Nova Terânia
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qua 18 Abr 2012, 15:20

PRÓLOGO:

Relato de Lei Keylosh:

Warjillis, a cidade livre do Império. Como descrever esse lugar?

Warjillis faz parte, de fato, do Império. Entretanto, todos os reinos fazem vista grossa em relação a seus problemas. É como se essa cidade fosse um filho bastardo que ninguém quer assumir. E como todo filho rejeitado, ela cresceu revoltada e cheia de problemas.

Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) 99825301

Dos poucos soldados que rondam a cidade, a maioria é da guarda teraniana, já que Warjillis está mais perto de Terânia, que é a capital do Império. Com o contingente reduzido de soldados, não é possível rondar a cidade durante o dia todo, o que torna o lugar extremamente perigoso à noite.
Bandidos, mercenários e todo tipo de escória invade a cidade e seus habitantes não têm outra escolha a não ser recolherem-se para suas casas e torcer para que o dia venha logo, onde há alguma chance de proteção com a troca da guarda.

A nossa única grande operação em Warjillis é em relação ao recrutamento. É extremamente difícil achar jovens bons e nobres no meio daquele caos mas, quando achados, eles se tornam ótimos soldados. A maioria deles vê o ingresso para as fileiras teranianas como a chance de uma nova vida. A chance de sair daquele antro de malfeitores.


--//--


EPÍLOGO: (Jogo Terminado)

Relato de Lei Keylosh:

Pessoas impressionantes aparecem em nossas vidas de tempos em tempos. Nós sabemos quando elas são especiais assim que olhamos para elas. Assim que sabemos sua história de vida, seus feitos.

A jovem Katherina, tão nova mas tão cheia de sabedoria e garra. Em apenas uma noite, ela conseguiu fazer o que 7 reinos não conseguiram: Plantar a semente da mudança em Warjillis. E tudo que precisou foi de um antídoto e um amigo inseparável.

O soldado Wall, outro jovem brilhante, ajudou a derrotar o capitão Cross, o câncer que estava tomando Warjillis. Ele conduzia secretamente um plano para espalhar um veneno mortal na cidade e dizimar toda a população, acreditando que com isso livraria a cidade de toda a escória que a tomava.

Sim, livraria. Mas também mataria os soldados corruptos e os honestos. Mataria os bandidos e os habitantes inocentes.

Cross também foi o responsável pela morte do homem que criou Katherina. Não era seu pai de sangue, mas de coração. Foi uma espécie de vingança para ela, mas eu percebi que realizar esta vingança a deixou com um grande vazio interior. Ela aprendeu a lição mais dura: Vingança não traz resolução, vingança não traz consolo. Apenas mais vazio.


Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Katherinaclose
Katherina

Ela é a última representante de que temos notícia da ordem do pai dela, os Cavaleiros Capelões. É quase uma ordem secreta, quase ninguém ouviu falar dela e há pouco ou nenhum registro em livros de história. Eu disse a ela que tem a chance de reerguer a ordem e poderia fazer isto em Warjillis, mas ela ainda está perdida. Ela não tem certeza ainda de qual é seu destino, mas ela enxergará em breve. Ela ficará algum tempo em Warjillis, aprendendo sobre Terânia, sobre nossa cultura e nossos meios e então decidirá o que fazer. Eu marcarei um encontro com o Imperador, quero que ele conheça esta menina incrível.

Esta garota é a prova viva de que quando você acredita, mesmo que seja apenas uma pessoa, você consegue mudar qualquer coisa.




--//--



INTRODUÇÃO:

*A noite parecia ser mais escura em Warjillis. Seus becos pareciam repudiar a iluminação já pobre das ruas e apenas os deuses sabiam o que se passava naqueles cantos escuros da podre cidade.

Mesmo à noite, havia guardas, a maioria deles de Terânia. Os poucos corajosos que aceitavam este trabalho permaneciam nos portões e qualquer um diria que estavam ali para impedir a entrada de forasteiros mas, no fundo, seu papel era impedir a saída daquela escória.

Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Loading_Outskirts_night

Foi quando avistaram uma mulher vindo pela estrada estreita. Um visitante, em Warjillis, na calada da noite? Aquilo era praticamente impossível. Ela seria naturalmente parada, se conseguisse chegar até os portões, dado seu estado.

Antes que ela se aproximasse, um dos dois soldados parados à frente dos portões comentaria com seu companheiro.* Aquela mulher está realmente vindo para cá? Seja lá o que tenha acontecido com ela, é melhor que ela fique aqui fora do que dentro da cidade. *O outro fez um negativo com a cabeça e então fitou a mulher e disse.* Milady? Precisa de ajuda? O que aconteceu?


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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qua 18 Abr 2012, 20:36

Katherina diz
*Meus pés tropeçam pelo cansaço, mas parece que a viagem rendeu frutos. Já consigo ver as tochas da cidade, se erguendo em meio ao nada, e um sorriso surge em meus lábios. Na escuridão da noite, a única coisa que brilha é um pedaço de madeira em minha mão, iluminando meu rosto sujo e cansado. Meus cabelos loiros já estão castanho-escuro, de tanta sujeira e poeira que se junta, junto com um pouco de sangue. Um cavalo cansado e magro ao meu lado, carregando alguns poucos pertences, mas pela cabeça pendendo, parece que está adoecendo. De baixo de um pesado manto de viagem, visto uma cota de malha larga e desajustada, que provavelmente pertenceu a um homem. Especificamente, meu mestre. Uma espada embainhada na cintura, um escudo pesado nas costas. Mal parece que eu tenho condições de usá-los, por ser uma garota jovem, e aparentemente frágil. Um elmo está pendurado na cela do cavalo, provavelmente grande demais para minha cabeça.
Quando o guarda vem falar comigo, dou um suspiro aliviado. Talvez tenha encontrado segurança. Minha voz é rouca e frágil, cansada por causa da viagem.* Boa noite.. Senhor.. Procuro por abrigo.. *Tusso e pigarreio, antes de continuar andando. Até chegar perto o suficiente para ver o rosto do homem que fala comigo. Por mais que água não seja um problema, a fadiga e a fome são.* Há alguns dias.. Eu e meu mestre fomos atacados por bandidos.. Ele faleceu.. Mas antes me indicou a direção de onde poderia.. Encontrar alguma ajuda.. * Nos poucos gestos que faço, revelo um livro grosso de couro na minha cintura. Talvez um grimório ou livro religioso, difícil de dizer.. Preso por uma tira de couro no meu ombro, parece ser velho e pesado. Um símbolo curioso na capa; Em alto-relevo uma cruz, com a ponta inferior alongada e em formato de lâmina de espada. Pelo meu rosto sujo, não dá muito bem para estimar uma idade.*

†Lei Keylosh † diz
Seu mestre indicou Warjillis como lugar pra procurar ajuda?? *Disse o soldado insatisfeito, enquanto o outro o censurou.* Já basta, Henry. Se está insatisfeito com seu posto em Warjillis, então vá ao capitão e peça para ser realocado. Mas não fique aqui se lamentando. *O insatisfeito, então, fez exatamente o que seu companheiro disse. Ele atravessou o portão da cidade e foi na direção do quartel. Era impossível dizer se ele iria fazer o pedido ao capitão ou se apenas iria ignorar a moça e todo o resto e partir. De qualquer maneira, o soldado remanescente observou a mulher e o cavalo, e também o símbolo no livro. Ele não reconhecia o símbolo, mas sabia dizer quando alguém e seu cavalo têm marchado por dias sem água ou alimento.* Eu sinto muito pelo seu mestre. Precisaremos de escolta até o quartel. Teremos que esperar pelos outros soldados. Enquanto isso, vc pode tomar do meu cantil. *Disse ele, tirando o objeto pendurado na cintura e entregando-o a ela.*

Katherina diz
Ele não me falou o nome da cidade.. Só me disse para seguir a estrada. *Fico por um momento quieta, sentindo a hostilidade. Aguardo que os soldados se resolvam, não conheço o local, muito menos sei onde estou no mapa. Acaricio algumas vezes o animal, que apesar de cansado, parece estar bem melhor do que eu. Apesar da aparência apática, não demonstra ter ferimentos a vista, e com certeza, está muito mais hidratado do que eu. A crina e o pelo desgrenhado, sujo, provavelmente para poupar a pouca água que posso criar. Mas ao menos, ele está vivo. O maior problema que tenho, é a falta de comida. Meu estômago não ronca mais, embora a sensação de desconforto seja grande. * Obrigada.* Um sorriso gentil, seguro a madeira iluminada com a outra mão, deixando a direita livre para segurar o cantil. Com cuidado para não encostar os lábios, viro o cantil, dando dois goles cheios. Suficiente para saciar minha sede. E o devolvo.* O senhor.. Pode me dizer em qual território, exatamente, eu estou? * Aos poucos a luz no pedaço de madeira começa a perder o brilho, como se a magia estivesse no fim.*

†Lei Keylosh † diz
*Apesar de já ter visto aquele tipo de magia em outros lugares, o soldado sempre se surpreendia com aquele tipo de coisa, já que ele mesmo nunca ingressou na carreira mágica. Então ele dizia, pegando o cantil de volta.* Vc está no território do Império, milady, governado por Renon Slade. O Império possui vários reinos e Terânia é um deles, a capital fica perto daqui. *O soldado apontou uma direção.* Eu pedirei uma escolta para levá-la para Terânia, tenho certeza que o abrigo lá é muito melhor do que aqui, milady. Aliás, eu diria que... *E o soldado não completou a frase, quando viu um pequeno grupamento aproximar-se do portão da cidade. O jovem soldado surpreendeu-se. O capitão nunca delegava mais do que 3 soldados pra qualquer tarefa dentro da cidade, ainda mais um grupamento, e imaginava ser por causa da nova visitante, não acontecia mais nada de importância ali naquele momento.* Bem, eu acho que... a escolta chegou. *Disse ele. O soldado à frente do grupamento parou diante dos portões. Era Henry, que havia voltado.* Bem, Wall... *Wall era o nome do soldado que havia ficado com ela, então.* Parece que ficarei aqui por mais algum tempo. Eu relatei a chegada de nossa nova visitante ao capitão e ele fez questão de vê-la. Até mesmo mandou todos os soldados da ronda para cá. Vc sabe que ele nunca faz isso. *Wall ficou pensativo por alguns momentos e então virou-se para a mulher.* Vá com eles, milady. Vc estará segura no quartel e seu cavalo descansará e será alimentado.

Katherina diz
*A luz se apaga, um pouco antes do regimento chegar. Enquanto o soldado me passa as informações, guardo o pedaço de madeira numa das bolsas na cela do cavalo. Já não é mais útil, a não ser que eu queira bater em alguém, claro... Meneio positivo uma ou duas vezes, indicando que compreendo o que ele me diz. Império.. Terânia.. Ouvi falar uma ou outra coisa, mas nada muito concreto. Parece ser um lugar bem grande. Quanto a escolta, até eu mesma me surpreendo.*Me diga.. Uma escolta..? A cidade é tão perigosa de noite..?*Não tenho tempo de terminar as perguntas, pois os soldados já chegaram. Faço silêncio enquanto conversam, e quando o guarda volta a falar comigo, meneio positivamente. * Senhor Wall.. Estou correta..? Bom.. Sou Katherina, é um prazer conhecê-lo, obrigada pela água e pela companhia..
..*Sou do tipo gentil, uma garota bem educada. Estendo a mão para ele, para cumprimentá-lo. E me viro para o regimento, finalmente.* Bom.. Senhores.. Para onde devo me deslocar? *Aguardo alguma manifestação dos soldados. Estendo as rédeas do cavalo, para que alguém guie o animal, e sigo até o quartel com aquela.. Escolta. É estranho, faz com que eu me sinta uma pessoa tão importante.*

Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Warrior_Princess_by_eronzki999
Katherina


†Lei Keylosh † diz
O prazer é meu, Katherina. *Disse Wall, segurando a mão dela. Ele não beijaria a mesma, estava em frente aos outros soldados e seria uma quebra de conduta, mas ela entenderia que apenas isto o impediu de fazê-lo. E comentaria antes dela partir.* Bem, 1 ou 2 soldados seriam suficientes para protegê-la mas, ao que parece, o capitão ficou interessado na sua chegada. Não faço ideia do motivo. Eu irei até o quartel assim que meu turno acabar. Cuide-se, milady. *Ele então daria passagem a ela. Não dava pra ver muito de seu rosto através do elmo e a iluminação era precária, mas parecia ser muito jovem. Não era possível ver nem mesmo a cor dos cabelos e dos olhos, entretanto. Henry responderia a ela diretamente.* Siga-nos. O capitão quer vê-la imediatamente. *Ele chamaria outro soldado para levar o cavalo. Seguiriam pelo mesmo caminho até um ponto e depois o animal seria levado por outro caminho que dava para o estábulo. As ruas eram silenciosas, mas o silêncio era entrecortado por gritos femininos, latidos, barulho de pessoas correndo em direções aleatórias. Estranhamente nenhum deles estava montado, nem mesmo Wall, que ficava no portão, tinha uma montaria. Henry comentou algo repentinamente durante a caminhada.* Esqueça o Wall. Ele é um tolo, ficará a vida toda guardando esta porcaria de cidade. Eu não... eu penso alto. Serei um capitão na tropa de Terânia, a tropa a serviço do Imperador. Ou até mesmo major! Vc deveria falar com homens como eu... *Henry era mais ríspido, a começar pelo fato de que não usava títulos como "senhor" ou "milady".*

Katherina diz
*Wall parece ser bem educado. Muito diferente do colega. Mas quem sou eu para julgar? Balanço minha cabeça positivamente quando o soldado se despede.*Até breve.* E dou um sorriso, antes de me afastar. Diferente do outro soldado, o tal Henry, não parecia ter tato ou educação. * Estou indo.* Falo em tom baixo, e começo a andar seguindo o soldado. Não digo nada além do necessário, e por motivos óbvios, não gosto daquele caráter agressivo e arrogante. Noto cada detalhe daquela cidade, e parece.. Decadente.. As ruas escuras, os gritos, latidos.. Faz sentido uma escolta. Mesmo não me sentindo digna de tal. Quanto a tudo que Henry me diz.. Prefiro não dar lições de moral, nem me intrometer.*Uhum.” *É a única resposta que dou ao guarda. Algumas conversas podem ser muito perigosas. Mantenho o silêncio até encontrar com o capitão. Seja lá quem ele for..*


Última edição por Lei Keylosh em Sex 20 Abr 2012, 23:34, editado 1 vez(es)
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qui 19 Abr 2012, 17:22

Lei Keylosh diz
*Henry fez uma cara feia quando percebeu que ela sequer ligou para o que ele disse. Era por arrogância ou por inveja de Wall, ou ambos. De qualquer maneira, já haviam alcançado o quartel. Apenas Henry adentrou com Katherina, o resto dos soldados permanecendo lá fora e cada um voltando a seu posto. Henry atravessou um corredor longo e foi até a última porta no fundo, que estava aberta. Ele parou diante da mesma.* Capitão Cross, a forasteira está aqui. *O capitão, sentado atrás de sua mesa, faria um sinal para que entrassem. Henry entrou primeiro, fazendo um sinal para que Katherina adentrasse em seguida. Era uma sala simples, que tinha um grande tapete em seu centro e em cima do mesmo ficava o capitão e sua grande mesa de madeira. O capitão devia ter mais de 40 anos, tinha as feições de alguém feito no sacrifício e calor do exército. Tinha os cabelos curtos e totalmente brancos, provavelmente uma predisposição genética. Ele levantou-se da cadeira e Henry adiantou-se.* O nome dela é Katherina, senhor. *Informou, já que Henry ouviu a moça quando ela se apresentou para Wall.*

Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Rt_sm_gabriel_01
Capitão Cross

Katherina diz
*Meu mentor já havia me falado, inumeras vezes, os motivos pelos quais ele teve tão poucos aprendizes. A arrogância é um deles. Não é preciso de muito estudo para entender o tipo de soldado que aquele homem é, o tal que nem ao menos fez questão de se apresentar
. Enquanto andamos pela cidade, observo tudo ao meu redor. E finalmente, vejo o quartel. Aceno positivamente com a cabeça quando ele me avisa que o capitão me aguarda, e já sei que ele irá comigo. Mas ao que vejo o capitão, o mesmo pode ver meu visível desconforto ao soldado me anunciar daquele jeito.. Arrogante. Me viro na
direção do soldado, e com um jeito educado, e voz macia - na medida em que minha rouquidão permite, replico.* Me sinto honrada que saiba meu nome, soldado, mas o Senhor não fez sequer questão de se apresentar a mim. Poderia então, pelo menos me fazer o favor de dizer qual a tua Graça?* Com classe, educação, e na frente do capitão.
Uma agulhada gentil, mas que seria o suficiente para deixar aquele soldado egocêntrico esperto. Espero a resposta, e antes de entrar na sala e me dirigir ao capitão, solto a bainha com a espada do cinto, deixando encostada na parede, e faço o mesmo com o escudo. É um sinal claro de que não apresento hostilidade. Curvo ligeiramente
minha cabeça para Henry.*Com licença, Senhor.* E finalmente, me dirijo ao capitão.* Uma boa noite, Capitão, como teu soldado já lhe disse, meu nome é Katherina. Não entendo o motivo de tal recepção, mas... Em que posso ajudá-lo?* Controlo um pouco minha tosse, quando me dirijo ao capitão, e somente sentarei se ele me indicar um assento.*

†Lei Keylosh † diz
*O capitão fez um sinal para Henry para que retribuísse o cumprimento de Katherina. Este o fez, sem muitas opções.* Soldado Henry... milady. *O desgosto em ter de falar aquilo era evidente em sua face. O capitão então o dispensou e quando Henry deixou a sala e fechou a porta atrás de si, ele finalmente iniciou a conversa.* E eu sou o Capitão Cross, como Henry bem enfatizou. Não ligue para ele, senhorita, ele é um bom soldado mas às vezes segue as regras de forma muito literal. As regras existem para serem seguidas, eu, melhor do que ninguém, preciso pregar isto, mas por que devemos abandonar o bom senso no processo, correto? *Deu um ligeiro sorriso e então apontou uma mesa em um dos cantos da sala. Em cima da mesa havia uma jarra que parecia conter água e uma bandeja de madeira com pães, queijo e algumas frutas.* Sirva-se, senhorita Katherina. Deve estar faminta. *Apontaria uma das cadeiras e ele mesmo sentaria na outra cadeira. Sua armadura azul teraniana era pesada e fazia barulho quando ele andava. Era de se imaginar como ele conseguia sentar-se por mais do que alguns minutos com aquilo.*

Katherina diz
Prazer em conhecê-lo, Senhor Henry.*Um outro sorriso, menos sarcástico, é mais que suficiente. Quanto ao comentário de Cross sobre o soldado, tudo que tenho para dizer é um meneio negativo.* Não é este o comportamento que o teu soldado me demonstrou, Capitão, aliás... Falando do tal, diga-me, o que teu homem veio falar, exatamente, quando abandonou o posto?*Um olhar de curiosidade surge nos meus olhos. Quando ele me indica a mesa, agradeço com um sinal de cabeça positivo. Observo por pouco tempo a comida, antes de me sentar e me ajeitar. Para mim a cota de malha já é incômoda pelos longos dias em caminhada, para sentar então... Imagino o desconforto da armadura, mesmo eu sabendo como é. Deve ter algum truque, ou costume. *Agradeço muito a comida e a bebida.* Escolho algumas poucas frutas e um pouco de água. Fecho meus olhos, inclino a cabeça para a frente, fazendo talvez um tipo de preçe rápida.
Costumes. Então abro os olhos, e dou um gole na água.* Eu me pergunto.. O que tanto lhe despertou a curiosidade, Capitão Cross, para me chamar até aqui? Por mais que eu agradeça a tua hospitalidade, não me sinto merecedora de tal.. Sou apenas uma viajante... * A próxima coisa que faço, depois de falar, é tirar aquele grosso tomo de meu ombro, e o apoio na mesa. Dá para notar melhor os detalhes, inclusive uma grande tranca de ferro dourada, mantendo o livro fechado.*

†Lei Keylosh † diz
*O capitão não tirou os olhos do livro desde o momento em que Katherina o coloca sobre a mesa. Ele só parou de olhar o tomo quando resolveu comentar sobre seu soldado.* Bem, Henry realmente iria pedir sua própria remoção deste posto mas, para cumprir seu dever, ele me relatou com detalhes sobre a sua chegada. Não é sempre que temos visitantes aqui, como deve ter percebido. E um dos detalhes que ele descreveu foi o símbolo neste seu... livro. *O capitão apontou o tomo. O capitão levantou-se então, colocando as mãos atrás das costas e começou a caminhar pela sala enquanto ia falando.* O jovem Henry não conhece este símbolo, mas eu conheço. *O capitão parou em frente à janela.* Meu pai o usava o tempo todo.

