, surpresa por sua eficiência.

De fato, o que o garoto conseguiu foi impressionante, considerando a situação da cidade. O guarda, sem saber do encontro marcado à noite, se oferecia para levar Tundra em custódia, mas não o faria se Sieg não autorizasse. Oleg disse então:

- Sieg, eu tenho o lugar perfeito para vocês! Eu conheço o dono da loja medicinal, ele tem uma casa grande nos fundos da loja, ele é legal e vai deixar vocês ficarem lá! – Oleg permaneceu fitando Sieg, esperando para ver se o Imperial concordaria em ir até o estabelecimento.

- Posso lhe garantir que não é uma experiência agradável para mim da mesma forma. É como se as coisas estivessem piorando. Acredito em sua palavra, tenho algumas teorias...Mas sem evidências é apenas isso que são.

Pensava mais uma vez na semalhança entre os nomes e na "Tana Zumbi" que encontrava naquele espaço fora do tempo. Ele podia muito bem acreditar que havia uma ligação, mas não tinha explicação alguma para defender que de alguma forma estavam ligadas. Deixaria os pensamentos e possibilidades limitados a sua mente enquanto deixava o local. Não demonstrava grande reação, apenas pensou que talvez estivesse chamando mais atenção do que o desejado. Bem, nada estava saindo da forma planejada mesmo...

- Você não pode ver, mas cada vez que isso se repete a área fica maior. A linha do tempo é fragil, inumeras repetições vão simplesmente rasgar essa realidade ao meio. Não podemos contar que isso nos salve para semp...

E logo via aquele grande grupo de guardas, acompanhados de Oleg. Bem, aquilo realmente era uma surpresa. Agradeceu os guardas e olhou para Oleg concordando com o que Milla havia dito, com certeza no final de tudo aquilo teria um agradecimento em especial para o jovem, mas era preciso acabar com aquilo em primeiro lugar.

- Agradeço soldados, mas por hora a situação esta controlada. Este homem era responsável por um...Estabelecimento ilegal, onde mantinha algumas jovens contra a sua vontade. Talvez se puderem ir até la, ainda existam comparsas deles ou simplesmente possam interditar o local. Infelizmente não posso entrega-lo a vocês ainda pois preciso dele para localizar o homem que realmente esta por trás de tudo, então manterei ele sob custódia. Se alguns de vocês puderem acompanhar-nos a noite para proteger Oleg e Milla,teriam minha gratidão. Os demais apenas ficar de prontidão nas proximidades do pier 2, talvez seja necessario ajuda.

Apontaria em direção ao que restou do estabelecimento de Tundra, talvez fosse necessário interditar o local ou algo assim. Concordaria com Oleg a respeito do local para ficar com a cabeça voltando-se aos guardas mais uma vez.

- No início da noite, peço que um grupo de alguns de vocês venha até a casa para proteger Milla. Os demais podem ficar com Oleg, posso dar um "sinal" caso seja necessário intervir.

Na verdade não havia decidido bem se levaria Milla ou não. A idéia de deixa-la com os guardas parecia segura apenas na teoria, ja que era quase impossível não recordar do que aconteceu meses antes quendo deixou Tana para trás. Ganhava tempo então, se despedia dos guardas caminhando com Milla e Oleg até a loja indicada.

- Estou realmente impressionado Oleg, como conseguiu que todos aqueles guardas viessem até aqui?

O guarda respondeu à Sieg:

- Sim, sabemos de Tundra. Há anos ele vem levando este negócio, mas ultimamente ele... Irritou as pessoas erradas. Estávamos mesmo planejando acabar com a operação dele e você conseguiu fazer isto sozinho, Imperial. - Quando Sieg fez a sugestão de ação para os guardas, o que estava à frente pediu um momento e se reuniu com os outros rapidamente. Após uma rápida conversa, aquele guarda específico voltou a se aproximar de Sieg, dizendo:

- Muito bem, Cavaleiro. Poderá ficar com Tundra por enquanto. Metade dos homens fará um perímetro a frente da casa e o resto vai vasculhar o que restou do estabelecimento de Tundra. O escoltaremos à noite.

Dito isto, cada homem foi ao seu posto e Oleg continuou em direção da loja enquanto respondia à Sieg:

- Muitos deles eu conheço desde que era garoto... Ehr, digo... Desde que era menor! Por isso foi fácil trazê-los comigo! E quando eu disse que havia um Cavaleiro Imperial então... Nossa, eles vieram correndo! - Recordou Oleg, que sempre deixava suas guelras em sua jugular visíveis quando virava seu rosto. Quando estava animado, as guelras se movimentavam bastante.

Oleg adentrou a loja e anunciou sua chegada ao senhor que ficava atrás do balcão. As paredes do lugar eram repletas de prateleiras com poções, medicamentos, ervas e muitas substâncias de origens diferentes. O dono parecia humano e ajeitou os óculos quando avistou o garoto, dizendo:

- Pelos Cinco Regentes, Oleg! O que aconteceu?! Eu ouvi um raio e depois uma explosão no final da rua!