Katherina diz
Ah sim.. O Soldado Henry estava muito preocupado com a má vontade. Ele tem um tom.. Arrogante.. Segundo ele, eu não deveria falar com um soldado como o senhor Wall, que é educado e obediente, e por isso nunca vai sair deste posto.. E sim falar com alguém que tenha um futuro, alguém que mal dá importância para o trabalho nessa cidade. Enquanto ele se preocupava em pedir sua transferência, o Soldado Wall me ofereceu água e uma companhia até que amanhecesse para entrar na cidade.* Enquanto falo, pego uma fruta. Dou uma mordida. E faço uma pausa na fala, para ouvir o que o capitão me diz.* Este.. Símbolo...? Bom.. Este livro pertencia ao meu pai e mestre, Sir. Albert. Infelizmente.. Há alguns dias de viagem fomos emboscados, ele ficou gravemente ferido e foi envenenado.. Não tive nem tempo, ou chance de salvá-lo. *Dou um longo suspiro triste, obviamente sinto falta do homem.*
Ele teve tempo apenas de me passar os direitos ao tomo.. E de dizer para seguir a estrada.. Mas.. Então, o senhor deve saber o que este tomo significa, não?* Mudo de assunto rapidamente. É óbvio que quero evitar me manter naquela linha de conversa.*

†Lei Keylosh † diz
*O capitão respondeu, ainda olhando para a janela.* Quem pode culpar Henry por querer sair deste posto? Ninguém quer vir para a problemática Warjillis. Entretanto, se ele aceitou este posto, então deve cumprir com sua obrigação. Quanto à personalidade dele, senhorita... com todo o respeito, mas isso é irrelevante. A educação de Wall não o faz um soldado melhor. Quando um bando de assassinos começar a queimar e pilhar, não é uma boa educação que irá detê-los.
*Ele também mudaria de assunto rapidamente, e agora responderia sobre o tomo.* Eu sinto muito sobre seu pai. Bem, na verdade não sei nada sobre este tomo. Meu falecido pai, o senhor Morris, nunca deu muitos detalhes sobre o que fazia. Praticamente todos os pertences dele tinham este símbolo, mas ele nunca me deixou saber o que ele fazia ou estudava. Ele estava sempre atrás de alguma "cura". Para o quê, exatamente, eu nunca descobri. *E fez silêncio, pensativo.*

Katherina diz
Bom.. Neste ponto o senhor tem razão.. A única coisa que me preocupa na arrogância nas palavras dele, é o fato de querer poder.. E apenas poder. Ser um soldado, ser um guerreiro, não se trata só de poder, é muito mais do que isso. Pelo menos.. Foi o que me ensinaram, e é no que eu acredito.* Cresce um sorriso triste em meu rosto, mas logo ele desaparece, quando ele fala sobre meu pai. E sobre o seu próprio.* Não posso falar muito sobre os segredos por trás deste tomo, senhor Cross. Na verdade, nem tenho este direito. Sei pouca coisa que meu pai e mentor me ensinou, mas ainda assim.. É pouca coisa.. Aqueles que carregam este símbolo, são homens e mulheres, soldados, dispostos a dar o sangue e suor para a guerra, e mais do que isso. O trabalho de um Cavaleiro não é só curar os necessitados em combate, mas guiar as almas daqueles que padecem, seja na batalha ou na paz, para o descanso final. Seja na paz ou na guerra, há sempre a necessidade de alguém disposto a dar sangue e suor para não só benefício próprio, como daqueles que estão ao seu redor.. Meu pai sempre me disse muito isso.
*Minha voz é distante, tanto quanto meu olhar, enquanto observo a maçã. Passo um tempo mergulhada em pensamentos, até dar um suspiro.* Agora acho que é minha vez.. De trilhar esse caminho. *Termino de comer a fruta.* Ele me disse que, a melhor forma de aprender tudo que preciso, é achar uma terra, um ideal para proteger.*Por fim, ergo meu olhar, até cruzar com os olhos do Capitão.*


Última edição por Lei Keylosh em Sex 20 Abr 2012, 23:36, editado 1 vez(es)
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Sex 20 Abr 2012, 15:13

Lei Keylosh diz
*E os olhos do capitão ficariam repousados sobre os de Katherina por alguns momentos, até que ele voltasse a se aproximar da pequena mesa.* São palavras muito bonitas, senhorita Katherina, e respeito seu pai por ele ter ensinado isto a vc, mas não correspondem muito à realidade quando se está enterrado na lama e na escuridão, exatamente como esta cidade está. Às vezes é preciso ignorar princípios para sobreviver. *Ele fez uma longa pausa então. Era claro que aquela conversa estava rumando para um conflito ideológico, portanto, Cross tratou de encerrá-la.* Bem, de qualquer maneira, podemos continuar esta conversa amanhã. Vc precisa se limpar e descansar da viagem. Pedirei para que uma de nossas recrutas a leve até o alojamento das mulheres. Não é muito, mas será o suficiente para que recupere suas forças e poderá ficar o tempo que achar necessário. Seu cavalo estará amarrado no estábulo. É uma honra hospedar uma pessoa que faz parte da ordem que foi tão importante na vida de meu pai. *O capitão verificaria se ela quisesse conversar sobre algo a mais e depois iria até a porta e chamaria pela recruta de lá. Uma moça entraria na sala, trajava uma versão menor e mais leve da armadura oficial azul teraniana. Tinha os cabelos loiros que estavam amarrados num rabo de cavalo. Era muito bonita e era de se imaginar que ficaria ainda mais se ela estivesse produzida, com maquiagem e roupas femininas. Sua feição era séria e sua postura era claramente militar. Ela fez a continência teraniana e Cross continuou.* Katherina, esta é a recruta Naomi. Ela a acompanhará até o alojamento. *Naomi faria um cumprimento com a cabeça a ela.* Prazer, senhorita.

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Recruta Naomi

Katherina diz
*De fato, quem sou eu para discutir ideologias? Sou só uma garota. Meneio positivamente, demonstrando que entendo o que ele quer dizer, mesmo não concordando. Cada um tem sua maneira de pensar. * Sim. Um bom descanso, acho que é só o que preciso. Um bom banho.. E um lugar para comprar vestes novas, ou ao menos, ajustar esta armadura.*Olho a cota de malha que visto. Ela é larga, mal ajeitada, e além de tudo, está suja de sangue seco e poeira. De fato, não estou nem um pouco cheirosa. Termino de comer a maçã e beber a água. Coloco o grosso tomo outra vez pendurado no ombro, e me levanto.* Bom.. Eu me sinto honrada por toda a hospitalidade, e gostaria de retribuir tal. Diga-me, Capitão Cross, como posso retribuir tal? *O olho nos olhos, com um sorriso pequeno e gentil no rosto. Dá para ver com a luz da sala, mesmo com meu rosto sujo, que não passo de uma garota que ainda tem muito a aprender. E aquela armadura grande e mal ajeitada me faz parecer menor ainda. Aguardo a resposta do capitão, antes de fazer qualquer coisa.
Quando a mulher chega, curvo ligeiramente o corpo para cumprimentá-la, de um jeito meio acanhado.* Prazer em conhecê-la também, senhorita. * Ainda mantenho aquele mesmo sorriso gentil, e aos poucos recolho os meus pertences - a espada e o escudo. Ambos possuem o mesmo símbolo do tomo que carrego.*

Lei Keylosh diz
*O capitão coçaria o queixo, pensativo, e então responderia.* Bem, Katherina, seria abuso de minha parte pedir qualquer coisa a um convidado, mesmo que seja em um posto militar, mas... se vc pudesse colocar seus ensinamentos de cura em prática e ajudar os soldados feridos na enfermaria, ficaríamos muito gratos. Houve uma invasão no templo da cidade e um confronto direto aconteceu, alguns voltaram feridos. Mas, de qualquer forma, qualquer ajuda de qualquer natureza seria bem vinda. Obrigado, senhorita, e tenha uma boa noite. *Faria um último cumprimento com a cabeça e então Naomi já estaria pronta para levá-la até o alojamento.*

Katherina diz
Não.. De maneira alguma. Façamos o seguinte, Capitão.. Tomarei um banho e trocarei estas vestes sujas. Então, irei ajudar os feridos na enfermaria. Senhorita Naomi, poderia depois me levar até a enfermaria? *Olho então para a recruta, aguardando uma resposta. Assim que a tenho, me viro para o Capitão.* Obrigada pela hospitalidade, Capitão. A unica coisa que precisarei, são dos pertences que estão em meu cavalo.. Uma boa noite para o Senhor.*Dou outro sorriso, como despedida, e começo a andar. Espero, claro, que Naomi vá na minha frente, uma vez que eu não conheço o lugar.* Me diga, Senhorita Naomi, há algum laboratório de alquimia ou similar por aqui? Se for o caso.. Posso fazer algumas poções e remédios, que serão úteis. *Continuo caminhando, falando em tom baixo. Pelo tom de voz, não quero ser ouvida por muitos.*

Lei Keylosh diz
*O capitão faria novo cumprimento à Katherina e logo Naomi a guiaria para fora do recinto principal do quartel, enquanto respondia à pergunta dela.* Não temos um laboratório aqui em nosso posto, senhorita. Todas as poções de cura e coisas desse gênero vêm dos carregamentos da Cidade Imperial teraniana, são eles que nos abastecem. Os enfermeiros aqui apenas aplicam os remédios e poções que recebemos.
*Ela parou então em frente à porta do recinto, com todo o resto do quartel à vista, e fitou Katherina.* Entretanto, existe um laboratório alquímico na cidade e é perto daqui. Quando precisamos produzir algum tipo especial de medicamento, encomendamos deles. Lá com certeza terá um laboratório com toda a estrutura que você precisa. Nós temos acesso livre ao laboratório, mas eu não recomendaria ir à noite, mesmo com escolta. A não ser que o capitão tenha pedido urgência. *Fitou Katherina.*

Katherina diz
*Respondo ao cumprimento do capitão inclinando ligeiramente meu corpo para frente, e me retiro. Começo a seguir a recruta. Mantenho o silêncio enquanto caminhamos e enquanto ela explica toda a.. Burocracia. Quando paramos é que eu finalmente falo alguma coisa* Bom.. Parece plausível... Me diga.. Como está a situação na enfermaria? Digo.. Os que se feriram no ataque.. *Arqueio uma sobrancelha, com um olhar um tanto quanto confuso e cansado.* Ah, acho que é melhor que eu veja os feridos antes, o que vocês precisam urgentemente, e posso arranjar dentro de minhas habilidades... Se vocês não se incomodarem, claro.* Não quero parecer arrogante, por isso falo um pouco sem.. Jeito.* Bom.. Senhorita Naomi.. A única coisa que eu peço é um banho e meus pertences.. E vou ver o que posso preparar. Se a enfermaria é longe, então amanhã posso passar lá. Não quero incomodar mais do que já o fiz.. E menos ainda, me aproveitar da hospitalidade.... *Fico quieta, deixando uma sensação no ar de que não sei se devo falar mais, ficar quieta. Afinal, não tenho o costume de falar com pessoas estranhas, soldados, nem falar muito, afinal meu mestre e pai é quem cuidava da diplomacia...*

†Lei Keylosh † diz
De maneira alguma, senhorita. *Respondeu Naomi.* Tudo fica mais ou menos perto aqui, este posto militar não é tão grande. Mas primeiro então vou levá-la ao alojamento. *Fez novo sinal para que Katherina a seguisse. Caminhou mais um pouco então e alcançou o alojamento feminino, que era naturalmente bem menor que o dos homens. Ela ia falando no caminho.* Para o já pequeno número de mulheres no exército teraniano, até que uma dezena delas neste posto é bastante. *O que ela falou se confirmaria. Havia 10 camas no alojamento.* Todas têm seus motivos. Eu morei aqui em Warjillis minha vida toda e ver esta cidade decaindo ano após ano, com a violência aumentando, me fez querer mudar isto. Por isso me alistei no exército e voltei para cá. Agora posso ajudar a melhorar minha cidade. É um bom motivo para levar esta vida, não acha? *Perguntou, parando de andar no meio do alojamento que, apesar de ser um barracão de madeira improvisado, parecia resistente e estava muito bem organizado. Independente da resposta de Katherina, Naomi indicaria uma repartição no fundo onde havia muitas tinas de (+)
água, esponjas, pedras de sabão e outros apetrechos.* As meninas ainda não voltaram de seus afazeres, fique à vontade para se lavar. A enfermaria é do outro lado, podemos ir até lá assim que você terminar. Pelo que vi, há apenas um soldado em situação grave, o restante podemos tratar com o que temos aqui.

Katherina diz
Acho que entendi..* Ouço atentamente aquela história, dou um sorriso. Cada um precisa de um sonho para poder seguir em frente.* Bom.. Parece um bom motivo, nobre. Senhorita. O que importa.. É um motivo para seguir em frente, não? Esse.. Apego. *Dou um suspiro. Sou do tipo que não fala muito sobre coisas pessoais, não tenho costume de confraternizar com as outras pessoas. Costumes.* Então.. Só tenho uma coisa a pedir.. Se não for pedir demais, claro.. Poderia conseguir meus pertences que estão com o meu cavalo? *Como ela pode ver, eu não carrego coisa alguma além de meus equipamentos básicos de batalha, um saco de dinheiro, uma mochila quase vazia nas costas com as minhas roupas.* Acabei esquecendo de pegar.. Acho que estou um pouco cansada.*Dou uma risada baixa sem graça. Mas parece que o comentário sobre o soldado me faz ficar mais atenta. Meneio positivamente.* Está bem. Se me dá licença.. Irei me arrumar. *Aguardo apenas uma resposta referente aos meus equipamentos, antes de ir me banhar e me trocar*

†Lei Keylosh † diz
Há roupas limpas naquele armário. *Naomi apontou.* São roupas simples, mas devem servir até que vc consiga novas. Vou pegar suas coisas, o cocheiro me indicará qual é o seu recém-chegado cavalo. *Naomi então faria um cumprimento com a cabeça e deixaria o alojamento, dirigindo-se até o estábulo, deixando Katherina sozinha.
As tinas ficavam bem próximas da parede, de forma que era até mesmo possível ouvir a movimentação ao redor de todo o quartel lá fora. Era tudo organizado, mas não havia água quente e felizmente não fazia frio.
Enquanto se banhava, Katherina podia ouvir uma voz bem próxima da parede do alojamento pelo lado de fora. Era uma voz masculina que falava bem alto e a pessoa em questão provavelmente esqueceu-se de que naquela posição, sua voz seria ouvida de dentro do alojamento feminino. Havia uma outra voz conversando com ele e parecia feminina, mas esta falava extremamente baixo e não era possível distinguir as palavras. Foi possível, entretanto, identificar a voz masculina. Era Henry e parecia bem nervoso.*
"Livre-se dela. Tem de ser esta noite, está ouvindo?? Faça o que tiver de fazer!" *E a conversa cessaria, com apenas passos na grama afastando-se dali e apenas o barulho do quartel em geral voltando a reinar ao redor.*

Katherina diz
Muito obrigada... As minhas estão bem sujas. * Dou um sorriso em agradecimento, e me despeço da recruta. Assim que o local volta ao silêncio, assim que Naomi se retira, executo o trabalho de retirar aquela cota de malha pesada. Sou tão pequena para a armadura, que só preciso soltar as presilhas e deixar que ela caia no chão, como se fosse um vestido. É de metal, pesada, e simples. Deixo de lado, devidamente dobrada e arrumada, ao lado das minhas roupas sujas que também estão dobradas e arrumadas. Trato de tomar um banho lento e demorado, até pelo fato de que eu estou há dias sem tomar banho. Enquanto lavo demoradamente os cabelos, ouço uma conversa lá fora, e não gosto do que estou ouvindo. Mas fico em silêncio. Evito fazer qualquer barulho, para que não percebam que há alguém aqui dentro. Aliás, uso iluminação suficiente para somente me banhar, deixando o resto do lugar nas sombras.A conversa demora quase o tempo de terminar de lavar meu cabelo, e olha que tomou bastante tempo. Embora não tenha ouvido muita coisa, o que ouvi foi o suficiente.. Preciso descobrir quem é.
Ou talvez não. Talvez.. Não seja problema meu. Estou em dúvida quanto ao que fazer. O banho acaba mais demorado do que eu pensava.. Finalmente, coloco algumas roupas limpas e secas, seco meu cabelo, e aproveito o tempo extra até a recruta chegar para limpar a cota de malha.*


Última edição por Lei Keylosh em Qui 03 maio 2012, 10:36, editado 1 vez(es)
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qui 26 Abr 2012, 13:02

Lei Keylosh diz
*Naomi não demoraria para voltar. Trazia as coisas de Katherina que ela pegou do cavalo. Junto dela entrariam mais 4 mulheres, duas com armaduras azuis como a que Naomi usava e duas com uniformes imperiais, que provavelmente trabalhavam na parte administrativa do quartel. As que usavam armadura estavam carregando uma simples cama de madeira com colchão, que colocaram ao lado da última cama perto da porta do recinto. Naomi entregou as coisas de Katherina e disse.* As recrutas trouxeram sua cama e aqui estão suas coisas. *Naomi apresentaria as outras oficiais, que cumprimentariam Katherina e logo iriam até o fundo da casa, onde iriam se lavar. Naomi continuou.* O restante delas ainda está cumprindo seu turno, depois nós revezamos. E... mais uma coisa. *Naomi fez uma pequena pausa e continuou.* O soldado Wall cruzou comigo no caminho, ele está voltando do turno dele e disse que deseja falar com a senhorita. *As outras 4 mulheres naturalmente ouviram o que Naomi disse. Uma delas fez uma cara de "A visitante já tem um admirador" e as outras 3 ficaram com inveja. Naomi parecia indiferente mas se sentia desconfortável em passar a mensagem.*

Katherina diz
*Observo tudo em silêncio. Ainda limpo minha armadura com um pano úmido, mas é óbvio que o faço somente por puro capricho. Quando as quatro mulheres entraram, trato de dobrar a armadura e juntar com as minhas coisas, colocando-as ao lado da cama. * Muito.. Obrigada.. E desculpem pelo incômodo.* Dou um sorriso sem graça, visivelmente incomodada por dar trabalho para os soldados. Enqaunto Naomi fala, eu checo meus pertences.. Na cela do cavalo, estavam presas duas bolsas. A da direita, com três caixas de madeira. A primeira coisa que faço, é checar as caixas. Uma delas possui vários frascos coloridos, provavelmente poções. A outra, está cheia de potes, alguns vazios, de vidro. A terceira, fechada com um cadeado, possui equipamentos cirúrgicos. Agulhas de diferentes tamanhos, bisturis, entre outras coisas. Em sua maioria, são dourados - provavelmente feitos com alguma liga de ouro - que certamente vieram de terras distantes pelo desenho. Fecho a caixa quando ela me passa o recado, olhando-a nos olhos.* O Soldado.. Disse aonde? Bom.. Não sei se vou lhe atrapalhar, mas gostaria de ter uma conversa em particular contigo... Pode ser? * Falo baixo, com o rosto virado na direção dela. O que eu quero, é que as outras não escutem direito. Espero a resposta, enquanto guardo as caixas em minha mochila. Dou uma olhada rápida na segunda bolsa.. Roupas de frio, cobertor, colchonete, cordas, entre outras coisas básicas para um viajante. Guardo e coloco em baixo da cama. Guardo o livro também dentro da mochila. Prendo a espada no cinto da roupa, talvez mais por força do hábito.* Bom.. Estou pronta. Me acompanha até parte do caminho? Se não for incômodo, claro. Não quero abusar muito de tua boa-vontade. *Falo em tom normal dessa vez, e respiro fundo.*

†Lei Keylosh † diz
Nenhum incômodo, senhorita Katherina. Fui designada pelo capitão em pessoa para ajudá-la no que for necessário. Ele realmente quer que sua estadia seja boa, dentro do nosso limite de conforto de um posto militar, claro. *Faria um sinal para ela então e as duas deixariam o alojamento.* Wall está esperando perto da enfermaria, é por aqui. *No meio do caminho, Naomi parou próxima do muro, onde não passava ninguém.* Pode falar aqui, senhorita.

Katherina diz
Bom.. Designações a parte, não quero ser um estorvo.. Ou incomodar.* Continuo sorrindo. Quando Naomi começa a andar, eu a sigo. Afinal, não conheço muito do lugar para sair passeando por aí. Quando paramos, olho ao redor, e dou um suspiro.* Escute.. Senhorita Naomi.. Alguma recruta ou soldado tem algum problema.. Pessoal.. Com o Soldado Henry? * Faço uma pausa, e logo continuo falando.* Ouví uma conversa estranha.. Parece que alguém planeja algo contra alguma das mulheres deste posto militar. Não sei quem é a vítma, só ouvi uma conversa. * Em fim, paro de falar, e a olho nos olhos. Espero alguma resposta, e obviamente, pareço um pouco.. Inquieta..*

†Lei Keylosh † diz
*Agora até Naomi olharia ao redor, certificando-se de que não havia mais ninguém ouvindo a conversa e então responderia.* Bem, senhorita, serei sincera com você... Como já deve ter percebido, Henry não é das pessoas mais gentis e educadas. Ele tem sua maneira de agir e essa maneira desagrada muitas pessoas deste quartel, mas nunca soube de alguém aqui que tenha ódio pessoal dele. *Naomi franziu a testa.* Poderia me dizer exatamente quem estava participando desta conversa? Se for sério, precisaremos investigar.

Katherina diz
Sim.. Não é gentil, nem educado, nem muito.. Paciente. Mas minhas opiniões, ficam por minha conta. Tudo que sei, Senhorita Naomi..*Faço uma pausa, para pensar.* É que eu ouvi a voz dele, conversando com alguém.. Uma das vozes era feminina, mas não consegui ouvir muito bem.. Só o que ele falou, quando gritou bravo e irritado "Livre-se dela. Tem de ser esta noite, está ouvindo?? Faça o que tiver de fazer!". A outra voz estava baixa demais para que eu pudesse reconhecer ou compreender*Paro de falar. Pareço um pouco nervosa, por não saber lidar com tais assuntos direito. Me sinto desconfortável com o assunto.. Bem desconfortável.*

†Lei Keylosh † diz
Então era Henry planejando livrar-se de alguém?? *Naomi fitou Katherina, assustada. Olhou ao redor novamente e voltou a fitá-la.* Henry sempre foi desagradável, mas eu nunca pensei que ele chegaria a esse ponto. Senhorita, se pudesse não contar isto a mais ninguém no quartel, eu agradeceria. Vou levar este assunto ao capitão imediatamente e então tomaremos as devidas providências. Não se preocupe, eu não direi que você revelou isso. Sua identidade estará segura. Obrigado pela informação, senhorita Katherina. Enquanto isso, permaneça com Wall, estará segura com ele. Com licença. *Naomi fez um rápido cumprimento e dirigiu-se em passos rápidos até o prédio principal onde ficava o capitão Cross.*
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qui 03 maio 2012, 09:58

Katherina diz
Parece.. Parece que sim.*Meneio positivo, balbucio um pouco. Não gosto, obviamente, de fofocas. E não me sinto a vontade falando sobre tal.* Entendo.. Ele tem um jeito.. Muito.. Peculiar, Senhorita. Não irei, pode deixar.. Não quero me envolver mais do que já o fiz. Ah! Antes que a senhorita se retire, onde é o prédio da enfermaria? * Falo um pouco apressada, afinal.. Ela não me indicou, e eu ficaria perdida se não soubesse. E tão pouco quero ficar sozinha. Assim que ela me indica a direção do prédio, acelero os passos, por motivos óbvios eu não quero ficar sozinha.*

†Lei Keylosh † diz
*E de fato ela indicaria, e não estavam tão longe. Os prédios eram diferentes entre si em termos de tamanho e acabamento e seria fácil identificar a enfermaria com uma grande cruz vermelha pintada na parede do lado de fora. E conforme combinado, lá estava Wall próximo da entrada. Estava sem elmo, agora era possível ver seu rosto em frente a uma das bandejas de ferro com carvão em chamas sobre o suporte, que fornecia aquecimento e iluminação às áreas externas do quartel. Ele avistou Katherina e foi até ela.* Katherina! Digo... milady... é bom ver que já foi recebida em nosso posto. Se me permite dizer, você está bem melhor do que quando chegou nos portões da cidade. *Sorriu ligeiramente, fitando-a.*

Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) 412_stream
Soldado Wall

Katherina diz
* Apresso meus passos até chegar a enfermaria. Não demora muito para que eu consiga ver um soldado parado. De fato, não sei como ele é sem o elmo, então, me surpreendo quando ele vem falar comigo. Dou um sorriso sutil. De fato, eu pareco melhor. Estou cheirosa, limpa, arrumada. Eu me sinto melhor. O comentário do soldado me faz rir. Meneio positivamente.*Ah.. Obrigada. Fui sim, aliás, melhor do que o esperado. Me sinto um pouco.. Incomodada com tamanha recepção, mas, seria mais indelicado recusar. Agora.. *Fico um pouco sem jeito. Não tenho costume de me comunicar com pessoas. É meio óbvio que não sei o que fazer. Pigarreio, antes de continuar.* Bom.. Acho melhor ir direto aos negócios.. Vim dar uma olhada na condição dos soldados, para ver o que posso fazer por eles.. Soube que um deles está em graves condições, e talvez.. Talvez eu possa ajudar..

†Lei Keylosh † diz
Hã... claro, claro... *Wall pigarreou igualmente, coçando a nuca em seguida.* Por aqui, Katherina. *Apontou a entrada da enfermaria e adentrou o recinto, fazendo um sinal para que ela o seguisse. A enfermaria não era muito grande mas, considerando o tamanho do quartel, ela cumpria bem seu papel. Os enfermeiros e clérigos eram jovens e esforçavam-se em atender todos os soldados. A maioria dos que haviam chegado já estavam medicados e em recuperação. A única exceção era o homem em estado grave. Wall foi abrindo caminho até ele.* Ordens do capitão Cross, pessoal. Ele enviou alguém especial para cuidar de nosso companheiro ferido. *Os enfermeiros então abriram caminho até a cama onde estava o soldado. A armadura do homem já havia sido totalmente retirada. Ele ardia em breve, alucinava. Seus olhos opacos e quase totalmente vermelhos. Os músculos de seu corpo contraíam em dor. Não havia nenhum ferimento nele exceto por um corte profundo na altura das costelas. Alguma lâmina pequena havia penetrado ali com força. Entretanto, era claro que o ferimento sozinho não seria suficiente para deixar o homem naquele estado. Enquanto ela ficava livre com o soldado, os outros clérigos apenas observavam, a pedido de Wall. Um deles, entretanto, o mais velho naquela enfermaria, deu um passo à frente, fitando Katherina. Sua voz era rouca e suas mãos já enrugadas e imprecisas.* Que tipo de conhecimento você tem que pode ajudá-lo, criança, uma vez que nenhum de nós aqui conseguiu curá-lo? *Perguntou o velho e alguns diriam que em tom extremamente arrogante. O velho estava claramente desafiando Katherina.*

Katherina diz
*O Soldado agora pode ver, pelo meu rosto limpo, que ainda sou uma jovem garota. Certamente devo ser mais nova do que quase todo ou todo o Obrigada..* O sigo, observando a todos no recinto. Quero guardar todos os detalhes, mais por curiosidade que por algum motivo prático. Quando chegamos no soldado ferido, e Wall diz aquilo, fico sem graça. Mais ainda, quando o velho fala aquilo.* Senhor.. Eu não quero desrespeitar, e nem minimizar os teus vastos anos de experiência, que nem em uma centelha eu possúo. Mas.. Não custa tentar.. Custa? * Enquanto falo, retiro de minha bolsa as três caixas de madeira. E depois, coloco aquele velho e bem-cuidado tomo em cima da maca, próximo ao paciente. Examino os efeitos, com cautela, seguindo exatamente as instruções que me foram passadas. Passo minha mão por cima da ferida, sem ousar tocar no corte. Um brilho fraco toma conta. Provavelmente, alguma magia. Recito palavras estranhas, para qualquer um dos que estão lá.*Veneno.. Hmm.. * Passo a mão novamente, entoando algumas outras palavras baixas. Minha mão toma um leve brilho esverdeado, é uma segunda magia. Bom.. para eles isso é óbvio, agora o que eu faço, é outra história.* Um momento.. Eu acho.. Que tenho a resposta aqui.. * Destranco o tomo. Sinto a pressão óbvia do momento.. As páginas são reforçadas, como se pertencessem a um grimorio mágico, cuidadosamente montada. Com rapidez começo a mover as páginas. As primeiras, estão envoltas em uma aura mágica. Provavelmente, uma lista de magias. Corro quase um terço do livro, até achar o que eu quero. Está escrito em alguma língua muito estranha, mas os desenhos anatômicos cuidadosos podem ser vistos. Está tudo misturado, mas eu sei bem o que eu quero. Paro numa página, e murmuro.* Veeras desTrux.. Ou Pingo Vermelho.. É uma solução venenosa, potente, que causa febre, alucinações, contração muscular e.... Pode ser contido com curas mas... O antídoto é....*Balbucio, enquanto leio a descrição do veneno. Paro de ler, e ergo minha cabeça.* Senhor.. *Ergo meu olhar até o clérigo.* Seria de muita ajuda.. Se continuassem com as magias de cura.. Mas eu preciso preparar um antídoto.. Wall.. Soldado.. Preciso de alguns ingredientes..
*Faço uma pausa para que ele responda, antes de falar tudo o que eu preciso. Enquanto descrevo os ingredientes, procuro com os olhos alguma bancada livre em que possa trabalhar.*

†Lei Keylosh † diz
Claro que não custa, o soldado já é moribundo mesmo. *Respondeu o velho ranzinza, com arrogância. Ele manteria esta postura até ver o símbolo no tomo dela. O velho arregalou os olhos, levando a mão trêmula à boca.* Você é da... pelos deuses. Achei que fossem uma lenda. *O velho então curvou-se ligeiramente a ela, em puro sinal de respeito.* Me perdoe. Deixaremos que trabalhe. *Ele então fez os outros clérigos curiosos afastarem-se para que Katherina tivesse mais espaço. Quando foi chamado, Wall disse prontamente.* Talvez os clérigos possam lhe ajudar melhor com os ingredientes, milady. Nossos suprimentos são limitados, então, se não tivermos os ingredientes, minha melhor aposta seria o laboratório alquímico da cidade.
*O velho clérigo, agora muito prestativo, ouviu a descrição de Kat sobre os ingredientes e disse.* Temos dois desses ingredientes aqui conosco, os mais básicos. Mas o resto você só encontrará no laboratório, como o soldado disse. *Wall então voltou a fitar Katherina.* Milady, peço-lhe que me acompanhe agora até o laboratório. É uma questão de vida ou morte para nosso companheiro. Eu chamarei 10 homens e iremos acompanhá-la. Por favor, faça isso por ele, você é a única que pode ajudá-lo. *Disse o soldado, abaixando a cabeça. Sua preocupação com o colega soldado era evidente.*


Katherina diz
*A arrogância e o descaso na voz e nas palavras do velho ranzinza fez com que minha expressão ficasse séria. Contraí minhas sombrancelhas, e olhei profundamente nos olhos dele por alguns segundos, antes de retomar minhas ações. Não respondo a provocação verbalmente, pois sei que ela não vale o meu tempo. Depois de listar todos os ingredientes para Wall, meneio positivamente.* Certo.. os instrumentos necessários eu tenho aqui.. Mas preciso dos ingredientes. Vamos rápido. O remédio demora uma hora para ficar pronto.. E o tempo é algo precioso.* Viro meu olhar ao clérigo, e meneio positivamente.* Será de grande ajuda, Senhor. Pode dizer onde estão? *Enquanto falo, estou guardando todas as caixas e o livro, dentro de minha mochila. Depois, coloco minhas mãos acima da ferida do soldado, executando uma última magia antes de partir. Por mera curiosidade, a ferida começa a se fechar um pouco mais, como se fosse uma magia de cura.
. A diferença, é que não há emanação de energia positiva, ou energia divina. A carne é reconstituida, pelo menos em parte, e talvez essa magia ajude a segurar um pouco mais os efeitos do veneno. São poucos segundos que aquela magia consome.* Soldado..*Agora, volto meus olhares novamente para Wall.* Vamos. O tempo é precioso. *Já estou pronta. Apenas aguardo algum sinal dele para partir.*

†Lei Keylosh † diz
*O velho clérigo então deu ordens a seus aprendizes e cada um deles trouxe um ingrediente diferente e todos foram colocados em cima de uma mesa próxima à entrada da enfermaria. Ali havia quantidade suficiente de cada ingrediente para produzir uma grande dose do antídoto. Só faltavam os ingredientes mais raros. Wall fez um sinal para que ela o seguisse. Uma vez lá fora, havia 9 homens reunidos. Wall aproximou-se, olhando ao redor e perguntou a um deles.* A recruta Naomi não foi chamada? *O soldado respondeu que o capitão Cross não havia designado Naomi para acompanhá-los. Wall fez um afirmativo com a cabeça e então partiram. Havia um veículo com dois cavalos esperando-os na entrada do quartel. Dois soldados iriam na parte da frente e o resto iria sentado na parte de trás do veículo, que acomodaria a todos com sobra. Wall deixou que todos os soldados se sentassem no fundo da carroça, juntamente com um dos clérigos aprendizes, que foi para auxiliar Katherina no laboratório, e sentaria por último, juntamente com Kat. O veículo partiu em disparada, atravessando as ruas de Warjillis rapidamente. Surpreendentemente, não encontrariam quaisquer obstáculos até o laboratório, que ficava em uma construção de esquina. O veículo parou em frente e todos desceram. Wall então falou.* Eu entrarei com Katherina e o clérigo. Vocês nos dão cobertura. Estamos contando com vocês.

Katherina diz
Muito obrigada.. Por favor.. Peço-lhes que me consiga uma hora.. Minha magia também irá auxiliar, mesmo que pouco.. As magias de cura retardam o efeito do veneno... Obrigada..* Antes de sair, dou um sorriso gentil. Sincero, pois agradeço pela mudança de postura e pelo velho estar querendo, mesmo que só agora, ajudar. Parece iluminar meu rosto, apagando alguns sinais de cansaço. Estou cansada, sim, mas meu trabalho não terminou. Dou as costas e me apresso para seguir o soldado. Ver o veículo e toda a guarda destacada.. Será que essa cidade é tão perigosa assim? Ou o soldado ferido é tão importante assim? Assim que me dão passagem, me acomodo no veículo. Com um meneio positivo, indico que compreendí as ordens. Aperto meus pertences contra o corpo antes de descer, pois eles são extremamente preciosos agora. Assim que meus olhos encontram o laboratório, dou uma rápida analisada panorâmica, em busca de algu que seja suspeito. E então, avanço com o resto dos soldados. Tempo é algo precioso agora..*

Lei Keylosh diz
*Os homens mantiveram guarda no lado de fora do laboratório com bastante disciplina. O laboratório parecia totalmente vazio, não havia sinal de arrombamento e Wall era o único ali que tinha a chave para as pesadas correntes que fechavam o recinto. Ele soltou as correntes e antes de entrar puxou a espada. Não custava ser cauteloso. Fez um sinal para que Katherina o seguisse e atrás dela vinha o jovem clérigo, um rapaz franzino e de cabelos raspados que tremia como vara verde. O pobre rapaz não estava acostumado com o perigo daquela forma.
Assim que percebeu que o laboratório estava realmente vazio, Wall guardou a espada e olhou para o clérigo.* Precisamos de luz, ajude-me. *O clérigo então fez um pequeno truque com fogo mágico que acendeu um castiçal num canto da parede. A partir daquele fogo, ele e Wall foram acendendo todas as outras peças, até que o local estivesse iluminado o suficiente para que Katherina pudesse trabalhar.
Ela percebia que o laboratório era muito bem equipado. Havia mesas de trabalho dispostas ao longo de todo o recinto e em cada uma delas era possível realizar uma operação alquímica. Havia uma estação de trabalho apenas para fazer poções, outra apenas para guardar as poções nos frascos, outra para realizar experimentos com matéria-prima, etc.
A mesa que Katherina queria era uma localizada nos fundos da construção. Era uma mesa larga e espaçosa encostada na parede e acima dela havia uma prateleira enorme com pequenas repartições e cada uma delas guardava um vidro contendo algum ingrediente e o nome do material escrito logo abaixo. Sobre a mesa havia frascos de diferentes tamanhos, tubos, kits de decantação, um pequeno pilão de madeira e instrumentos semelhantes. O clérigo ficaria sempre com ela a partir daquele momento, para ajudá-la no que fosse necessário, enquanto Wall ficaria de prontidão ali perto da porta mas sem deixar de andar pelo laboratório e espiar as mesas por pura curiosidade.*

Katherina diz
*Prefiro poupar minhas magias para caso sejam necessárias. Já tenho poucas no meu portifólio, e o fato de estar cansada, faz com que as coisas só fiquem mais difíceis. Ao entrar no laboratório, espero que acendam alguma luz e então dou uma examinada rápida no local. Meus olhos logo encontram aquela bancada distante, e brilham. Alí.. Tem tudo que eu preciso. Separo os ingredientes necessários das prateleiras, coloco cada um na ordem que vou precisar usar. Retiro as três caixas que carrego comigo e o grimório, colocando-os sobre a mesa. Abro a segunda caixa, onde guardo vários potinhos com cremes de diversas cores e consistências. Tiro alguns potinhos, aperto algumas travas, revelando um fundo falso. Nele, estão cuidadosamente dispostos ferramentas alquimícas pequenas, mas bem diferente das comuns. Frascos, pipetas, diversos componentes feitos com uma grande precisão para o trabalho, e nenhum deles se assemelha ao kit comum.
Alguns com formato incomun, levando em conta todas as ferramentas que o laboratório possúi. Junto minhas ferramentas com as do laboratório e a trabalhar com os ingredientes. A partir daí, faço silêncio. Meu trabalho se torna minuncioso, enquanto sigo as instruções. Uma hora, é o tempo que demora para terminar o trabalho.. Entre amassar ingredientes, secar ervas, preparar soluções, e tenho que seguir tudo cuidadosamente. O tempo... É algo precioso. Eventualmente, pelo auxílio para o clérigo para me dar um ingrediente ou outro, mas a maior parte do trabalho, faço sozinha. E se tudo der certo.. Em uma hora, estaremos de volta. Deixo a função mais complicada, de guarda, nas mãos do soldado.*
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qua 16 maio 2012, 23:21

†Lei Keylosh † diz
*E Wall cumpriria seu papel, mas iria se distrair inevitavelmente por vezes. Ficar 1 hora ali de guarda, sabendo que seus companheiros já formavam uma primeira proteção, era relativamente entediante. E uma vez que ele não possuía nenhum conhecimento de laboratório, sua única opção era ficar perambulando por ali, examinando o recinto.
Foi em uma dessas espiadas curiosas que ele foi até uma mesa em um corredor isolado à direita da porta de entrada. Havia uma sala que apesar de vazia e escura, parecia ter sido ocupada há pouco tempo. Naturalmente, Katherina estava concentrada no trabalho e não perceberia as perambulações de Wall. Ele voltaria cerca de 10 minutos depois, quando faltava exatamente esse tempo para que o antídoto fosse produzido, e aproximou-se de Kat, segurando alguns papéis nas mãos.* Hã... milady... depois que terminar... talvez vc vá querer ver isto aqui...