- É só um Cavaleiro Imperial em ação, senhor Jensen! Olha, Milla também está aqui! Eles precisam de um lugar para ficar até a noite! Eles podem ficar na sua casa?! - Perguntou Oleg, ainda animado com tudo aquilo.

- Hã... Claro, claro! Fiquem à vontade! - Respondeu o senhor, não querendo obstruir o caminho de um Cavaleiro Imperial, principalmente se o mesmo estiver carregando o segundo principal cafetão da cidade desacordado no ombro. Caso Sieg não quisesse falar nada com o senhor, passariam por detrás do balcão, rumando para um pequeno corredor aos fundos que dava na casa atrás.

Era uma casa térrea grande e espaçosa, feita com uma madeira própria para resistir aos efeitos da maresia e umidade. Oleg indicou o que parecia ser o quarto de hóspedes e disse:

- Vocês podem ficar aqui, é onde eu fico geralmente quando venho para cá! Eu não disse que ele era legal?!

Havia uma cama de casal ao centro do quarto e diversos móveis rústicos espalhados aos quatro cantos. Estava tudo limpo e organizado: o velho devia ser cuidadoso. Sieg poderia colocar Tundra onde quisesse: Em outro quarto ou até mesmo amarrado no cômodo onde estavam, caso quisesse manter o rakshasa sob controle quando acordasse. Depois que se decidisse, Oleg diria:

- Sieg, eu vou ficar lá fora com os guardas, mas me chame daquele jeito se precisar de algo! Até mais, senhor! - E foi correndo pelo caminho de volta.

- A situação acabou me levando a isso...

Era toda a explicação de Sieg sobre "acabar com a operação" de Tundra. Havia sido uma obra do destino na verdade, ele havia sido guiado até aquele local por Milla ou talvez nada tivesse acontecido. Talvez sua chegada estivesse causando mais mudanças do que ele havia originalmente planejado. Ouviu Oleg ainda pensando a respeito daquilo tudo...Mas devia estar sendo paranóico demais.

- Obrigado senhor Jensen, farei o possível para não atrapalha-lo os imperiais agradecem sua colaboração.

Concordava com a cabeça enquanto passava pelo velho carregando um desacordado Tundra. Responderia o senhor se houvesse qualquer dialogo, Sieg parecia sempre aberto ao diálogo. Olhou os móveis e mais uma vez ficou impressionado, antes de colocar Tundra amarrado "confortavelmente" em uma poltrona próxima. Concordou com Oleg com a cabeça.

- Otimo, tome cuidado. Você realmente tem algumas habilidades impressionantes Oleg, mas conversaremos melhor quando tudo isto acabar.

E se despedia de seu "ajudante". Desde sua chegada em Atlan, Sieg pode finalmente respirar e sentar-se em uma cadeira. Por um instante até pareceu esquecer-se de Milla, tinham algum tempo então talvez tivessem algo que conversar afinal.

- Milady Milla eu agradeço sua colaboração. Eu admito que ainda não entendo ao certo como você é capaz de retroceder o tempo desta forma. Talvez seja esse negociador que Tundra fala, talvez seja Kim' Vah, mas logo resolveremos tudo isso... Se puder lhe responder qualquer outra pergunta, estou a disposição

[ Algumas horas se passarão até o anoitecer, você pode indicar em que momento Tundra vai acordar ou se Sieg tem de usar alguma magia para isto. De qualquer forma o rakshasa ficará amarrado na cadeira. ]

Milla também agradeceu Oleg antes do mesmo partir. Ficou um tanto quanto apreensiva com a presença do rakshasa ali, mesmo inconsciente e amarrado, mas a presença de Sieg a confortava. Ela foi até os fundos do quarto, onde havia uma bacia com água e jarras, além de algumas toalhas e um grande espelho na parede. Ela lavou o sangue que havia secado em sua testa, resultante do ferimento que Sieg já havia curado, e depois voltou para o quarto, sentando-se sobre a cama e fitando Sieg, respondendo:

- Colaboração? Eu só lhe causei problemas desde que chegou aqui, Sieg. Sou eu que tenho que lhe agradecer. Você salvou minha vida naquele lugar e... Na verdade, salvou mais vezes, segundo o que você diz. Era para eu ter morrido... Quantas vezes? Você sabia que eu estava com uma adaga lá no pier e também sabia que Tundra estava armado. É assim que você faz para saber, nestes... Retornos do tempo? - Para Milla, o dia correu normalmente sem que ela morresse. Ela não conseguia se lembrar toda vez que o tempo voltava. Ela esperaria Sieg responder e continuaria em seguida:

- Bem, eu... Na verdade eu tenho uma pergunta sim. Como você adivinhou meu verdadeiro nome? Você o disse lá no prédio. Não é um nome muito comum e ninguém, além do meu falecido pai, sabia. Eu só uso meu apelido, até para o meu tio. Foi uma destas... Voltas no tempo? Como adivinhou que meu primeiro nome é Tanamilla, Sieg?