Katherina diz
*Com todo o cuidado, sigo as instruções. Verifico se fiz tudo certo, a qualidade dos materiais, o que talvez atrase alguns minutos os componentes. Quando o soldado me chama a atenção, meneio positivamente em resposta.* Do que se trata..?*Não tiro os olhos do que faço, e finalmente a poção está nos últimos. Misturo um pó seco com o líquido âmbar esfarelando o pó devagarzinho, até que o líquido obtém uma consistência mais firme. Passo para um pequeno frasco de vidro, e tampo o mesmo com uma rolha especial. Misturo devagar, e está pronto. O líquido fruta-cor, que brilha na luz fraca.* Espero que esteja tudo bem com o soldado.. Ele não vai gostar muito disso.. É um antídoto injetado diretamente na corrente sanguínea.. É bem.. Dolorido.*Paro de pensar alto, e começo a guardar as coisas. Guardo tudo rápido, e separo o resto da solução em outros frascos para que possa ficar mais tempo guardado. Finalmente, olho para os papeis, e estendo a mão.* Deixe-me ver, do que se trata isso...*Enquanto espero que ele me dê os papéis, guardo um dos frascos num bolso escondido, tentando ser furtiva. Por emergência.. É melhor levar um longe dos meus equipamentos.*

†Lei Keylosh † diz
É melhor sentir dor extrema e sobreviver... do que não sentir dor nenhuma na paz eterna depois. *Comentou Wall sobre a declaração dela sobre o antídoto. Ele entregou os papéis então. O jovem clérigo estava distraído em guardar os complicados ingredientes de volta em seus devidos lugares e isso tomaria-lhe alguns minutos. O suficiente para que Wall fizesse um sinal para Kat para que se afastassem um pouco. Parecia ser um assunto delicado.
Havia 4 papéis sendo 2 documentos originais e cada um com sua segunda via. Carregava o brasão oficial do Império Terâniano, ao qual Capitão Cross e todos os seus soldados serviam. O texto detalhava um pedido ao laboratório de produção de um veneno cujo nome não era especificado, mas seus sintomas incluíam "dores e alucinações extremas", "olhos vermelhos" e outros detalhes. A carta também dizia que o veneno seria usado para combater os grupos intermináveis de bandidos e assassinos que traziam terror à Warjillis.
A quantidade pedida era muito pequena para que fosse usada como uma arma pelo exército como a carta descrevia. Mas a maior surpresa do documento era a assinatura no final do mesmo: Jonathan Cross, e a marca oficial do exército teraniano marcada em cera derretida vermelha.*

Katherina diz
*Minha memória é fresca, e lembro bem de ver os ingredientes daquilo antes de fechar meu livro. Por um tempo fico estática. Parece que essa cidade nada mais é.. Do que uma grande rede de mentiras.. Por um momento eu fico calada. Somente meus lábios se movem, com palavras surdas. É uma magia. Wall não sabe, claro. É uma das poucas que ainda me restam. Meus lábios se movem rápido, mas o soldado pode entender talvez uma ou outra palavra. A mensagem é direcionada a Naomi. "Naomi, aqui é katherina. Cuidado com quem você foi falar. Não fale para ele do meu contato de agora. Você está bem? Se tiver, responda com um sim eme encontre na enfermaria, temos que conversar.". Talvez ele possa pegar uma ou outra palavra. Se ela não receber a mensagem, eu saberei disso. Se ela receber, só dizer o "sim" ou um "não" e eu receberei a resposta. Claro.. Ela pode falar mais. Mas depende dela. Então saio daquele estado quase catatônico, e me viro para o soldado.* Escute.. É o seguinte... Vamos levar isso, quero que carregue esses documentos. Se puder.. Fique comigo. Sinto um cheiro que as coisas vão
se complicar cada vez mais... * Dou um suspiro. E então, verifico se o clérigo já terminou, para que possamos ir. Se ele ainda não terminou, entrego um frasco de antídoto sutilmente para o guarda.* Soldado.. Me escute bem.. guarde isso. Eu estou com todos os frascos do antídoto, então é melhor nos apressarmos. Vai dar pra usar se alguém mais se envenenar.*Uma piscadela. Espero que ele seja inteligente suficiente para entender o recado.*

†Lei Keylosh † diz
*E ele entendeu. E talvez isso tenha deixado-o com mais medo, mais do qualquer outra coisa. Wall tinha aquela nítida sensação de não saber mais em quem confiar e, por mais absurdo que aquilo parecesse, ele confiava mais em Katherina no momento, que havia chegado naquela noite, do que em seu próprio capitão.
Naomi responderia à mensagem. Falava quase sussurrando, devia estar ao lado de outros soldados no posto militar.* "Entendi, senhorita Katherina. Eu estarei na enfermaria. Obrigado por avisar-me." *Se Katherina permaneceu com os olhos no papel durante a magia, Wall pensaria que ela estivesse lendo movendo os lábios. Ele realmente não entendia de magias o suficiente para presumir que Kat havia realizado uma ali naquele momento. De qualquer maneira, ele guardaria as cartas e também o frasco em uma bolsa de um suporte de couro no peito, como que guardando a própria vida. E, dadas as circunstâncias, aquilo poderia acontecer literalmente.
O clérigo se juntaria a eles e então estariam prontos para partir. Já próximos da porta, barulhos estranhos viriam do lado de fora. Wall abriu ligeiramente a porta e Kat poderia ver através da fresta que era o caos na rua em frente ao laboratório. Soldados teranianos engalfinhavam-se com um grupo de bandidos. Os soldados eram disciplinados e técnicos em combate, suas armas eram melhores, bem como suas táticas. Os bandidos eram desorganizados e usavam armas improvisadas, enferrujadas ou até mesmo desarmados, mas estavam em número muito maior, o que mantia os soldados ocupados. Por sorte nenhum bandido ainda havia voltado sua atenção para o laboratório ou, mais importante, para a carroça que havia trazido todos até ali.*

Katherina diz
*Dou um suspiro aliviada. Talvez a recruta Naomi seja uma boa opção. Por mais que ela tenha contato com o capitão.. Ela parece ser sincera e honesta. Preciso confiar nos instintos, mais do que tudo. Parece que eu falo com alguém, pois eu meneio positivamente como se tivesse compreendido algo que me disseram. Dou um suspiro, e ouço o que ele diz.* Wall.. existem dois venenos ainda zanzando por aí.. A recruta Naomi.. Você sabe por que ela não veio..?*Enquanto ando, falo baixo, e paro de falar quando ouço em fim os sons distintos de batalha lá fora. Droga.. É, estamos encrencados. Ou nem tanto. A desorganização dava brecha para que uma pessoa treinada em defesa pudesse se virar bem até conseguir cansar o adversário.. E é a única coisa que sei fazer bem. Falo baixo, olhando para Wall.* Ei.. Tem alguma saída para os fundos..? Precisamos ir o mais rápido possível, e pela frente não é uma boa idéia.... * Olho agora para o clérigo, esperando que ele diga algo. quem sabe.. Ele não tenha uma idéia melhor?*

†Lei Keylosh † diz
Me disseram que o capitão quis que ela ficasse no posto militar e... Oh, deuses. *Wall parou para pensar e assustou-se com o próprio pensamento.* Será que Naomi está em perigo?? Precisamos voltar imediatamente! *O pobre clérigo sequer conseguia parar de tremer de medo, quiçá dar alguma ideia de fuga dali. Wall seguiu a sugestão de Kat e correu para os fundos do laboratório. Sequer preocupou-se em acorrentar as portas do lugar, provavelmente os bandidos invadiriam ali. Ainda bem que já estavam com o antídoto. Ele correu na direção de uma entrada bem larga, que parecia ser o local por onde os diversos materiais e ingredientes eram entregues no laboratório. Wall abriu as correntes de uma pesada porta dupla de ferro e depois havia um largo corredor que dava para a rua adjacente de onde a luta acontecia. Como a luta estava acontecendo na frente do laboratório, eles tinham uma chance de passarem despercebidos ali.*

Katherina diz
Ela está bem.. Pedi para que nos encontrasse na enfermaria. E não falasse nada ao capitão. Mas só posso dar outro recado se for realmente necessário.. Caso contrário, gastarei minha última magia a toa...* Falo baixo. Nem me lembro de fechar a porta e trancar. Me lembro de outra coisa. Na pressa de fugir do laboratório, passo na parte de ingredientes e pego um pouco de cada um dos necessários para fazer o antídoto, e guardo bem junto comigo. É.. Não dá pra lembrar de fechar a porta. Pelo menos, os mais raros, se algo acontecer.. Esse ataque não foi a toa. Puxo o clérigo pelo colarinho, quase arrastando ele pelos corredores.* Achou uma saída?* Falo com tom apressado, obviamente apressada. Existem dois venenos por ai.. E três possíveis candidatos. Eu, Wall e Naomi. As três opções me assustam. * É melhor.. Irmos bem rápido.. E você.. Se recomponha! * Sacudo um pouco o homem.*se você quer viver, então mostre que vale o nosso esforço. Venha conosco. Entendeu?*e eu espero que as palavras sejam suficiente, antes de avançarmos até a carroça.*Alguma idéia?*Saco pela primeira vez a espada que
era de meu mestre, e agora.. É minha herança.*

†Lei Keylosh † diz
Entendi, entendi!! *Respondeu o clérigo, ainda tremendo mas tentando juntar o pouco de coragem que havia dentro de si. Wall também sacou sua espada e escorou-se na parede, tentando espiar a confusão na rua dobrando a esquina. E respondendo à Kat, disse.* Sim, tenho uma ideia. Corremos até a carroça o mais rápido que pudermos e saímos imediatamente daqui, antes que eles se lembrem de que poderiam matar os cavalos. Odeio deixar meus companheiros para trás assim, mas pediremos reforços para eles assim que chegarmos. Não pararemos por nada. Está pronta? *Fitou Katherina, fazendo um sinal com a cabeça para ela. E depois para o clérigo, que não tinha opção a não ser concordar.*

Katherina diz
*Firmo o olhar nos olhos do clérigo. Entendeu? É, parece que ele entendeu. Desvio o olhar ao ouvir a voz do soldado, e olho dessa vez para a carroça e para o pessoal em combate. São vários, mas.. Incapazes demais. Quando ele pergunta se estou pronta, seguro a espada firmemente em minha mão direita, e com a esquerda, seguro o clérigo pelo braço.* Estou.. Wall.. Você guia a carroça, Ok?* Dou uma pausa para que ele absorva o que eu disse, e completo.* Então... Vamos!* Espero que o soldado vá na frente, para dar um puxão no clérigo para fazê-lo correr.. E é claro, que corro junto. Tempo é algo precioso.. Sei que terei que correr praticamente arrastando o clérigo, e jogá-lo dentro da carroça pelo estado em que ele está, e é o que farei se for preciso. O que importa agora é sair vivo dali.*

†Lei Keylosh † diz
*Quando ela disse "Vamos", Wall saiu em disparada sem olhar para trás. Chocariam-se com o bando de bandidos inevitavelmente, e Wall atropelaria alguns e daria espadadas em outros. O objetivo era abrir caminho e subir na carroça o mais rápido possível. Infelizmente Wall não teria tempo para ajudar Kat a subir na parte de trás, ele teria que subir na parte da frente e bater as rédeas para que o animal saísse em disparada. É claro que olharia para trás para ver se Kat havia conseguido subir com o clérigo, mas não esperaria muito tempo, já que os bandidos começavam a cercar o veículo.*

Katherina diz
*Aproveito a brecha que o soldado cria, para correr mais rápido que posso. Claro que tenho que ficar atenta ao soldado, mas não posso esquecer do clérigo atrás, que puxo enquanto corro. Faço o homem ofegar para acompanhar meu passo, mas ou é isso, ou ele vai ficar no meio do combate.. E eu não quero isso. Chego a desacelerar um pouco para que ele acompanhe as minhas passadas, evitando um golpe ou outro que vem em minha direção com a espada. Não posso dizer se fiz o mesmo pelo clérigo, mas enquanto ouço a respiração dele, sei que ele está vivo. Quando o soldado pula na frente da carroça, eu jogo com todas as minhas forças o clérigo para dentro dela. Quase não tenho tempo de subir na carroça quando Wall estala as rédeas. Jogo a espada lá dentro, e salto para me agarrar na parte de trás. Se um dos ladrões tiver uma mira boa o suficiente, ele conseguirá me acertar com talvez uma flecha, ou algo de longo alcance, caso contrário.. Consigo jogar meu corpo para dentro da carroça, quando ela já está em movimento.*

†Lei Keylosh † diz
*O clérigo levaria uma ou outra espadada de raspão e os gritos de dor dele evidenciavam isso. Mas nada que o ferisse gravemente ou fizesse ele parar de se movimentar. Ele cai fortemente dentro da carroça e quase tem que desviar da espada de Kat quando ela joga a arma. Nenhum dos bandidos tinha arco e flecha, o que anulava a chance de acertarem a carroça à distância. Entretanto, assim que Kat subiu, dois bandidos começaram uma corrida. O primeiro, mais rápido, conseguiu subir praticamente ao mesmo tempo que Kat, e o segundo, mais lento, teve que saltar para a frente, onde conseguiu agarrar-se à borda da carroça em movimento. As pernas dele ainda arrastavam-se ao chão e em alguns momentos ele também subiria. O bandido que conseguiu subir se jogaria para cima de Kat e tentaria estrangulá-la, já que o homem estava desarmado. O clérigo encolheu-se no fundo da carroça, com muito medo para ajudar Kat.*

Katherina diz
*Bom.. O clérigo gritou, o que significa que ele está vivo.. Isso é bom, não é? Eu acho.. Ele parece um saco de batatas quando o jogo, todo torto, mas serviu. É, sou bem mais forte que aparento, mas não é hora de me gabar. Mal caio dentro da carroça, viro de barriga para cima, e já vejo um cara saltar em cima de mim. Sei que minha espada está muito longe. *.. Espada..!!* Tento balbuciar enquanto luto contra o homem que força as mãos contra meu pescoço agora. Desvio o olhar para o clérigo, mas ele parece catatônico demais para me ajudar. Minhas mãos brigam com as dele, até que consigo segurá-las pelo pulso. A minha sorte, é que eu sou muito mais forte do que minha aparência revela, talvez por ser jovem demais. Enquanto ele luta para tentar me estrangular, aperto minhas mãos, e aproveito o solavanco da carroça para dobrar o corpo para frente e lhe dar uma bela cabeçada no nariz.
Se acertar, é claro, será o suficiente para fazê-lo ir para trás, sair de cima de mim. Quanto a espada, agora não interessa. Se eu tiver tempo suficiente para jogá-lo fora da carroça, preferencialmente em cima do que tenta subir.. Já vou ficar muito feliz.*

Lei Keylosh diz
*O bandido caiu sentado para trás, com as mãos no nariz, que agora sangrava abundantemente. Mesmo assim, ele conseguiu lutar pelo seu lugar dentro da carroça, e media forças com Katherina. Kat venceria esse duelo, se não fosse pelo detalhe do outro bandido segurando-se na beirada. Ele esticou-se e sua mão alcançou o pé de Kat, que ele agora tentava puxar.
Nessa confusão toda, com a carroça em alta velocidade pelas ruas deformes de Warjillis, o clérigo novato recebeu uma luz repentina de coragem. Não se sabe se foi inspiração divina ou pura estupidez, mas o rapaz deu um grito selvagem e partiu em carga, empurrando o bandido que brigava com Kat. O bandido cambaleou para trás e antes de cair de costas para fora do veículo, ele puxou o clérigo consigo. Isso resultou no clérigo pendurado na borda da carroça, com o bandido número 1 preso às pernas dele, e o bandido número 2 ainda tentando subir.
O bandido número 1 não se importava mais em subir na carroça. Para ele, derrubar o clérigo consigo já era suficiente e se isso acontecesse, o clérigo ficaria para trás. Se Katherina resolvesse ajudar o clérigo, ela ficaria vulnerável ao bandido número 2, que a puxaria para fora da carroça. Se Kat focasse em expulsar o bandido 2, o clérigo seria puxado pelo bandido 1 e ficaria para trás. Se Kat não fizesse nada, o bandido número 2 subiria, já que estava quase se firmando na borda. Tudo acontecia muito rápido e ao mesmo tempo, ela tinha apenas alguns segundos para decidir-se.*
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Ter 28 Ago 2012, 16:46

†Lei Keylosh † diz
*Katherina tentou conjurar uma magia sobre o jovem clérigo, mas não conseguiria a concentração necessária. O bandido que estava no pé dele não tinha nada a perder, portanto, preparou o puxão derradeiro. Tudo o que o clérigo conseguiu fazer foi fitar Katherina.* Não parem por mim! Salvem o soldado! VÃO!! *E seria puxado violentamente, caindo ao chão com o bandido, os dois rolando violentamente, pois a carroça estava em alta velocidade. Enquanto isso, o segundo bandido conseguiu subir de volta e agora tentaria enforcar Katherina. Ele não seria tão estúpido a ponto de se jogar de uma carroça em movimento, sua preocupação era em desabilitar a garota primeiro.*

Katherina diz
Só tive a chance de ver a sombra do clérigo saltando junto com o ladrão. Nem tempo de jogar um "Não!" bem melancólico eu tive. A única coisa que me resta, bem.. É aproveitar a chance que me foi dada. Mas eu não tenho muito tempo para pensar, pois logo que o clérigo e o ladrão caem rolando, o outro já tenta subir a carroça, e vem na minha direção. Bah.. O clérigo tem razão. Se fazem todo esse estardalhaço por causa de um soldado, é que alguém tem muito a esconder. Quando o ladrão chega em minha direção, mantenho minha postura defensiva. Ele vem cego na direção do meu pescoço, mas acho que não calcula bem o solavanco da carroça.. Quando vai me agarrar, a carroça solavanca, fazendo com que ele se desequilibre e abra a guarda. Aproveito o momento único. Saio de minha postura defensiva e invisto com uma cotovelada bem no estômago dele. Minha mão direita serve como apoio para não perder a base do golpe quando o acerto, fazendo-o perder o ar e a concentração. Meu segundo movimento vem em sequência com a cotovelada.. Com a dor do golpe bem dado no estômago, ele se curvará, cambaleando para trás. O que me resta fazer, é deslizar um pouco meu pé direito para frente, e erguer um soco bem dado com a mão direita que usava como apoio, finalizando com um bom uppercut. O soco é tudo que preciso acertar, para fazer ele cambalear mais para trás, e com sorte, ele tropeçará nos próprios pés e cairá da carroça..

†Lei Keylosh † diz
*E cairia de fato. Atordoado, o bandido cairia de costas em direção ao chão, caindo com o peso do corpo contra o próprio pescoço, provavelmente quebrando-o. Wall havia visto o clérigo caindo com o bandido quando olhara para trás, e agora olhava de novo apenas para ver o segundo bandido caindo. Ele não parou o veículo, entretanto, e faria o resto do caminho até o posto militar. Pararia de forma brusca e saltaria, indo até a parte de trás para encontrar Katherina. O posto estava em completo caos. Parecia acontecer alguma coisa do outro lado da cidade, de forma que muitos soldados marchavam para lá. Sombras de chamas podiam ser vistas no horizonte noturno juntamente com sons de batalha. Algo havia ecoado ali. Wall disse a ela.* Eu não sei o que está acontecendo, mas Naomi está te esperando na enfermaria, não está? Eu vou buscar aquele clérigo, vc salve aquele soldado!! *E parou por um segundo, falando num tom mais baixo.* Boa sorte, Katherina. Volte inteira, está bem? *E montou um outro cavalo individualmente, conseguiria voltar mais rápido dessa maneira.*

Katherina diz
Prefiro não ver o que aconteceu, afinal, são baixas de combate. Aproveito o tempo que tenho até chegarmos ao posto, e coloco a minha espada novamente na bainha. Certifico-me de que nada falta nos meus pertences, e ajeito minhas vestes. Minha atenção é lógicamente atraída por todos os sons lá fora, e isso me deixa muito confusa. O que diabos será que está acontecendo? A voz de Wall me tira dos devaneios.- Ah.. Sim, sim, eu pedi para que me encontrasse lá.. Espero que esteja bem.. Wall, tome cuidado.. ainda há 2 doses do veneno passeando por aí.. -Enquanto falo, também desço da carroça.- Pode deixar. Cuide-se!- No que o soldado bate em retirada, eu também o faço. Pego o cavalo mais próximo e monto. Saio em disparada. Não quero me encontrar com algum grupo perdido a pé. Faço o cavalo correr o mais rápido possivel. Minhas magias estão no fim, e isso vai ser um grande problema se eu não chegar a tempo..

†Lei Keylosh † diz
*Como Katherina havia pedido, Naomi estava à espera dela na entrada da enfermaria, apesar de todo o caos ao redor dela. A recruta iria gritar o nome dela e esperaria ela se aproximar com o cavalo.* Katherina! Graças aos deuses voltou! O soldado está piorando, acho que ele não aguentará por muito tempo!

Katherina diz
Chego lá quase colocando os pulmões para fora. Desço do cavalo. E pego Naomi pelo braço.- Venha comigo.. Você corre perigo.. - Falo bem baixo, e deixo na mão dela um dos frascos de antídoto.- Shh.. - Lógico, não quero que ela fale, espero que entenda que é para ela segurar aquilo. Solto a mão dela, e já no meio do caminho retiro do bolso escondido de baixo da minha saia um frasco de antídoto e um objeto de metal que provavelmente, parece estranho para ela. É um tubo comprido de ferro, com as laterais abertas e o que parece ser um pilão encaixado num vidro interno. Uma agulha de metal e vidro, para ser mais exata, mas ela não precisa saber o que é aquilo. Solto a tampa que esconde a ponta da agulha, e abro o frasco em minha mão. Bom, em fazer essas coisas, eu sou experiente, ao menos.. Puxo o conteúdo do frasco com a ponta de metal da seringa, fecho a tampa da mesma e estendo o frasco vazio para ela. Já posso ver o leito do soldado.- Naomi.. Se alguém tentar me impedir.. Enfie essa no ombro do soldado e injete o conteúdo.. Tenho a impressão.. De que alguém muito importante não quer ele vivo.. - Murmuro, finalizando antes de chegar no homem incapacitado. Finalmente chego no homem incapacitado. Ao que vejo, ninguém me atrapalha. Ótimo. - Preciso que você segure o soldado o mais firme possível. Pelo que vejo.. Desistiram dele.. E tenho medo do veneno ter se espalhado. - Espero que Naomi cumpra aquela simples ordem. Enquanto ela o segura, eu analiso por alguns instantes o corpo dele com o olhar, até chegar a conclusão rápida de que o melhor lugar para aplicar é no pescoço. Apoio a mão livre onde ela deve segurar no corpo dele, e assim que ela o faz, aplico o antídoto na região clavicular, para que espalhe mais rápido pelo torax e cérebro. Pelo que meu lembro do livro, se aquele veneno chegar até a cabeça.. O antídoto é dolorido, mas o homem já suporta tanta dor, que só vai notar depois que for injetado. Coloco a mão aberta abaixo do local onde vou aplicar, firmo a agulha, e finalmente injeto. Quando o faço, falo baixo. - Naomi.. Esse veneno.. Foi um pedido de dentro.. Do capitão.. Ele provavelmente está envolvido com o outro soldado, e acho que esse homem é importante demais para ser deixado vivo.. E para que deixemos morrer..

†Lei Keylosh † diz
*A enfermaria estava vazia exceto pelo moribundo. Ao que parecia, a confusão foi tão grande que todos correram por suas próprias vidas e talvez até tenham acredito que a doença do soldado era contagiosa. O soldado quase não sentia mais dor, ele morreria em questão de minutos se não fosse pela substância injetada por Katherina. Lentamente as reações dele voltariam, ainda sentia muita dor naturalmente, mas a vermelhidão de seus olhos começou a se abrander, prova de que o antídoto realmente funcionava. Naomi o segurou exatamente como Kat havia ordenado e olhou para ela surpresa quando Kat lhe revelou a trama.* Do capitão Cross?... Mas como...? *E depois voltou a fitar o soldado, percebendo a pouca mas imediata melhora do homem.* Então... o antídoto realmente funciona. O Pingo Vermelho tem cura. *Soltou o soldado e parou, segurando o frasco que Kat havia lhe entregado e observando-o. Em seguida, colocou-o em um dos compartimentos em seu cinto.* Tem razão, Katherina. Ele é importante demais para morrer. Mas vc... não é mais necessária. *Naomi então a segurou por trás fortemente e a arremessou contra algumas mesas do outro lado da sala, derrubando bandejas e outros instrumentos.* Garota tola... EU era a mulher com quem Henry falava. Tenho ordens expressas para matá-la, mas Cross precisava ter certeza de que vc faria o antídoto corretamente. Vc é a única que poderia. *A expressão da loira mudou bruscamente. Agora portava um sorriso superior, maléfico.* Cross está neste momento na praça principal de Warjillis, tomando o que é dele por direito. Tomando Warjillis! Ele limpará esta cidade e fará isto com o Pingo Vermelho. Apenas os puros e justos sobreviverão. Apenas aqueles que tiverem direito ao antídoto!
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Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado) Empty Re: Doença e Cura: Uma aventura em Warjillis (Encerrado)

Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 07:58

Katherina diz
Tudo tão quieto.. E o doente. Retiro a agulha e a guardo cuidadosamente na pochete que carrego em baixo do vestido. Enquanto falo, e enquanto cuido para que o soldado fique bem. Mas algo fica muito estranho quand o tom de voz dela muda.. Há algo errado. Parecia uma cena daqueles livros que sempre surpeende. Quem diria? Até achei estranho aqui estar vazio, mais ainda, ninguém ter me impedido de chegar lá... Sou jogada com facilidade contra a mesa, até por não esperar o que vem por aí, mas minha surpresa não é maior do que minha revolta. Assim que sou jogada contra a bancada e ela revela seus planos malignos com tanta boa-vontade, toco no meu peito e murmuro algo baixo. -"Enlarge"- Bom, se tivesse conseguido conjurar no clérigo.. Não a teria agora. É isso que tenho, uma bênção e por último, uma cura mínima. A minha sorte, é que não só com magias que me garanto. Conforme ela se gaba, meu corpo aumenta de tamanho bruscamente.A outra mão saca a espada, desferindo um arco no ar e rasgando a tenda ao meio, de tal forma que o próprio tecido termine de rasgar por causa da tensão liberada pelo corte. Consigo ver onde ela está, e nos meus quatro metros de altura, corro na direção dela, segurando a espada em duas mãos. Se Wall estiver voltando, ele obviamente verá minha silhueta.. Grande.. Não há palavras que eu queira discutir com ela, e pelo código dos guerreiros.. A traição é punida com a ponta da espada..

†Lei Keylosh † diz
*Naomi não esperava uma luta fácil mas aquilo era a última coisa que ela poderia esperar da guerreira. A loira saiu correndo, desesperada, percebendo que não tinha chances contra o novo tamanho dela. O soldado ia melhorando mas ainda estava febril, de forma que ver uma mulher crescer até os 4 metros de altura provavelmente seria considerado parte de suas alucinações mais tarde. Não havia sinal de Wall, parecia que ele não ia voltar tão cedo, provavelmente teve problemas ao pegar o jovem clérigo de volta. Se ainda houvesse algum soldado ali perto da enfermaria, eles também correriam, mesmo aqueles que já conheciam as feições de Katherina. Daquela altura, ela podia ver um pouco mais além no horizonte, e agora podia notar que as ruas na direção da praça central estavam destruídas. Casas queimando, objetos e pessoas sendo jogadas às ruas, e os soldados do capitão Cross degladiando-se violentamente com os bandidos. Naomi apenas fugiria, não tinha coragem suficiente para enfrenta Kat naquelas condições, e a guerreira poderia golpear Naomi da forma que quisesse sem problemas.*

Katherina diz
Minha feição expressa um misto de decepção com fúria. É simples. Vejo aquilo tudo pegar fogo, mas não quero me distrair com o que acontece ao redor. Meu olhar se fixa em Naomi, e ela sente que não tenho mais a mesma gentileza. Meus passos firmes fazem o chão bem perto tremer pelo meu peso, e meu tamanho me garante uma velocidade muito maior do que ela gostaria e esperaria.Dou alguns passos, só para alcançá-la, e golpeio com a espada. Mas não quero matá-la. O lado que uso, é o lado chapado da espada. Minha força é suficiente agora para vencer qualquer atrito com o ar, e o tamanho da espada faz com que por mais que ela corra.. não preciso muito mais do que uns passos para que ela entre na área do meu ataque. Acertar, só isso que eu preciso fazer.. Acertar o golpe..

†Lei Keylosh † diz
*Katherina acertaria o alvo tranquilamente. Apesar de estar 4 vezes maior, Naomi também não era uma mulher pequena em suas proporções. O golpe faria a recruta voar para o outro lado, caindo em cima de uma das tendas ao redor e quebrando tudo que havia dentro dela, provavelmente uma tenda de alojamento. O golpe atordoaria a loira, que ficaria no chão tentando se levantar. Surpreendentemente ainda estava consciente, talvez pela armadura ou sua própria resistência.*

Katherina diz
Minha espada então golpeia o ar mais uma vez, desta vez para rasgar a segunda tenda e revelar onde naomi se encontra. Aproveito que ela está caída.. Minha voz troveja, mesmo que fale baixo. - Tola.. E você acha que vão ficar vivos..? Ou não te contaram.. Que existe um terceiro veneno? Se você veio atrás de mim.. Quem você acha que vai ser a próxima vítma?- Posso soltar a mão direita então da espada, mantendo-a firme na mão esquerda. E com a mão livre, dou um tapa pesado visando a nuca. Bom, não é difícil de acertar.. A intenção é simples: deixá-la inconsciente, mesmo que seja antes dela responder a minha pergunta. Pode ser ela, ou pode ser o pequeno rato traidor.. Pelo que percebo.. Cross não seria tolo de deixar testemunhas vivas.

†Lei Keylosh † diz
*Agora Naomi cairia desmaiada de vez. Assim que caiu, um líquido escorreu de um dos compartimentos de seu cinto. Era o antídoto, cujo frasco se quebrou com o impacto da pancada de Katherina. Havia apenas uma cura agora, que estava com Wall. E antes que ela pudesse pensar no soldado, avistaria o mesmo retornando ao posto militar. Estava sem o clérigo e cavalgando pendendo para a frente, provavelmente ferido.*

Katherina diz
Quando puxo Naomi pelo colarinho, vejo o líquido que escorre.. Não tem problema.. Ninguém precisa saber que Wall carrega um dos frascos, e mais importante.. Eu tenho alguns ingredientes crús para fazer pelo menos.. Uma dose. Ando na direção de Wall, arrastando Naomi. Tenho pouco tempo antes de diminuir de forma.. Guardo a espada na cintura, arrasto Naomi comigo, sem nenhuma preocupação. Amarro com alguns panos da tenda o corpo dela, de forma tão rústica que mais parece um casulo - meu tempo é curto. Pego o soldado delirante no ombro, segurando-o firmemente. E me aproximo em passos rápidos. Ao que chego no posto, minha magia de aumento de tamanho cessa o efeito. Estou novamente no meu tamanho normal, e aquela magia me deixa um tanto quanto.. Cansada. Ainda consigo carregar o corpo do soldado que se recupera no ombro, e logo o deixo deitado ao lado. Deixo o corpo dela de lado e então vou socorrer Wall.

†Lei Keylosh † diz
*O cavalo de Wall pára e ele pende para o lado, não conseguindo mais se sustentar na sela. Ele cai no chão mas não fortemente, pois ainda tentou parar a queda com um dos braços. Quando Katherina se aproxima, ele murmura, ainda zonzo.* O clérigo, Katherina... ele levou a cura de mim... ele não é o que parece ser...

Katherina diz
Uso a minha última cura no soldado, só me restando as poções que carrego comigo.. E a última magia, bênção.- Não me surpeende, Wall.. Naomi também.. Eles querem.. Controlar tudo.. Wall.. Quem é esse soldado? - Espero que ele se recupere um pouco. Viro o rosto em direção do homem que, agora, deve estar começando a ficar lúcido. Ajudo Wall a se levantar, e me aproximo do outrora moribundo, antes que ele aproveite a chance de fugir. Há algo nesse quebra-cabeça.. Que não quer encaixar.

†Lei Keylosh † diz
Eu... não o conheço... *Disse Wall, já se sentindo melhor com a cura.* Ele veio para cá recentemente. Cross o levou para algumas missões fora, ele sempre levava os mesmos soldados... agora eu sei porque. Devem ser os vermes que o apoiam. O que está acontecendo, Katherina, onde estão todos?

Katherina diz
-É estranho.. Pois querem ele vivo, não morto, como pensávamos.. Não consigo entender o que querem com ele...- Fico intrigada, muito. E então, volto a falar. - Revolta, Wall. Eles querem controlar a cidade, não mais servir. Ela.. Deixou isso bem claro. Só que agora, Wall.. Só existe um antídoto.. E uma pessoa capaz de fazer mais. Só que.. Existem dois venenos por aí. E Cross pretende tomar essa cidade para ele. Wall.. Fique de olho em Naomi.. Vou acordar este daqui. - Retiro o cantil de água que carrego comigo, e jogo a água no rosto dele para acordá-lo.- Ei.. Homem. Quem é você?

†Lei Keylosh † diz
*O soldado acorda assustado. Não esperava retornar da viagem breve ao mundo dos mortos. Fitou Katherina assustado, lembrando-se de uma certa alucinação onde a viu com 4 metros de altura.* E-eu... eu sou o soldado James, milady. *Wall prontificou-se.* Vc é um dos comparsas daquele traidor do Cross, não é?? FALE!! *Segurou o soldado pela gola.*

Katherina diz
Tenho que afastar Wall.- Acalme-se!! Cuide para que Naomi não escape, enquanto ela está desacordada! Aposto que você faz um nó melhor do que eu. - Fixo o olhar nos olhos de Wall. Então volto a fitar o tal soldado James. - Quem você realmente é? Se fosse só um soldado.. Não teriam tanto trabalho em lhe envenenar e esperar que alguém o curasse.. QUEM é você? - Não, não pode ser só um soldado.. Se ele é o trunfo de Cross.. Significa algo a mais. Ele deve ser mais importante que um soldado.

†Lei Keylosh † diz
*Wall foi amarrar Naomi, enquanto o soldado pareceu indignar-se de uma vez.* Vou lhe dizer quem eu sou! Sou um idiota, isso sim! Acreditei nas mentiras do Cross, de que iríamos tomar Warjillis de volta do Império, que seríamos os donos dessa cidade, ricos! Quando ele disse que tinha um plano infalível, eu não sabia que incluía quase morrer por aquele verme! Ele nos levou até a floresta e nos fez atacar um grupo de curandeiros. Ele enfiou uma adaga no mais velho do grupo e antes de fugir, ele enfiou a adaga em mim! Por que diabos ele fez isto, por que ele me passou aquela merda?? *Disse James, furioso.*

Katherina diz
- Então você percebeu.. Que ele só queria mesmo é tomar tudo para ele..?- Só uma coisa veio a minha mente... Será? Seria coincidência demais o veneno ser o mesmo que matou meu mestre...- Então foram vocês.. Que mataram meu mestre? Isso significa.. - Por um instante eu fico calada. Muita coisa vem a minha mente, coisas até demais, e demoro meio, talvez um minuto antes de retomar a calma. - Aquele grupo.. Eu estava nele.. Cross.. Matou meu pai. Era.. Coincidência demais para ser verdade.. E você.. O que acha disso, hein? O que acha de ver as casas sendo destruídas, o povo sendo morto e pilhado, muito bom para um soldado egoísta, COMO VOCÊS.. - Paro um instante para ouvir a última coisa que ele disse. - O que... Diabos você tem, para ele querer tanto assim matá-lo e torcer para viver? Sabe o que ele vai fazer?! vai tentar envenenar toda a cidade com mentiras e balbúrdias para supostamente curar a todos com o antídoto que eu criei, só que tem um pequeno problema.. O antídoto, sabe.. Só serve se for usado em uma pessoa. Deveria deixar vocês dois..- Paro de falar, antes de falar algo que me arrependa. - vamos para um lugar seguro... Pensar no que fazer.

†Lei Keylosh † diz
*O soldado a olhou assustado e não tendo certeza se ia receber misericórdia, ele tentaria levantar-se e fugir. Wall não faria esforço para perseguí-lo se Kat não o fizesse, mas gritaria para o homem.* Bela maneira de agradecer pelo nosso esforço, SEU MALDITO!! *Wall virou-se então para Kat.* Não, Katherina! Aquele clérigo maldito provavelmente levou a cura para o Cross. Ele agora tem tudo nas mãos! Ele vai vencer se não fizermos algo!

Katherina diz
Não.. Não vou deixar ele fugir. Assim que ele se levanta e tenta correr, eu o seguro pelo braço, dando um tranco, e o jogo contra o chão. Ele pode estar curado.. Mas ainda não está forte o bastante para conseguir vencer a minha força. Afinal, o veneno foi removido, mas não os efeitos de fraqueza- Ninguém permitiu que você saísse. Ou será que você não percebeu que ainda não pode se levantar? Escuta aqui.. Eu vim até aqui para te salvar. E não quero ter gasto meu tempo a toa! O que Cross pretende? Se você tem o mínimo de CONSIDERAÇÃO pelo que fiz, me responda! Qual é o plano tão elaborado? - Começo a perder a minha paciência, e para Wall aquilo é óbvio. Tenho que lidar com muitas coisas agora.. Coisas até demais. Meu punho esquerdo se fecha, estou.. Tensa.

†Lei Keylosh † diz
Eu sei lá o que ele pretende, como vou saber as intenções daquele maluco?? Eu só quero sair daqui!! *Disse o soldado, ainda se debatendo, mas claramente sem forças pra fugir.*

Katherina diz
Se vocÊ tem algo que ele quer, neste estado, um empurrão pode acabar com a sua vida. Deixe de ser um bebê chorão egoísta. Não sei quanto a você, soldadinho, mas eu tenho contas a acertar com Cross. Wall, o antídoto demora muito tempo para ficar pronto. Cross está na praça principal, Wall.. Temos que dar um jeito.. De chegar lá. E eu estou sem idéias... - Me calo, e dou um suspiro. - Eu.. Não sei... Eu... - Lágrimas escorrem pelo meu rosto. Estou confusa. Não tenho meu mestre para me ajudar.. E nem se quer tenho idéia do que diabos posso fazer. Deixo o soldado recém-salvo de lado, e começo a andar. - As.. Ruas.. Não são seguras.. -Esfrego as lágrimas com as costas de minhas mãos, enquanto caminho para dentro do prédio ao lado.

†Lei Keylosh † diz
*Katherina deixaria o homem de lado, mas não Wall. Ele derrubou James novamente no chão antes do mesmo escapar e o amarrou.* Vc irá pagar pelos crimes que cometeu, homem. Por ter destruído a vida desta garota. *E daria um chute na cabeça dele, deixando-o inconsciente. Então correria até Kat, sem perceber que ela saiu andando.* Katherina! Espere, ouça! *Segurou-a pelos ombros, fitando-a. Limpou as lágrimas dela com as mãos.* Nós chegamos até aqui, não vamos desistir agora. Agora vc tem mais um motivo para acabar com aquele canalha do Cross, pra vingar seu pai! Não podemos deixar ele vencer! *Segurou o rosto dela.* Se vc não estivesse aqui, Katherina, Cross já teria vencido. Vc é a única coisa que pode impedi-lo. Ele provavelmente usou um veneno para seu pai, o que quer dizer que ele tem apenas um. Nós podemos fazer isto!

Katherina diz
Quem diria.. Querem tanto de mim, e sou só uma garota. Balanço a cabeça negativamente enquanto ando, ignoro o que falam ao meu lado. Só paro, quando sinto uma mão no ombro. - Chega.. Do que vai adiantar..? Nem tenho como.. Ele está morto.. Meu mestre.. E eu não sei o que fazer. Tsc.. - Meus olhos se dirigem ao chão, enquanto dou um suspiro. Quando ouço as últimas palavras, ergo meu olhar. Ele até tem razão nas palavras, mas eu ainda me sinto perdida. Fico um tempo. Junto as informações, penso um pouco, antes de falar alguma coisa a mais. - Wall.. Eu posso fazer uma última dose do antídoto... Mas.. Leva tempo.. E eu não sei o que mais posso fazer.. Me entende? Esse é o problema. - Virou meu olhar em direção a Naomi. - Ela disse.. Que cross quer utilizar o veneno e controlar os antídotos.. Mas o que ela carregava.. Foi perdido. Eu.. Simplesmente não sei mais.. - Balanço minha cabeça, sacudo meus ombros.- Me diga, então.. O que podemos fazer?

†Lei Keylosh † diz
Resolver isso de uma vez por todas. É a única coisa que podemos fazer! Katherina, se tudo der errado... quero que saiba que fiquei feliz de vc ter vindo para Warjillis. Vc mudou tudo aqui e aconteça o que acontecer, eu serei diferente depois disso. Serei melhor. Obrigado por isso, Katherina. *Voltou a segurar o rosto dela então e deu-lhe um beijo rápido. Antes que ela pudesse ficar surpresa - ou dar-lhe um tapa na cara, o que acontecer primeiro - ele apontou a carroça, a mesma que haviam usado para escapar do laboratório de alquimia.* Venha! Nós alcançaremos Cross, de um jeito ou de outro!! *E correu na direção do veículo.*

Katherina diz
-Vamos.. Vou.. Tentar.. - Antes que eu possa falar algo, ele rouba aquele beijo. A verdade é.. Aquele ato é estranho para mim. Quer dizer, é um beijo, é quente.. Mas o que eu deveria fazer? Fico um tempo parada, a verdade é que não entendo exatamente a situação para saber.. Fui criada pelo meu mentor, num grupo pequeno, não sabia o que era.. Romance.. E como agir. Estudar anatomia não é suficiente para aprender a lidar com tais situações, não é? Fico um tempo atônita, pisco algumas vezes- Hã... Eu.. - Sacudo minha cabeça, voltando para a realidade.. É, talvez é só olhar ao meu redor.. É isso que preciso encontrar, para saber pelo que lutar. Antes de tudo, removo o cinto de Naomi. Ninguém precisa saber que a última cura foi quebrada. Corro para a carroça depois de Wall, e jogo o cinto lá dentro. - Espere.. Vamos tirar eles daqui! Se eles demorarem.. Alguém vai vir atrás deles, e vão saber o que houve! - Estou tentando ser racional. Jogo o corpo de Naomi, depois o do soldado, e subo.- Estamos prontos..!

†Lei Keylosh † diz
*Tendo o aval, Wall então bate as rédeas nos cavalos com força, fazendo os animais dispararem para fora do posto militar. Wall pega uma das ruas que dá na praça principal e a atravessa a toda velocidade. O carro da carroça atrás vai balançando violentamente, Naomi e James batendo de um lado a outro lá trás. Wall não hesita, sequer pisca, tudo o que ele quer agora é Cross, por Katherina e por Warjillis. A rua se alarga é já é possível ver a praça central. No meio da praça fica a igreja matriz da cidade. Sim, Warjillis tinha uma igreja, mas estava abandonada, era lar de grupos de bandidos. Ironicamente, Cross escolheu essa construção para escrever seu grande momento na história. Ele estava na sacada da pequena torre principal da igreja, gritando coisas sem sentido à plenos pulmões, e ao lado dele estava o jovem clérigo traidor. Embaixo, na praça, era uma guerra em miniatura. Soldados teranianos, todos pertencentes à lista de pagamento de Cross, se degladiavam com bandidos da cidade. Parte dos bandidos queria se livrar de uma vez das forças Imperiais na cidade e a outra parte sentia que a cidade pertencia aos bandidos e portanto que deveriam lutar por ela. A luta em solo extendia-se até a grande porta dupla da igreja e ali um grupo de soldados teranianos tentava impedir a entrada daquela multidão degladiadora.* Segure-se, Katherina!! *Gritou Wall, a voz abafada contra o vento rápido na face. A rua dava exatamente de frente para a porta dupla da igreja. Wall simplesmente avançou e os cavalos foram atropelando todos em seus caminhos, abrindo uma trilha na multidão. Por fim chocou-se fortemente contra a porta, quebrando as duas partes da mesma e atropelando os soldados ali. Apenas os cavalos passaram e a carroça ficou presa na porta, de forma que os animais pararam bruscamente, fazendo Wall e Katherina serem jogados violentamente para a frente, provavelmente caindo em cima dos bancos de madeira da igreja. Os soldados atropelados dentro da igreja estavam desacordados e a carroça entalada na porta agora impediria que a multidão lá fora entrasse.*

Katherina diz
Tudo que pude ouvir foi o solavanco da carroça, as vozes agitadas, enquanto retirava de minha mochila no meio do caminho, algumas poções. Coloquei-as em bolsos no cinto. Um par de força do touro, 3 de cura, e a última era de enlarge. Separei para lembrar bem delas.. Daria para Wall duas de cura, a de enlarge e uma de força do touro. Só tive tempo de colocá-las já ajeitadas no cinto, e guardar a mochila nas costas.. Logo o soalvanco da carroça se tornou tão forte que ela bateu em algo.. E meu corpo foi jogado para frente. A minha sorte, é que eu estava dentro da carroça, com os dois desacordados. Batí com tudo na madeira que separava a carroça do coche, e demorou um tempo para que conseguisse me levantar. Assim que pude, pulei da carroça, e corri na direção do soldado que deveria ter parado.. Bem longe. - Droga.... - Procuro Wall com os olhos, e logo sigo na direção dele.

†Lei Keylosh † diz
*Wall começou a se levantar lentamente, ainda meio zonzo.* Bem... não foi a melhor das ideias... mas conseguimos nosso objetivo... *Tossia violentamente, olhando ao redor. Havia apenas um lance de escadas, escadas velhas e decrépitas, que levavam até a torre da igreja e consequentemente até Cross. Antes que eles pudessem subir o lance de escadas, o jovem clérigo saltou lá de cima do primeiro andar da escada em caracol e caiu ao chão, quebrando algumas tábuas do piso com o impacto. Ele realmente parecia não ter nada em comum com aquele clérigo medroso e fraco que interpretara anteriormente. Ele disse então.* Não sei que ataque absurdo de estupidez recaiu sobre vcs, mas sugiro que vão embora. Warjillis será de Cross e não há nada que vcs possam fazer sobre isso.

Katherina diz
O ajudo a se levantar. Enquanto ele fala, entrego as poções. - guarde-as, você vai precisar..- Enquanto ele provavelmente as guarda, eu começo a falar- As vermelhas, são de cura, as outras..- Antes que possa continuar, o varulho que o clérigo faz atrái a minha atenção. Há algo.. Muito errado.. Saco minha espada, e faço uma prece baixa. Uma luz clara emana de meu corpo, e o mesmo acontece com o corpo do soldado ao lado. Uma prece baixa, uma bênção.- Ah... Ainda há algo que possamos fazer... - Assumo uma postura defensiva, segurando a espada com ambas as mãos. - Wall.. Tome cuidado... -Murmuro baixo. O que quer que aquilo seja, não é o clérigo.. E eu duvido que seja.. Humano.

†Lei Keylosh † diz
Katherina... *Disse ele, ainda tossindo ligeiramente, mas sentindo-se mais confiante com aquele brilho ao redor do corpo. Segurou o braço dela, murmurando.* Suba. Seu alvo é o Cross. Eu cuido desse verme. *Sacou a espada também e começou a andar lateralmente e afastando-se de Kat, de forma que o "clérigo" teria que escolher apenas um dos dois para atacar.*

Katherina diz
-Sim... -É só o que respondo. Continuo andando, agora acompanhando o ritmo do soldado e me afastando. Mantenho a postura defensiva. Não sei quem o clérigo irá escolher.. No fundo, eu gostaria que ele me escolhesse.. Afinal, eu não sei se vingança é o que realmente quero.. Ou o que o meu mestre faria. Não sei se estou pronta para o que me espera lá em cima.

†Lei Keylosh † diz
*O clérigo fitou Katherina e por um momento cogitou a possibilidade de atacá-la. Mas talvez ele mesmo acreditava que Katherina não seria párea para Cross. Portanto, ele acabou correndo na direção de Wall. O clérigo, apesar de esguio, era extremamente rápido e forte e parecia lutar apenas com os punhos. Era um espécie de monge, suas habilidades provavelmente aumentadas através de substâncias alquímicas. Katherina teria, portanto, espaço e tempo para subir. Supondo que o fizesse, e supondo que a escada decrépita não a matasse antes de Cross, ela podia ver a luta de Wall e o momento quando ele sacou a poção de Enlarge, mas o monge maligno chutou o frasco para longe, que se quebrou. Era tarde para voltar agora, Wall teria que encarar seu próprio desafio.*

Katherina diz
Corri, corri sem olhar para trás. Se olhasse para trás, não olharia minhas próprias passadas, e cairia. Não posso olhar para trás. Subi as escadas com pressa para não cair numa tábua solta, enquanto pego na mão um frasco de cor ocre. É uma das poções de Força do Touro. Antes de terminar de subir as escadas, já retirei a rolha, bebi o líquido, e joguei o frasco lá em baixo, sem olhar aonde cairia. Empunho firmemente a espada em mãos, enquanto a poção já faz seu efeito. Por causa das roupas mais largas, não dá para perceber a musculatura aumentada. Não há palavras a serem ditas, só corro me direção ao homem. Ele, com certeza, deve saber que estou aqui, pelo barulho da luta lá em baixo, e do frasco se quebrando no andar de baixo...

†Lei Keylosh † diz
*O grande sino da torre ficava bem no alto e à frente projetava-se uma sacada muito larga. Era possível ver a cidade pegando fogo lá de cima, o céu escuro sendo tomado pelos tons de vermelho e laranja, misturando-se ao ódio do povo em uma noite que aquela cidade nunca mais vai esquecer. Lá estava Cross, de costas a ela, trajando sua armadura azul-escura teraniana. A armadura era enorme, fazia com que parecesse muito maior do que realmente era. Ele tinha um dispositivo alquímico à sua frente pregado ao chão. Parecia mais uma máquina, uma engenhoca com uma abertura em funil em cima. Parecia própria para despejar líquidos. Cross então colocou o elmo da armadura, o que fez sua voz alterar-se ligeiramente e ficar abafada.* Reconhece a arquitetura desta máquina, minha cara Katherina? Um dispositivo desenvolvido pela sua ordem... e que foi deixado a mim pelo meu pai, o senhor Morris. Distinto membro dos Cavaleiros. Com esta máquina, espalharei o veneno por toda Warjillis e expurgarei o mal deste lugar. Apenas os mais puros e merecedores sobreviverão. Por que tenta me impedir, Katherina? Não é isso o que sua ordem sempre pregou? Não é isso que o seu... pai... sempre ensinou a fazer? *Colocou a pesada marreta que carregava no ombro.*

Katherina diz
Por um instante paro minha investida, para ver o apetrecho. Posso reconhecer.. Mas.. O que ele diz.. É errado. - Não. Não é isso. Nunca foi isso! Você não pode entender, com essa sua cabeça dura e pequena, o que é realmente ser um cavaleiro capelão! Se você soubesse, ou merecesse, talvez seu pai tivesse lhe ensinado. Mas não.. Você é arrogante demais.. prepotente demais.. Manipulador.. Narcisista demais para entender o que significa realmente ser!- Com um impulso do meu corpo, corro na direção dele, a fim de dar um encontrão e afastá-lo da máquina. - Ser um cavaleiro capelão.. Não se trata de expurgar o mal.. Nunca foi isso. Você, não venha me dizer que sabe quais são as minhas responsabilidades!- Com a fúria ergo a espada, visando atacá-lo. Sou uma ótima guerreira. Talvez não tão boa como o capitão, afinal, me falta experiência de vida, mesmo tendo conhecimento. Mas a firmeza das minhas palavras são refletidas na firmeza que seguro a espada.

†Lei Keylosh † diz
*De fato, Katherina tinha a força de vontade e a fé ao seu lado, mas às vezes isso não é suficiente. Experiência às vezes conta mais do que tudo e isso o capitão Cross tinha de sobra. Ele moveu o martelo para a frente, de forma que a lâmina da espada dela batesse no ferro e repelisse para trás. Uma risada pôde ser ouvida de dentro do capacete.* Excelente... vc daria um ótimo soldado... pena que deve morrer hoje. *Ele então giraria a marreta, que parecia feita de papel nas mãos dele, e tentaria um golpe horizontal contra o abdomen dela.*

Katherina diz
Nem sempre é o suficiente.. Eu bem sei disso. Mas precaução, sim. Quando ele gira o martelo, parece mais um ogro desengonçado.. Força não é tudo. Ele vem com tudo, como uma montanha, tropeçando miserávelmente e errando o golpe. O erro cria uma abertura. Dou um passo para o lado, girando a espada e acertando abaixo do abdômen da armadura, uma pequena brecha. Um pouco de sangue acompanha a lâmina, indicando que algo alí foi acertado. - Não é você quem vai me dizer o que fazer...- Dou um passo para trás, movendo a espada e preparando um corte na diagonal, de baixo para cima e da esquerda para direita, visando atingir na brecha das articulações da armadura.- Eu.. Não vou deixar! - Preciso acertá-lo mais uma vez.. Só mais uma vez.. Por um momento, esqueço do dispositivo. Talvez só uma marretada bem-dada me faça lembrar do que vim fazer aqui...

†Lei Keylosh † diz
*O pedido mental dela foi uma ordem. Ela passaria reto com a tentativa da espadada, o que daria brecha à Cross para girar o corpo e meter um pontapé nas costas dela, o que a faria bater de frente na estrutura de madeira que suportava o sino. Ao impacto, o sino começou a badalar, como se aquele momento precisasse de mais algum fator para tornar-se histórico. [Ok, esse foi o dano do erro crítico, a ação dele agora.] Aproveitando a posição dela, ele deu uma pequena corrida para frente e apontou o martelo no peito dela como se estivesse segurando uma lança, visando dar um golpe de forma a prensar o corpo dela contra a madeira da torre atrás.*

Katherina diz
Meu corpo vai com tudo contra a madeira, mas infelizmente o pedido mental não foi completado. Consigo ouvir as passadas pesadas, e antes que ele possa completar o golpe, giro o corpo para o lado, fazendo-o bater com tudo contra a madeira, e possivelmente abalando a estrutura que segura o sino. Mais badaladas. A luta.. É árdua. Aproveito para dar uma investida contra o corpo dele, com a espada rente ao meu corpo, na horizontal. Quero tentar acertar alí, onde já sei que há uma brecha na armadura. Minha testa leva a marca da batida que dei contra a madeira, mas não é hora para dor.

†Lei Keylosh † diz
*Ao ver o ataque da guerreira, Cross apenas dá um passo para o lado, de forma que Katherina passa reto pelo capitão com o golpe horizontal e bate com a cabeça fortemente contra o parapeito da sacada. Cross dá uma nova risada.* Garota, se continuar se machucando assim, irá tirar minha glória da vitória! Veja, vou lhe mostrar como se faz. Cross então ergue o martelo e o bate fortemente ao chão, criando uma onda de choque no piso da sacada que quase a quebra por inteiro, visando acertar Kat com grande impacto.*

Katherina diz
Para fugir da onda de impacto, só há uma opção.. Primeiro, sacudo minha cabeça outra vez. E quando olho para trás, tenho tempo de rolar para o lado, evitando a área da sacada que começa a rachar e a ceder. Apoio minhas pernas firmemente no chão, e tento aproveitar que a guarda dele parece aberta, para atacá-lo com mais um golpe da espada.. Não respondo mais as provocações dele, somente dou atenção ao combate. Preparo outro corte na diagonal. Com sorte, talvez eu o atinja.

†Lei Keylosh † diz
*Ele defende habilmente o golpe horizontal dela colocando o martelo dele na vertical e bloqueando o golpe. Contra-atacando imediatamente, ele tenta outra marretada no peito dela, esperando ser aquele o último golpe do combate. E foi o último golpe. Não houve tempo para desviar, bloquear ou saltar. O martelo rápido de Cross atingia Katherina no peito, arremessando-a contra a madeira da torre e fazendo o sino badalar pela última vez. Enquanto o corpo dela jazia inconsciente, Cross retirou o elmo, ofegante. Nunca iria admitir, mas a menina foi um bom desafio.* Está acabado... *Disse ele, enquanto as primeiras gotas da chuva começavam a cair. Ele jogou o elmo para o lado, a marreta para o outro, e retirou o frasco de um compartimento, a última amostra do Pingo Vermelho. Antes que ele pudesse jogar o conteúdo ali, ouviu um som de alguém rastejando na madeira, abafado pela chuva que aumentava lentamente. Cross olhou para trás. Era Wall, todo ensanguentado e rastejando-se na direção de Katherina.* Vcs, vermes, nunca morrem? *Cross então começou a andar na direção deles lentamente. Segurava o frasco do veneno em uma das mãos. Wall, tremendo e zonzo, retirou as duas poções que Kat havia lhe dado e despejou tudo na boca dela. Depois começou a dar tapas na cara dela.* Katherina, ainda não é o fim! Acorde! ACORDE!!! *Balançava-a no final de suas forças. Cross aproximou-se e chutou Wall nas costelas, fazendo o jovem arrastar-se para trás.*

Katherina diz
O problema de certas poções, é que o efeito dela tomada simultâneamente pode ser.. Inconveniente. A poção que ele acidentalmente me deu, era de força. Junto com a de cura. As feridas se fecharam, E eu acordei. Tive tempo de ver o rosto de Wall, e um chute o empurrando para longe. O problema da poção seguida... Os músculos meus músculos começaram a estalar, crescendo mais do que deveria. Os braços da camiseta começaram a ceder, assim como uma parte do ombro, e das costas. Alguns rasgos surgiram nas coxas da calça. O que me faz realmente acordar, num berro, é a dor da força excessiva. Ergo minhas mãos na tentativa de pegar a perna que acabou de chutar, e puxá-lo para o chão. Meus músculos da mandíbula saltam de forma descomunal, assim como os da testa.- Aaaaaaahhh!- A dor gera raiva, a raiva gera ódio, o ódio se espelha no meu último inimigo.. Se conseguir agarrá-lo com as mãos, meus punhos se fecharam com força, fazendo o metal ser preensado.

†Lei Keylosh † diz
*Cross soltou um urro de dor ao ter a perna feita em pequenos pedaços, pedaços de carne, ossos e metal, todos se juntando numa mistura bem dolorosa. O capitão caiu no chão, o frasco do veneno que segurava rolando até perto da máquina alquímica. O sangue deslizava pelas tábuas de madeira porque a chuva tratava de dilui-lo. Cross começou a rastejar para trás, fazendo esforço para não desmaiar pelo choque e pelo sangue que saía ao ter a perna dilacerada. Ele fitou Katherina, que parecia inumana agora.* Espere, ESPERE! Pense no que está fazendo! Tudo o que tem que fazer é colocar aquele frasco dentro da máquina! É o seu dever limpar esta cidade! É O QUE SEU PAI IRIA QUERER!

Katherina diz
-Aaarght.. AAARGHHHTTHHHH!!- O único som que sai da minha boca, são os urros de dor. Eu me levanto, como uma sombra. O corpo desproporcional por causa do efeito temporário da poção. Dou a volta enquanto ele rasteja, pisando no frasco e o quebrando com a força de minha musculatura. - Não me diga.. NÃO FALE COMO SE CONHECESSE MEU MESTRE!Ele... Ele cuidou de mim.. Ele era um pai para mim. Você quem o matou! VOCÊ É A CAUSA DESTE BANHO DE SANGUE! O ÚNICO IMPURO QUE DEVE MORRER É VOCÊ E O SEU EGOÍSMO!!- A última resposta que dou, antes de dar um pisão forte contra o peito dele. O peso do meu corpo aumentado proporcionalmente com minha força, aos poucos posso afundar o metal azul, até que ele desmaie, sem ar. Minha respiração é ofegante. Não sei se prossigo, se paro.. Minha cabeça dói.. Se prosseguir, posso acabar com a vida dele alí mesmo.. A minha musculatura se estabiliza finalmente, mas a dor.. Algumas feridas surgem na minha pele.

†Lei Keylosh † diz
*O pisão mataria Cross, que soube que o velho não era pai da guerreira segundos antes de morrer. O veneno foi destruído definitivamente. As palavras de Katherina soaram tão altas que venceram o barulho dos trovões, ecoando por toda a praça central. Os soldados e bandidos até mesmo cessaram a luta, por achar que havia um monstro ali em cima, quando apenas viam a imagem de Katherina e a última badalada do sino. Logo um dos soldados lá embaixo perceberia a terrível verdade e espalharia aos outros.* Ela matou o capitão Cross! *Os soldados perceberam que sem o capitão, a corrupção deles seria revelada e sofreriam um destino bem pior na Cidade Imperial. Começaram a correr, debandar, bem como fizeram os bandidos, com medo daquela nova "criatura" em forma de mulher. As únicas pessoas que ficariam na praça seriam os verdadeiros soldados, os que nunca se corromperam diante de Cross. Estes olharam para Katherina e bateram suas armas em seus escudos, ovacionando-a ao estilo militar teraniano, com gritos sincronizados e curtos.*
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Mensagem por Lei Keylosh Qua 29 Ago 2012, 15:23

Katherina diz
Ainda não reparei no que fiz.. Só vi no canto de visão aquele objeto, alvo de tanto ódio. Aquilo tem que sumir. Arranco com toda a minha força aquela máquina, e amasso. Como se fosse feito de papel. O esforço faz com que mais algumas tiras de sangue sejam visíveis no tecido que cobre o meu braço. Depois disso, olho o público lá em baixo.. Até que ouço um barulho logo atrás, não muito distante.. O soldado Wall, é verdade! Por um momento esqueci que não estava sozinha. Viro-me na direção dele e corro, como consigo. A massa muscular começa a diminuir, a medida que a primeira poção faz efeito, e tudo que ela deixa é um inchaço muscular e dor, além do cansaso físico. Ajoelho-me, e procuro algum sinal de vida. Ainda resta uma poção comigo, e talvez.. Ele ainda possua a outra que deixei com ele. Arranco a rolha do frasco, e tento lhe dar um pouco do líquido.

†Lei Keylosh † diz
*Wall ainda estava vivo, mas inconsciente e com certeza com algumas costelas quebradas. Ele tomou o líquido e logo despertou, tossindo, sentindo o corpo regenerar-se.* Beber demais essa coisa deve fazer algum mal... *Deu uma pequena risada entre tossidas, sentando-se ao chão lentamente e vendo Cross morto no chão.* Vc conseguiu, Katherina. Vingou seu pai e salvou a cidade. Vc realmente é especial, nunca tive dúvidas disso. *Lá embaixo, os soldados começavam a retirar a carroça que impedia a passagem na porta da igreja. Eles ouviam vozes. Era James e Naomi, que havia despertado e provavelmente ainda estavam amarrados. Pediam por ajuda aos outros soldados, esperando que os outros não soubessem do envolvimento deles na trama.*

Katherina diz
-Não sei.. Se era isso que eu queria, Wall.. Tudo isso.. Por mortes.. Eu não gosto de mortes. Ainda mais, quando é por vingança... - Paro de falar quando ouço as vozes.- Espere.. - Desço as primeiras escadas, e grito em alto bom tom- NÃO SOLTEM ELES! SÃO TRAIDORES! - Minhas palavras são seguidas de uma tosse estressante, que indica que minha garganta não anda bem. - O soldado James e a soldado Naomi são traidores!! -Espero, com toda a sinceridade, que os soldados que acordam lá em baixo me ouçam. Tento ver bem o que acontece lá em baixo, agora que a poeira baixou. A bênção ainda cobre meu corpo como um manto, talvez por isso eu não tenha desmaiado.. Ainda.

†Lei Keylosh † diz
Ela é maluca! Não sabemos do que ela está falando! *Gritou James, obviamente tentando se passar por desentendido, mas Naomi frustraria o plano dele, dizendo.* Traidores, Katherina? Nós somos os verdadeiros defensores de Warjillis. Nós fomos os únicos que tivemos coragem para limpar esta cidade. Se vc tivesse crescido aqui e tivesse visto a poça de lama em que Warjillis se transformou, teria feito o mesmo. Ninguém dessa cidade merece misericórdia! Ninguém! *E James virou-se para ela, apenas a cabeça, pois ainda estava imobilizado.* O que está fazendo, sua idiota?? Cale a boca! *Wall aproximou-se de todos, ainda meio debilitado.* Bela maneira que seu capitão arranjou para fazer isso, Naomi. Ele iria espalhar um veneno mortal por toda a cidade e se não fosse pelo antídoto de Katherina, estaríamos todos mortos. Precisamos reportar isto à Cidade Imperial e se há alguém ainda que estava envolvido com Cross, eles devem ser presos também. Vocês todos devem agradecer à Katherina por estarem vivos.

Katherina diz
E você acha que o veneno que ele iria usar distingue bons de ruins? Com um veneno espalhado pelo ar!? Vocês REALMENTE acham que iam sair vivos e saltitantes daqui, sendo que nem sabem como a cura funciona? E só existia UM antídoto. Iria ser um massacre. TODOS iriam morrer, por causa.. - Tusso algumas vezes, enquanto volto a descer as escadas.- Por causa da sua visão cega de JUSTIÇA! VOCÊS IRIAM MORRER! Isso seria um genocídio.. E só restaria o capitão com a última cura.. E sem saber administrá-la. Vocês iam morrer junto com esta cidade. - Finalizo a minha fala, descendo com dificuldade. Observo Naomi e James. - O antídoto só funciona se for injetado, você não viu, Naomi? E só uma dose por pessoa. Isso significa que só restaria um sobrevivente... E não seriam vocês.- Me calo. Minha voz está fraca, e minhas pernas fraquejam. Ainda carrego comigo a prova de todo aquele complô, e não pretendo mostrar para eles.. Ainda.

†Lei Keylosh † diz
*Naomi virou o rosto para o outro lado. Odiava admitir, mas Katherina estava certa. No fundo, Cross queria eliminar todos os habitantes da cidade e começá-la de novo, esse era o plano original. Os soldados então levariam Naomi e James embora, para as celas do posto militar, mas esperariam pelos outros caso Katherina quisesse acompanhá-los e ter certeza de que não iriam escapar. Mesmo se houvesse ex-mandados de Cross entre aqueles soldados, eles não tinham nenhum motivo para revelar-se. Era melhor ficarem ocultos e serem poupados de punições piores do que lutar por um chefe que já estava morto. Wall virou-se para Katherina.* Não temos certeza se aquela era a última amostra do veneno. Como podemos saber se Cross não produziu mais?

Katherina diz
Falo baixo agora, já que só preciso falar para o soldado Wall - Só temos um pedido de produção da Lágrima, para 3 doses. Mesmo que exista.. A máquina já está completamente destruída. E em todo o caso.. - Olho ao redor. Agora, procuro o clérigo. Se Wall está aqui, espero que ele tenha sido, ao menos, derrotado, antes de continuar. - Vamos ter que torcer para que só exista essa última amostra.. Talvez aqueles dois saibam. - Concluo. Estou cansada, sangrando, e com a roupa toda destruída. Minha cabeça dói. Apoio a mão esquerda na testa, enquanto a direita me dá base para descer. - QUer.. Acompanhar eles..?

†Lei Keylosh † diz
*O clérigo estava com uma espada enfiada no peito ali no chão perto de um dos vitrais - quebrado, naturalmente - da igreja. A luta havia sido bem sangrenta aparentemente, confirmado pelo fato de que Wall subiu as escadas arrastando-se e sangrando naquele momento. Wall fez um afirmativo com a cabeça e então acompanharia um grupo de soldados com os prisioneiros, o restante ficaria ali para retirar os corpos e limpar aquela bagunça. Alguns ainda apagavam os últimos focos de incêndio, auxiliados pelos habitantes. Um cavalo seria dado a Katherina se ela quisesse voltar ao posto. Os soldados agiam diferente agora ao redor dela, com mais respeito. A maioria deles sabia da corrupção de Cross mas não tinham poder para mudar nada ali e só preferiram não fazer parte daquilo. Naomi e James seriam jogados em uma cela do posto, usada frequentemente para bandidos, e Wall enviaria um relatório para a Cidade Imperial, explicando todo o ocorrido. Os soldados limpariam um cômodo do posto militar e deixariam que Katherina dormisse sozinha lá. Wall iria acompanhá-la durante todo o tempo.*

Katherina diz
Há ainda uma coisa a fazer.. Busco nos pertences do clérigo, se ele quem carrega a cura, ou se ele chegou a entregar ao capitão. Algo me diz que ele talvez carregue o item. Se não foi ele, uso o restante de minhas forças para acompanhar alguns soldados até o topo da igreja, e vasculhar o corpo do capitão. Tendo a cura em mãos, finalmente me sentirei a vontade para poder descansar. Subo num cavalo, e o faço trotar lentamente pela cidade, acompanhando os soldados que retornam ao forte. Estou enfraquecida pela poção, e a segunda começa a perder os efeitos. A adrenalina desce, e é ai que eu realmente sinto toda a dor dos meus músculos e tendões que se esforçaram além do que devia. Quando consigo me encontrar com Wall no posto militar, entrego o documento que afirma o pedido da Lágrima, assinado pelo próprio capitão. - Você vai precisar disso. Eu.. preciso me tratar. - Me despeço, e vou para o cômodo separado. Peço algumas coisas, como uma tina de água quente, e algumas ervas, se for possível. Tomar um banho de infusão para aliviar a dor e limpar as feridas parece uma ótima idéia.. Talvez o soldado se sinta desconfortável em me acompanhar enquanto cuido de minhas feridas, mas existem certos pudores os quais não estou acostumada.

†Lei Keylosh † diz
*A cura estava com o capitão morto, em um compartimento no cinto que era tão resistente quanto o resto da armadura, portanto, o frasco estava intacto. Wall agradeceu pelo documento entregue por ela e deixaria que ela fosse até o cômodo sozinha, a menos que ela pedisse ajuda para alguma coisa.* Muito bem. Eles provavelmente mandarão alguém amanhã para conferir este documento. Por enquanto descansemos. Nós merecemos. *Sorriu, indo para o alojamento dele e guardando aquele documento como se fosse a própria vida. Na manhã seguinte, Wall iria até o aposento de Katherina para acordá-la, caso ela já não estivesse desperta.*

Katherina diz
- Melhor assim. Qualquer coisa.. Me chame. Acho que vou dormir mais do que eu gostaria hoje. - Finalizo a conversa com Wall apressada, para me cuidar. Pelo meu estado atual, eu obviamente não estaria acordada. Depois de cuidar de todos os ferimentos, enfaixar o que fosse necessário, ai sim, eu dormiria, se a dor muscular permitisse. Quando consegui finalmente dormir, não tinha pretensão de acordar tão cedo. Provavelmente o soldado terá que entrar no quarto para me acordar.

†Lei Keylosh † diz
*Wall olha ao redor para certificar-se de que ninguém o veria invadindo o quarto de Katherina. Ele tenta a porta, esperando que ela tivesse se esquecido de trancar ou algo assim, e em caso afirmativo, adentraria, procurando Kat com o olhar.*

Katherina diz
Com tantos cuidados, esquecí de trancar o quarto. A chave estava virada, mas não o suficiente para o ferrolho trancar, então não foi difícil abrí-la. Só acordo quando a iluminação do corredor atinge meu rosto, tento cobrir, e logo abro os olhos. - Hããã? - Procuro ver quem é, obviamente com uma cara não amigável de quem queria dormir mais.

†Lei Keylosh † diz
*Wall senta-se em uma cadeira próxima da cama e não saberia dizer se ela estava em trajes próprios ou não se ela estivesse coberta.* Desculpe, Katherina, sei que não deveria entrar assim, mas temos uma visita importante da Cidade Imperial. Mas leve o tempo que quiser, vc merece.

Katherina diz
Bom, vestida eu estou. Tenho um traje simples de algodão, que carrego na minha mochila. Especificamente.. Um pijama. É largo, o corte é masculino, e cai bem para quem está com o corpo moído como o meu - Hã.. Visita? Eu.. Não entendi direito, mas.. Oh.. Bom.. Eu vou me trocar, então.. Me dá alguns instantes? Acho que assim.. Não é muito apresentável, né? - Esfrego meus olhos com as mãos cobertas pela manga da blusa, e dou um bocejo. Na verdade, quero dormir mais um pouco, só que.. Há assuntos que preciso resolver, pelo visto.

†Lei Keylosh † diz
Depois do que você fez ontem, Katherina, acho que poderia até mesmo aparecer nua que todos iriam lhe ovacionar. *Wall sorriu, depois coçou o queixo.* Não, pensando bem... eles correriam atrás de você... melhor não... *Sentou-se na cama ao lado dela, talvez sentisse que já tinha essa intimidade após terem quase morrido juntos.* Quer saber? Por que não voltamos a dormir? Eu também não estou afim de receber algum pomposo de Terânia nos dando um tapinha na cabeça de agradecimento... Eles que esperem... *Fitou-a calmamente.*

Katherina diz
-Hã.. Acho que não seria uma boa idéia... Sinceramente.. - Dou um longo bocejo, esfrego outra vez os meus olhos - Não gosto.. De deixar alguém esperando.. Então por que não vamos lá, recebemos a tal pessoa, e voltamos a dormir.. Afinal.. Você deve estar todo dolorido. -Estico um dedo, para lhe cutucar as costelas, que se estavam quebradas, provavelmente ainda estão doloridas - Não é? - Pauso a fala, pensativa - Eu.. preciso de descanso.. Mas posso descansar depois de resolver isso.. Não gosto de deixar assuntos pendentes, Wall... Mesmo com preguiça... - Me sento direito na cama. Há alguns vergões visíveis no meu pescoço, provavelmente causados por causa do uso irresponsável das duas poções.. Mas ele não sabe disso, pelo menos, eu não comentei o assunto.

†Lei Keylosh † diz
*Ele gemeu ligeiramente de dor quando ela o tocou nas costelas. Ele também ainda estava todo dolorido e enfaixado por baixo do uniforme militar.* É, bem, vale a pena atrasar o sono um pouco pra ouvir pelo menos um agradecimento de lá. Ei, vc ficou com um ferimento feio aqui. *Apontou o pescoço dela, aproximando o rosto dali, ficando com os lábios dele bem próximos do pescoço dela. Apesar de tudo, ainda era jovem e ainda adorava tirar uma casquinha.*

Katherina diz
-Então.. Acho que tenho uma razão.. - Dou um sorriso um pouco sem graça, por estar cansada. Quando ele aponta o pescoço, passo a mão no local, e dou um gemido baixo de dor - Ahh.. Droga.. - Depois de uns instantes reparo a aproximação dele, e arqueio uma sobrancelha- Ei.. Aonde você pensa que vai? - Posso não ter algumas noções de vergonha exatamente por tratar de feridos e não me ligar a pudores nessas horas, mas sei a diferença entre mera curiosidade e algo a mais. Prefiro cortar o clima. - Pode me dar licença..? Preciso me trocar. Avise que eu já vou.. Se quiser adiantar.. Assim dá tempo de eu me trocar, antes que alguém procure por você e por mim.. E acabem te achando aqui. - Tento forçar um sorriso, mas dói um pouco.

†Lei Keylosh † diz
Bom, nesse caso eu acho que vou ficar aqui, adoraria ser pego no quarto da heroína de Warjillis! A propósito, estão falando isso por aí, não fui eu quem inventou... *Levanta-se e dá um beijo no rosto dela, inclinando o corpo na direção da cama, o que faz ele gemer um pouco de dor.* Estaremos esperando na entrada do posto. *E deixaria o aposento.*

Katherina diz
-Heroína..? Não.. Só uma coincidência incomun.. Talvez fosse planejado em grande parte, não sei.. - Dou de ombros, pois prefiro esquecer o fatídico assunto. Com meu mestre e seu assassino enterrado, acho que não vou descobrir muito além..- Está bem.. Estarei logo a caminho. - Posso até corar um pouco com o beijo, mas nada surpreendente. Não sou uma pessoa acostumada com tais situações. -A..Té.. - Falo baixo. Quando ele sai, eu tranco a porta, e me troco. Demoro mais do que o habitual. Os trajes que visto são compostos por roupas leves, brancas e vermelhas, provavelmente algum tipo de uniforme de clérigo, e uma tablard característica que carrega o símbolo da ordem. Coloco o grimório e os meus pertences mais importantes comigo. Deixo no quarto somente a roupa antiga e a roupa que usava. Coloco no cinto a cura para a doença, saio do quarto e tranco a porta. Devo demorar em torno de 15 minutos para sair do quarto com tudo isso, talvez até mais, por causa do estado físico em que me encontro. Logo apareço na entrada do posto. A blusa de gola alta cobre os vergões do meu pescoço.

†Lei Keylosh † diz
*O clima estava visivelmente diferente no posto militar. Os soldados estavam mais tranquilos, a cidade como um todo mais silenciosa. Havia mais soldados ali do que de costume. Teria a Cidade Imperial enviado reforços? Pequenos grupos deles saíam em direção ao centro da cidade para ajudar a limpar os escombros e reconstruir as casas destruídas na medida do possível. Wall estaria lá conforme havia dito. Ao lado dele estava o soldado Henry, o que deu a ordem para que Naomi matasse Katherina. Estava com grilhões nos pulsos, expressão de raiva. Ao que parecia, Naomi entregou todos os seus comparsas ou os soldados conseguiram arrancar essa informação dela. E à frente de todos estava um homem loiro e barbudo, trajando um uniforme negro e o símbolo dos Cavaleiros Imperiais no peito, ao lado da insígnia de comandante. Wall avistou Katherina e aproximou-se antes que ela chegasse perto do grupo.* Acho que valeu a pena a espera, vc está linda, Katherina. Vamos, quero que conheça o comandante. *E só então deixaria que ela se aproximasse. O barbudo a fitou.* Então vc é Katherina? A heroína de Warjillis? Não foi assim que vc inventou, soldado Wall?

Katherina diz
Mantenho em grande parte do caminho a cabeça baixa, mais perdida em pensamentos. Quando chego bem perto do local onde me esperam, ergo a cabeça e dou um suspiro. Deixo uma expressão serena em meu rosto, e tento esquecer de tudo aquilo que estava sentindo, pelo menos no momento. Expiro, e com cabeça erguida, saio do local, em direção a Wall. Meu corpo carrega um cheiro característico de infusão de ervas por causa da bandagem, que pode até ser interpretado como... Higiene..- Obrigada, Wall. Hmm.. Comandante? Certo.. - Me aproximo, e analiso o tal barbudo da cabeça aos pés. Estendo minha mão para cumprimentá-lo. Minhas mãos estão cobertas por bandagens por causa das feridas. - Bom dia, Senhor... Se sou Katherina, sim, quanto a heroína, não gosto de carregar títulos assim. - Faço uma pausa.- Matar pessoas.. Não é algo a se vangloriar.. - Dirigo meu olhar para Wall devido ao comentário do estranho, e só depois posso ver Henry amarrado, mas nada comento sobre o tal soldado.

†Lei Keylosh † diz
*Wall coçaria a nuca, percebendo que o comandante havia deixado-o em maus lençóis com Katherina. Só depois o comandante respondeu.* Tem razão. Não há nada de nobre em matar pessoas, mas às vezes nosso inimigo não nos deixa escolha. O que importa é que fez a coisa certa. Sou Lei Keylosh, comandante das forças terrestres da Cidade Imperial. Eu li o relatório do soldado Wall, seu feito foi impressionante. Há anos os reinos do Império têm ignorado a cidade de Warjillis, um reino repassando a responsabilidade para o outro, e isto fez com que nenhum deles desse a devida atenção. Isso permitiu a pessoas como o ex-capitão Cross de tentar realizar a própria justiça deturpada com as próprias mãos. Só agora percebemos como a coisa havia saído do controle. Vc não só identificou um foco de má conduta em nosso exército, como impediu que a cidade toda fosse dizimada. A outra comparsa delatou este soldado, o soldado Henry. *E Lei fitou o soldado friamente e disse a ele.* Foi vc que zombou de minha esposa quando ela apareceu nestes portões, ferida e perdida. *E Henry respondeu.* Sim, fui eu, seu comandante de merda, e eu deveria ter estupr... *Ele não conseguiu terminar a frase quando Lei desferiu um murro que o fez cair ao chão inconsciente.* Às vezes é preciso ser duro com a escória, jovem Katherina, exatamente como vc fez. Venha, ande comigo. *Indicou uma direção, onde poderiam conversar em privacidade.*

Katherina diz
Pouco me importou na verdade, aquele fato. Ele só estava tentando fazer o que achava certo, não era? Fico mais como uma espectadora diante de tudo que Keylosh dizia, olhando-o nos olhos. Uma postura um pouco mais séria do que uma garota teria, na minha idade, isso é verdade. - Sim.. Ele também está envolvido.. - Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, o soldado caiu no chão, inconsciente. Dou um suspiro, lentamente. - O Senhor sabe, que muitas vezes medidas extremas acabam gerando saídas extremas, e neste caso um oportunista quis aproveitar da situação. Quando se está muito tempo na escuridão, as pessoas fazem qualquer coisa para terem a esperança de fugir dela, mesmo sendo mentira.. Esperança e fé.. Uma pessoa não é nada além de um fantoche sem isso, não é? E mesmo precisando ser duro com a escória, Senhor, não é algo que gosto de fazer. Matá-lo não trará todos que morreram de volta, e aí que fica a questão... - Faço uma pausa, indicando positivamente com a cabeça - Está bem, lhe acompanharei. Soldado Wall.. Até breve. - Desenho um sorriso difícil nos lábios enquanto o olho e faço um movimento com a cabeça, me despedindo. Então, começo a andar junto com o tal Comandante imperial.

†Lei Keylosh † diz
*Wall acenaria, sorrindo, e ficaria esperando ali na entrada do posto militar. Então Lei continuaria em seguida, enquanto andava.* Tem razão, Katherina. Mesmo jovem, vc parece ter conceitos muito equilibrados. Wall mencionou seu pai e tudo o que aconteceu. Vc aprendeu a pensar assim com ele?

Katherina diz
Sigo andando, enquanto o acompanho. Olho para o caminho, tomando devido cuidado para não tropeçar. Quando nos afastamos o suficiente da vista da maioria dos soldados, retiro o último frasco de antídoto pronto, e estendo a mão para ele. - Meu mentor.. Ah sim, ele me ensinou muitas coisas, mas sou humana, não? O que irei levar comigo, sou eu quem deve decidir. Ele só.. Me indicou o caminho. - Espero que ele pegue o frasco - Este é o último exemplar do antídoto que tenho preparado. Não sei se há mais algum exemplar do veneno passeando por aí, então, creio que é bom guardá-lo com cuidado. Não? - Depois que ele pega eu continuo a andar.- Ele é meu pai, não de sangue, mas foi quem me criou e protegeu... E acho que isso é o mais importante, não? - Não tenho medo ou receio de comentar o assunto. Isso é perceptível pela minha expressão, o que significa que, provavelmente, desde muito nova eu já tinha consciência do fato. - O que será desta cidade, Senhor?

†Lei Keylosh † diz
*Ele pega o frasco e o guarda com cuidado.* Fico feliz que uma última quantia tenha sido salva, mas vc conseguirá produzir mais se for necessário, não? Apenas vc conseguirá, o laboratório alquímico foi queimado. Só vc tem o equipamento e o conhecimento necessário. Mas, mesmo assim, tem razão... é bom guardar isto. *E depois respondeu a pergunta dela, olhando para as casas na rua.* É uma excelente pergunta, Katherina. Eu sinceramente não sei. Limpar a corrupção de dentro do exército seria um bom começo. Mas para isso, eu preciso de alguém que fique aqui, que lidere estes soldados com sabedoria e honra, alguém que consiga seguir valores nobres e que possa resolver um problema quando ele surgir. Alguém como vc, Katherina.

Katherina diz
-Com os ingredientes necessários.. Sim, eu consigo fazer mais antídotos. Recomendo que reforçem o laboratório daqui, se é que vocês se interessam nisso.. E o antídoto leva um certo tempo para ficar pronto.. - Depois que ele pega o frasco, coloco minhas mãos atrás do corpo, e começo a andar novamente. Enquanto ele fala, só dou ouvidos. Quando, bem, meu nome é citado, paro de andar, e me viro para ele. - Não quero parecer mal-agradecida.. Mas não tenho sequer idade ou conhecimento de tuas leis para assumir tamanho posto de comando. Por mais que tenha resolvido o problema, fiz com um total desconhecimento de tuas leis e regras, e aposto que passei por cima de várias delas neste último dia.- Dou uma risada descontraída. Coloco o punho fechado na frente dos meus lábios, para esconder uma pequena tosse- O Soldado Wall também é um bom homem, Senhor. Enquanto os outros queriam me enxotar para fora como um mendigo, ele foi o único que prestou um pouco de.. Consideração. Não acha que seria mais interessante, pelo menos por enquanto, colocar alguém de dentro? Se bem que.. Estratégias não são o meu forte.. - Completo a frase, pensativa.

†Lei Keylosh † diz
Bem, vc tem razão quanto à falta de experiência. Eu gosto do soldado Wall, eu já o conhecia de um episódio anterior. É um bom rapaz, leal e terá um grande futuro no exército teraniano. Mas não sei se ele tem talentos suficientes para destacar-se ainda. Ele tem ótimas intenções e é prestativo, mas precisa treinar mais, precisa desenvolver melhor suas habilidades, precisa perceber nele mesmo esse potencial. *Fitou-a.* E, além disso, imagino que vc é a última representante de sua ordem, não? Foi isso que Wall relatou, pelo menos. Por que não fazer de Warjillis um marco para a reconstrução dos Capilões? Fazer de uma cidade outrora decadente o símbolo de que tudo pode melhorar, basta ter fé.

Katherina diz
-Acho que entendo o que quer dizer.. A verdade sincera, é que eu mesma não sei se estou pronta para assumir tal responsabilidade, compreende? - Correspondo ao olhar, o fitando. Pareco estar digerindo todas as informações. Dou um suspiro. - Ser um cavaleiro Capelão é algo complicado, Senhor... O motivo pelo qual o pai de Cross nunca lhe ensinou a fundo, é que não é só de sonhos que um de nós é moldado, mas com fé, caráter e auto-sacrifício.. Ele estava disposto a sacrificar a cidade inteira.. Mas não a sí mesmo. De fato, creio que existam alguns de nós por ai como andarilhos. No meu caso, eu nem tenho conhecimento suficiente ainda para poder formar uma ordem, e quanto a isso, bom.. Tenho em mãos conhecimentos perigosos demais para simplesmente fornecer à toa. - Viro o olhar, observando o céu. - Se queres realmente minha ajuda para reerguer esta cidade, farei o possível.. Ainda há feridos que precisam de ajuda, mortos que precisam ser enterrados.. - Faço outra pausa, agora, o observando, e pareço digerir as palavras.- Façamos o seguinte.. Antes de disser que farei parte de tuas fileiras.. Preciso primeiro conhecer um pouco do que vocês pregam, pelo que vocês lutam. Acha justo?

†Lei Keylosh † diz
Mais do que justo. Claro, o que eu disse foram suposições, intenções. Eu reportarei ao Imperador o ocorrido, acredito que tudo o que aconteceu aqui seja merecedor da atenção dele e talvez agora os reinos voltem-se a Warjillis como ela merece. Mas, até lá, vc pode permanecer aqui e aprender mais sobre Terânia. Arranjarei um encontro na Cidade Imperial, quero que conheça o povo de lá, que conheça a história deles da qual eu faço parte há apenas alguns anos e já me sinto atrelado à eles. Vc terá meu total apoio e não hesite em me contactar se houver algum problema. Vc plantou essa semente, Katherina, e agora tem a oportunidade de vê-la crescer a seu modo. Tem liberdade para usar ou difundir seus conhecimentos da forma como quiser. Eu confio em vc, minha jovem. *Pousou a mão sobre o ombro dela, sorrindo.* Agora deixarei que descanse. Assim que eu conseguir marcar uma reunião com o Imperador, eu a avisarei. E espero recebê-la na Cidade Imperial. O soldado Wall cuidará dos detalhes da viagem.

Katherina diz
-Sim, suposições, certamente. Mas em todo o caso, acreditando que talvez virem realidade, tenho que conhecer algumas coisas antes de dar alguma resposta, não? - A verdade é que eu não sei se aceito ou não a responsabilidade, e é difícil responder quando não se tem mais alguém a guiar. Viro um pouco o rosto, observando a cidade. - Eu o comunicarei.. Agradeço pela tua atenção, e espero que o que me diz seja real.. É triste ver esta cidade do jeito que tive a chance de observar, mas no meio de tudo, existem boas pessoas.- Talvez valha a pena lutar por elas, eu penso. Contraí um pouco o ombro com o toque que recebo, mesmo um toque é dolorido. - Estarei esperando um contato, enquanto isso não ocorre, tratarei de cuidar dos enfermos e das vítmas dessa situação toda. - Volto a olhar o Imperial nos olhos. - Há algo mais que necessita esclarecer?

†Lei Keylosh † diz
Não, acho que só o que nos resta é trabalho agora. Estarei aqui a maior parte do dia hoje para ajudar no que for necessário. Irei até a praça central. Vc volte e descanse, vc merece. Em nome do Império e de Terânia, e em meu nome também, eu lhe agradeço por tudo o que vez, Katherina. *E faria uma continência a ela, fazendo um gesto de despedida em seguida e indo na direção da praça.*

Katherina diz
Respondo a continência curvando meu corpo levemente para frente.- Agradeço-lhes também pela hospitalidade.. Até breve.- Não me sinto muito confortável com agradecimentos, afinal, ainda não sei se realmente fiz algo bom, ou se me perdí no caminho. Dou um sorriso sutil em despedida, e tomo o caminho de volta, de encontro a Wall. Se ele ainda estiver por lá, claro, o chamarei para me acompanhar.

†Lei Keylosh † diz
*E ele estava lá esperando, conversando com os outros soldados. Avistou Katherina e aproximou-se.* Vejam só... ficou apenas um dia aqui, salvou a cidade e ainda ficou amiga do comandante. Impressionante, milady Katherina. *Sorriu.*

Katherina diz
Ergo o olhar na direção dele, suspiro. - Ah.. Não, as coisas não são bem assim. Olhe.. Vou retornar aos meus aposentos. Pode me ajudar em algo, Soldado? - O fito nos olhos, na mesma expressão serena. Aguardo uma resposta.

†Lei Keylosh † diz
Mas é claro, milady. *Faria um gesto com a cabeça, fingindo toda aquela pomposidade só por diversão.*

Katherina diz
Me despeço dos soldados com um meneio de cabeça simples, e sigo para dentro do quartel. Depois de um tempo andando, começo a falar. - Você tem boas intenções, eu sei, mas acho que exagera só um pouco de vez em quando. - Falo num tom baixo. Espero chegar nos meus aposentos, destranco a porta e verifico se está tudo de acordo como deixei. Entro, e espero que ele entre. - Vou precisar de uma pequena escrivaninha para montar meus equipamentos, parece que ficarei aqui algum tempo antes que tomem alguma decisão sobre mim.

†Lei Keylosh † diz
Ficar? Quer dizer, ficar em Warjillis?? Isso é ótimo, Katherina! Achei que ia embora depois de tudo isso! *Abraçou-a, e depois olhou ao redor.* Certo... vou ver lá no alojamento, deve ter alguma mesa que caiba aqui.

Katherina diz
-Aaaai!- Minha resposta ao abraço, que é dolorido- Agradeço as demonstrações de felicidade.. Mas.. Vamos com calma. Acho que vou ficar um pouco aqui.. E preciso descobrir algumas coisas por aqui também, mas isso não interessa agora.. Ficarei aqui até receber uma resposta da capital Imperial, e enquanto fico, ajudarei no que posso. Não sei qual vai ser meu destino ainda, Wall.. Mas cinto que preciso ficar um pouco quieta para poder organizar minha cabela. - Falo com um tom baixo, cansado, e sincero. - Está bem, nos vemos em breve.. Ah.. Algumas coisas minhas ficaram no alojamento feminino, depois seria bom se alguém as trouxesse.. Minha armadura e o escudo.. - Faço uma pausa e dou um sorriso. Vou deixar a porta trancada.. É só bater nela que irei abrir, está bem? - Me sento no pé da cama, e o olho. Aguardo uma resposta. Assim que ele sair, trancarei o quarto.

†Lei Keylosh † diz
É, assim é melhor. Mandarei uma das garotas pegar seu equipamento. Nos vemos depois, Katherina. *Sorriu, deixando o aposento. As coisas dela seriam levadas, bem como as mesas e qualquer equipamento que ela pedisse e que estivesse disponível. E assim Katherina ficaria em Warjillis, aprendendo sobre Terânia e ganhando seu espaço e lugar ali.*
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